O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccheretti, apresentou as ações da Secretaria para a prevenção e o diagnóstico de câncer, durante audiência nesta quarta-feira, 4/5, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião, que foi realizada pela Comissão de Saúde, fez parte da iniciativa Assembleia Fiscaliza Mais e teve como pauta o tema: "Acompanhamento das políticas de prevenção e diagnóstico de neoplasias malignas".

Crédito: Clarissa Barçante

Baccheretti destacou o investimento na atenção primária à saúde de mais de R$ 1 bilhão no ano passado. “Fazemos esses repasses por um co-financiamento com o governo federal e estipulamos as regras, a maior parte prevendo metas de diagnóstico precoce, principalmente para câncer de mama, de colo de útero”, frisou o secretário.

O secretário também mencionou o programa Saúde em Rede, com investimentos de R$ 100 milhões para organizar as redes de atenção à saúde, desde a Atenção Primária até cuidados especializados e hospitalares. “É uma interface para que o paciente não chegue no ambulatório sem que ninguém saiba que exame fez. Além de criar um sistema, o Saúde em Rede faz uma referência mais clara, para o paciente não ficar jogado no sistema”, complementou.

Além disso, o secretário elencou a manutenção de 28 Centros Estaduais de Atenção Especializada (CEAE) para contornar o gargalo após exames iniciais, como mamografia e PSA (antígeno prostático específico), até o diagnóstico anatomopatológico, para permitir o tratamento definitivo o mais cedo possível.

Em resposta ao deputado Carlos Pimenta, que apontou dificuldades de transporte de pacientes oncológicos para os locais de tratamento, Baccheretti destacou os repasses na área. “Transferimos R$ 218 milhões para 764 municípios adquirirem micro-ônibus exatamente para esse transporte”, disse.

Entregas

Fábio Baccheretti também recordou os pagamentos realizados na área da saúde no estado, indicando a superação do mínimo constitucional de 12% para Minas Gerais, a partir de aportes vinculados aos compromissos orçamentários, que ultrapassaram R$ 8,3 bilhões em 2021.

O secretário de Saúde assinalou ainda a manutenção de 590 leitos de UTI no estado, que foram abertos exclusivamente para o tratamento de covid-19 e ficarão de legado e ampliarão a cobertura assistencial. Outras medidas destacadas de prevenção e tratamento oncológicos foram a aquisição de mais de 100 tomógrafos, a implantação do programa Opera Mais, que visa diminuir a fila de pessoas aguardando cirurgias eletivas, e os repasses aos municípios e prestadores de serviços quitando dívidas do Fundo Estadual de Saúde que remontam até 2009.

A reunião do Assembleia Fiscaliza Mais foi comandada pelo deputado estadual Doutor Wilson Batista, vice-presidente da Comissão de Saúde da Casa. Também estiveram na audiência extraordinária os deputados estaduais André Quintão, Celise Laviola, Duarte Bechir, Roberto Andrade, Zé Guilherme e Zé Reis, além do diretor do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems/MG), Edson Alves de Oliveira, do vice-presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Gabriel de Almeida Silva Júnior e Luciano Moreira de Oliveira, Promotor de Justiça e Coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), entre outras autoridades.

Por Bernardo Almeida