“Pandemia Covid-19 no contexto da atual gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) no Norte de Minas Gerais” foi o tema de palestra proferida nesta quarta-feira (23/9), pela coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros (SRS), Agna Soares da Silva Menezes na XVI Semana de Economia promovida pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Com a participação de acadêmicos e profissionais, o evento aborda os principais desafios que o país enfrenta no atual cenário econômico mundial.

Nesta quarta-feira, o foco das discussões foi centrado no “Papel da Saúde no Contexto Atual”. Na oportunidade, além da participação da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), profissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abordaram questões relativas à economia da saúde como campo de atuação para economistas, além das perspectivas da saúde e o desenvolvimento.

Durante a palestra, Agna Menezes ressaltou a importância que o SUS representa nos últimos 30 anos para a população brasileira e, sobretudo neste ano, em relação ao enfrentamento da pandemia da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Além da universalização dos atendimentos e atuação nas mais diferentes frentes de acolhimento das demandas de saúde da população, a coordenadora de vigilância epidemiológica da SRS de Montes Claros destacou que “entre outras ações, o SUS é que assegura a todos os segmentos da sociedade o acesso a tratamentos de baixa, média e alta complexidade. Isso contempla desde a disponibilização de vacinas, assistência farmacêutica, consultas e realização de exames até a realização de transplantes e outros tratamentos mais complexos”.

Quanto ao enfrentamento da pandemia da covid-19, Agna Menezes salientou que por meio do SUS os 86 municípios que compõem a região ampliada de saúde do Norte de Minas já receberam dos governos estadual e federal mais de R$ 239,3 milhões. Os recursos foram e continuam sendo investidos em atendimentos da população em Centros Covid; manutenção de barreiras sanitárias; contratação e qualificação de profissionais de saúde; monitoramento da pandemia; compra de insumos e equipamentos; adequação da estrutura física de estabelecimentos de saúde; ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) e assistência farmacêutica.

Neste ano, por meio do SUS, a região ampliou para 253 o número de leitos de UTI e para 1 mil 408 os leitos clínicos. Atualmente, a taxa de ocupação de leitos de UTI no Norte de Minas por pessoas acometidas pela covid-19 está em 15,32%.

Ainda durante a palestra, Agna Menezes apresentou dados sobre o impacto da pandemia da covid-19 no sistema de saúde do Norte de Minas. A coordenadora explicou que que 63% dos óbitos notificados têm como vítimas homens. Por outro lado, 77,19% dos óbitos acometeram pessoas com mais de 60 anos, das quais 72% já possuíam outras comorbidades.

Por Pedro Ricardo