Com a participação de técnicos da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, Ministério Público Estadual e Gestores Municipais de Saúde da Macrorregião Oeste, foi realizada na última sexta-feira (7/8), uma videoconferência para apresentar as principais mudanças no plano “Minas Consciente – Retomando a economia do jeito certo”.

Crédito: Willian Pacheco

Na ocasião, foram apresentados os dados que embasaram as modificações, os impactos da crise econômica, bem como o aumento no número de leitos de UTI na rede de saúde pública. Hoje, a Macrorregião Oeste possui 250 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Antes da pandemia do novo Coronavírus, a região contava com 105 leitos.

O superintendente adjunto da Regional de Saúde de Divinópolis, Júlio Guimarães Barata, destacou as alterações no plano que passa a ser um protocolo único e completo. Abordou também a reorganização das ondas; mudança do nível de análise macrorregional para microrregional e tratamento diferenciado para municípios de pequeno porte e alterações dos indicadores que balizam as tomadas de decisões. “Esse é um programa de governo que é gerenciado por duas Secretarias de Estado, a de Desenvolvimento Econômico (Sede) e a de Saúde (SES-MG). O programa conta com um protocolo mais robusto para atender as especificidades dos municípios”, ressaltou o superintendente adjunto.

A coordenadora da Atenção Primária da SRS Divinópolis, Ana Siqueira, pontuou com os gestores que o programa possui sete indicadores que avaliam a incidência da doença, a capacidade de atendimento e a velocidade de avanço da doença na região.  Os indicadores avaliados semanalmente são: taxa de incidência Covid-19; taxa de ocupação de leitos UTI adulto; taxa de ocupação por Covid-19; leitos por 100 mil habitantes; positividade atual RT-PCR; porcentagens de aumento da incidência e de aumento da positividade dos exames PCR.

Esses indicadores fundamentais para dar previsibilidade se uma macro ou microrregião avança ou retroage em uma onda.  “Por um mecanismo de segurança, há a necessidade de observar o período mínimo de 28 dias em onda 2 (amarela) para ser possível evolução à onda 3 (verde), enquanto a possibilidade de retrocesso, em caso de agravamento (onda vermelha), deve sempre ser imediata. Portanto, para que determinada localidade atinja a onda verde, ela precisa aguardar 28 dias na onda amarela”, reforçou a coordenadora.

Macrorregião Oeste

A Macrorregião Oeste, após três meses de programa e cinco meses de pandemia, avançou para a antiga Onda Branca, que correspondia aos serviços não essenciais que representavam pequeno risco de transmissão do vírus no modelo anterior do plano Minas Consciente.  Com a reformulação, a Macrorregião Oeste foi para a Onda Amarela, em que são permitidos serviços não essenciais que não provoquem grandes aglomerações. Neste momento, apenas a microrregião de Oliveira/Santo Antônio do Amparo foi configurada em uma onda mais restritiva, a Onda Vermelha, de serviços essenciais. Para progredir da onda vermelha para a amarela são necessários 7 dias. “Vale frisar que quando o município adere ao plano, ele não adere à uma onda, mas à um protocolo. Toda evolução e avanço da onda se deve, também, à abertura de leitos. Precisamos agora ter um controle da pandemia mais sólido na macrorregião para podermos evoluir para a próxima onda”, finalizou o superintendente da SRS Divinópolis, Alan Rodrigo da Silva.

Macro Oeste

Por Willian Pacheco