A confluência da pandemia de covid-19 com um aumento de casos de síndromes gripais tem trazido uma maior demanda assistencial nas microrregiões de Ubá e Muriaé. Diante desse quadro, e também dos dados epidemiológicos que apontam uma acentuação no registro de novos casos até fevereiro, a Gerência Regional de Saúde de Ubá, através da equipe que compõe a Sala de Situação, realizou reuniões com os gestores das duas sedes de microrregiões sob jurisdição e com os prestadores de serviços, dialogando e propondo iniciativas para que o sistema público de saúde suporte a procura por atendimento em crescimento.

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Entre as pautas discutidas estavam o aumento da busca por atendimento na porta dos hospitais, sendo necessário uma reconfiguração da atenção primária para receber a demanda de síndromes gripais (SG), com ampliação de horário de funcionamento e disponibilidade de testagem nas unidades de saúde. Além disso, foi pontuada a necessidade de descentralização da vacinação contra a covid-19, principalmente neste momento em que o público infantil será contemplado com a imunização.

“Temos acompanhado a taxa de ocupação hospitalar pelo SUS Fácil e observamos que os leitos clínicos gerais estão registrando mais de 80% de ocupação, devido a agudização das condições crônicas. Há também sobrecarga na porta dos hospitais devido a SG, e assim, sugerimos aos gestores municipais de Ubá e Muriaé uma reorganização da Atenção Primária, visto que são casos que podem ser atendidos pelas Unidades Básicas de Saúde, sem necessidade de internação”, informou Elis Regina de Oliveira Matos, Coordenadora de Atenção à Saúde da GRS Ubá.

Quanto à testagem para monitoramento do cenário epidemiológico, todos os casos de SG, deverão ser testados para Covid-19 (teste de antígeno ou RT-PCR). “O mais importante é manter as medidas de prevenção e adotar estratégias para acelerar a imunização. É imprescindível completar o esquema vacinal com duas doses da vacina contra Covid-19, e, após 4 meses, com a dose de reforço. Apenas com esquema completo é possível reduzir a transmissão da doença e evitar as formas graves”, explicou Fábio Vieira Ribas, Coordenador da Vigilância Epidemiológica da GRS Ubá.

As discussões também tiveram a participação do presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems regional), Felício Rodrigues Silva. “É interessante ressaltar que a execução dos recursos Covid-19 pode ser direcionada para utilização no enfrentamento de síndromes gripais. Também sugerimos que toda a discussão fosse encaminhada, por ofício, às 31 Secretarias de Saúde sob jurisdição da URS Ubá, com posterior videoconferência para consolidar as estratégias”, destacou Felício.

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“O papel da GRS Ubá é justamente articular os diversos setores para que o sistema público de Saúde tenha um bom funcionamento. Sabemos que estamos lidando com profissionais exauridos por dois anos de pandemia, porém, mais uma vez, precisamos retomar os cuidados para evitar contágio dentro das Unidades de Saúde, ao mesmo tempo que os apoiamos no sentido de atender as pessoas que procurarem por auxílio”, disse Franklin Leandro Neto, diretor da GRS Ubá.

 

Por Regional de Saúde de Ubá