O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, e o secretário adjunto da pasta, Marcelo Cabral, apresentaram, durante entrevista coletiva no início da tarde desta segunda-feira (29/6), o cenário epidemiológico da epidemia da covid-19 e comentaram as medidas para o enfrentamento da doença. Na ocasião, o secretário mencionou o processo de atualização dos dados sobre o novo coronavírus. Segundo Amaral, as alterações estão em fase final de implementação, o que deve ser terminado até a próxima quarta-feira (01/7). No momento, o Estado registra 43.864 casos confirmados, sendo 17.792 pacientes em acompanhamento e 25.154 recuperados. Há 918 mortes confirmadas. 

Crédito: Pedro Gontijo

De acordo com o gestor, trata-se de trabalho com certa complexidade, uma vez que Minas Gerais possui 853 municípios. “Durante o fim de semana, a equipe vinculada ao boletim passou os dias trabalhando para que pudéssemos trazer os dados da forma mais atualizada possível e mais sincronizada com os municípios. Ainda necessitamos de realizar alguns ajustes, mas eu acredito que no decorrer dessa semana nós teremos esses dados, de uma forma geral, muito próximos ao que vem sendo informado pelas secretarias municipais”.

Carlos Eduardo Amaral também explicou o aumento do registro de casos acompanhamento, detalhando a metodologia utilizadas. “Os casos com testes positivos são acompanhados por 14 dias, que é o período em que a doença está ativa no organismo. O aumento do registro desses casos se dá no contexto de alinhamento de dados junto aos municípios, nesse processo de atualização que temos feito”, indicou. 

Ainda em relação aos números, Amaral lembrou que Minas Gerais teve alta de 33 pontos 2ª rodada do Ranking de Transparência no Combate à covid-19, alcançando 94,9 pontos, numa escala de 0 a 100, tendo subido 6 posições, para a 5a colocação. Seu nível de transparência para compras emergenciais deixou de ser classificado como “bom” e passou a “ótimo”.

Em relação à possibilidade de retorno do Campeonato Mineiro, o secretário comentou que houve avaliação dos protocolos apresentados pela Federação Mineira de Futebol e os clubes que participam da competição, mas que o cenário de aumento do número de casos não contribui para que os jogos sejam realizados. “Em relação aos protocolos em si, achei que são muito bons, sérios, acho que demonstram muito cuidado com a epidemia. A questão é que pelo aumento de casos, regredimos para a onda verde do Minas Consciente. Com as medidas que nós tomamos nos últimos dias, pode ser que ocorra uma diminuição da transmissão e a data indicada para volta poderia ser reavaliada, mas entendo que no momento isso é pouco provável”, declarou.

Vacina

O secretário Carlos Eduardo Amaral explicou que a possibilidade de produção de uma vacina contra a covid-19 demanda uma série de fases, o que pode levar 18 meses desde o surgimento da doença. “Primeiro é necessário um desenvolvimento, depois vem a fase de testes, fazendo com que essas análises atinjam maior escala, e por último a produção. Então quando nós vemos a epidemia, é possível nós esperarmos que uma vacina só chegue no inverno do ano que vem. Antes disso, é pouco provável”. 

Amaral aproveitou para lembrar que a campanha de vacinação contra a gripe termina amanhã, indicando que aqueles que não foram imunizados procurem pelas unidades básicas de saúde. O secretário também informou que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) vai lançar, nos próximos dias, uma campanha nas redes sociais com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal em geral. “Mesmo na epidemia da covid, nós temos que manter o calendário vacinal ativo. Nós temos 21 vacinas gratuitas na rede do SUS, é uma cobertura grande, e eu gostaria de enfatizar que todos devem avaliar o cartão vacinal, verificar se está em dia e, caso não estejam, que procurem os postos para vacinação”. 

Hospital de Campanha

O secretário adjunto Marcelo Cabral lembrou a estratégia do Estado de aumentar a oferta de leitos de UTI, com investimentos em unidades permanentes da rede de saúde do SUS em Minas. Também informou que a estrutura do hospital de campanha terá papel de funcionar em apoio à rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). “Nós já iniciamos, e já é de conhecimento público, as providências administrativas e legais para viabilizar o funcionamento daquela estrutura, que servirá como um apoio, nesse momento, da Fhemig, no sentido da ampliação desses leitos de UTI, com essa estrutura funcionando como um apoio à rede Fhemig”, disse. 

Em resposta a uma pergunta sobre o programa Minas Consciente, Cabral considerou que as ações estaduais foram tomadas em tempo adequado. “ Basta observar que o Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) está instalado desde janeiro, fomos um dos primeiros estados a tomar providências, de forma antecipada, para implementar medidas de isolamento e distanciamento social”. Marcelo Cabral ainda salientou a importância de permanecer em casa, manter o uso de máscaras e higienização constante das mãos.

Por Jornalismo SES-MG

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