O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, juntamente com o chefe de gabinete, João Pinho, e o subsecretário de Gestão Regional, Darlan Pereira, reuniram-se na sexta-feira (7/8), por videoconferência, com gestores municipais da macrorregião Triângulo do Norte. Durante o encontro virtual, os participantes falaram sobre a possibilidade de manter as medidas protetivas e adesão ao plano Minas Consciente ou de seguir o caráter vinculante da Deliberação nº 17 do Comitê Extraordinário Covid-19 de Minas Gerais por parte das prefeituras.

Crédito: Lilian Cunha

O secretário disse que a nova reformulação do Minas Consciente não afasta as recomendações sanitárias que os municípios precisam diariamente reforçar junto à população. “Na flexibilização coordenada das atividades econômicas deve se manter as medidas individuais, como o uso de máscara, higienização das mãos e o distanciamento social”.

Amaral completou que a epidemia teve picos na região e agora está numa tendência de queda, mas o nível de transmissão ainda é alto. “Para o desempenho ser progressivo, é necessário o bom senso e muito cuidado. Há uma decisão judicial, em que o município não pode fazer seu próprio programa. Ele segue a Deliberação nº 17 ou a 39, lembrando que a primeira é mais restritiva, comparada com a maior maleabilidade que o Programa oferece. Lembro que a diretriz estadual não interfere na autonomia dos gestores municipais, que podem ditar regras mais rígidas do que na onda em que se encontram, mas não mais flexíveis”, destacou o secretário.

Programa Minas Consciente no Triângulo do Norte

Dos vinte e sete municípios do Triângulo do Norte, dez municípios aderiram ao Programa, o que representa mais de 1 milhão de pessoas no território, ou seja, 77% dos habitantes estão abrangidos pela Deliberação nº 39. Na macrorregião, grande parte dos municípios, 22, possuem menos de 30 mil habitantes, e a nova versão do Minas Consciente traz um tratamento diferenciado, em que eles podem configurar na onda amarela (serviços não essenciais) mesmo que a micro e/ou macrorregião estejam na onda vermelha (serviços essenciais). Esses municípios devem cumprir os seguintes requisitos para estar na onda 2: não possuir sistemas de transporte coletivo relevantes, rotinas e costumes diferentes aos das cidades maiores, densidade demográfica baixa e incidência de casos ativos confirmados abaixo de 50/100 mil habitantes em 14 dias.

Triângulo do Norte

O secretário de saúde de Santa Vitória e presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS/MG) Regional de Ituiutaba, elogiou a nova versão do Programa. “A todo momento somos cobrados pela população não apenas na área de saúde, como também na econômica. O Minas Consciente nos dá uma maior segurança para a tomada de decisão junto ao prefeito e ao comitê municipal”, pontuou Geraldo Xavier Rocha Júnior.

No mesmo sentido, Gustavo Tannús, secretário de saúde de Monte Alegre de Minas e presidente do COSEMS Regional de Uberlândia, demonstrou ter expectativa de que na próxima semana um maior número de munícipios da região fará parte do Minas Consciente, vislumbrando uma atitude uniforme e coordenada das atividades comerciais no Triângulo do Norte. “Os prefeitos da região já estudaram as novas diretrizes e esperamos que em breve mais municípios da macrorregião formalizem a adesão junto a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico”.

Cenário epidemiológico e assistencial do Triângulo do Norte

O Triângulo do Norte, com 1,3 milhão de habitantes, tem a circulação do vírus confirmada em praticamente todos os municípios. O boletim estadual divulgado no dia 7/8  traz a confirmação de 18.190 casos do novo Coronavírus, sendo 361 óbitos.

Um dos critérios que possui maior peso no avanço de classificação da onda na macro ou microrregião é a taxa de ocupação de leitos de UTI. O Triângulo do Norte melhorou a capacidade assistencial porque houve uma ampliação significativa de leitos, que atualmente apresenta uma taxa de ocupação entre 70 a 80%. Acompanhe abaixo esse aumento assistencial que teve o suporte da SES/MG.

Triângulo do Norte

Por Lilian Cunha