Medicamentos para intubação são principal tema de reunião entre Secretário de Saúde de Minas e Ministério | Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

O restabelecimento urgente dos estoques de medicamentos que fazem parte do kit intubação para manter a sedação de pacientes nas UTIs é assunto prioritário para a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Nesta segunda-feira (12/4), o secretário Fábio Baccheretti se reuniu com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em encontro virtual, no qual Fábio solicitou ao ministro atenção especial para o envio de sedativos e bloqueadores neuromusculares aos prestadores hospitalares de Minas Gerais. O encontro contou, também, com a participação do secretário de Estado Adjunto de Saúde, André Luiz Moreira dos Anjos e do deputado federal, Newton Cardoso Junior.

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“Recebemos uma remessa de bloqueadores neuromusculares do Ministério da Saúde, neste sábado, que já foi prontamente distribuída às unidades hospitalares que apresentavam menos de 3 dias de estoque. Entretanto, a situação é urgente”, avaliou Fábio Baccheretti. Segundo ele, há 59 prestadores em situação crítica, em volume de leitos e pacientes, mas com estoques reduzidos.

O ministro da Saúde reafirmou o compromisso com Minas Gerais, ressaltando a importação de medicamentos realizada via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com previsão de chegada nas próximas três semanas, “para constituir estoque regulador de medicamentos para a intubação de pacientes com covid-19, destacou Queiroga.

Além do ministro da Saúde, Fábio Baccheretti encontrou, presencialmente, com o secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), do Ministério da Saúde (MS), Sérgio Okane; e com Luiz Otávio Franco Duarte, diretor de Programas do MS. O grupo - que contou com a presença virtual do secretário municipal de Saúde, Jackson Machado – discutiu estratégias para o abastecimento emergencial da rede hospitalar do estado, com atenção especial para o setor público.

Três frentes de trabalho foram traçadas pelos gestores: o estreitamento da interlocução direta entre a SES-MG e a indústria farmacêutica (Duarte e Okane estiveram em Minas visitando fornecedores, num conhecimento in loco, sobre entregas a curtíssimo prazo); a atuação de conselhos regionais de saúde como interface entre a rede pública e privada, uma vez que esta última pode estar melhor abastecida de sedativos e bloqueadores, possibilitando ação solidária imediata. Ainda trataram de ações para refinar o monitoramento de estoques de medicamentos na rede hospitalar. “Não existe mais paciente público ou privado. Existem pacientes e todos precisam ser socorridos. Trata-se de salvar vidas”, frisou o diretor de Programas do MS, Luiz Otávio Franco Duarte. A intenção é de que, com este conjunto de ações, o abastecimento seja reequilibrado e os estoques possam ser repostos em prazo médio de sete dias, resultando em alívio no stress assistencial.

Gases medicinais

Além dos medicamentos, o envio de vacinas, o abastecimento de gases medicinais e o financiamento de leitos fizeram parte da pauta tratada pelas pastas. Baccheretti reforçou ao Ministério da Saúde a importância de monitorar o abastecimento de gases medicinais nas redes pública e privada, que devem informar regularmente à Secretaria seus volumes em estoque. A medida visa prevenir o desabastecimento de insumos estratégicos.

O financiamento da qualificação da rede de gases medicinais, por meio da substituição de cilindros por tanques ou usinas de oxigênio, na rede pública de saúde, foi apontado pelo secretário de Minas como alternativa “para que possamos sair da dependência logística de cilindros, já que o estado é grande e a logística, complexa. “

Vacinas

Fabio Bacheretti reforçou que a SES-MG tem frisado aos municípios a necessidade da aplicação ágil e respectivo registro das doses nos sistemas oficiais. “Precisamos, também, de atenção especial por parte do Ministério, para o envio de um número maior de vacinas emergenciais, para ampliar a a contenção da propagação do vírus em nosso estado”, pontuou Bacheretti.

O ministro da Saúde informou que, até o final do mês de abril, é possível que chegue mais vacinas contra a covid-19 ao país. “O mercado de vacina mundial é escasso e a situação é delicada. Embora estejamos recebendo um quantitativo menor do que precisamos, estamos trabalhando fortemente na aquisição de mais doses”, assegurou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Por Míria César