Capacitação que aconteceu na última quarta-feira (20/05), por videoconferência, trabalhou o isolamento domiciliar de casos de síndrome gripal com profissionais de atenção primária da Regional de Saúde. Debater o manejo diagnóstico e terapêutico de pessoas com suspeita de infecção respiratória caracterizada como Síndrome Gripal, causada ou não por COVID-19, no contexto da Atenção Primária à Saúde, foi uma solicitação dos próprios profissionais, diante das dificuldades em lidar com essas orientações aos pacientes e seus contatos.

Identificação de casos suspeitos de Síndrome Gripal e de COVID-19, medidas para evitar contágio na Unidade Básica de Saúde, estratificação da gravidade da síndrome, manejo terapêutico e isolamento domiciliar de casos leves, estabilização e encaminhamento a serviços de urgência/emergência ou hospitalares, de casos graves, e medidas de prevenção comunitária, foram alguns dos temas abordados.

A coordenadora de Atenção à Saúde da Regional de Uberaba, Sheila Oliveira, explica que as capacitações vêm acontecendo semanalmente para dar suporte às equipes municipais, sendo que os assuntos são, muitas vezes, demandados por elas. Segundo ela, “na última reunião, buscamos auxiliar no entendimento do conceito e tomada de decisões passíveis de execução quando ocorrerem resistências na adesão ao isolamento, por parte dos usuários, e também de algumas empresas. Temos recebido relatos de empresas que se recusam a aceitar atestados de isolamento e isso é bastante grave”.

Créditos: Sara Braga

Ivone Carneiro, bióloga da Vigilância Sanitária da Regional de Uberaba, contribuiu na elaboração de material usado na capacitação e, de acordo com ela, foi informado que o dever do Estado em garantir saúde não exclui o das pessoas, famílias e empresas. Ela afirma que “aquele que descumprir o isolamento domiciliar pode ser detido ou pagar multa, e para garantir o cumprimento da medida, temos as parcerias da Polícia Militar e do Ministério Público. Ser suspeito ou portador de doença contagiosa, estar ciente e voluntariamente deixar de cumprir o isolamento é crime contra a saúde pública e representa risco para a coletividade.”

A enfermeira da Atenção Primária à Saúde, Jéssica Scandiuzzi, que também conduziu a capacitação, cita que existem desafios de todas as ordens, neste momento, e um deles certamente é utilizar o recurso virtual para manter contato e proximidade com os colegas municipais. “Os principais objetivos dos nossos encontros são apoiar as discussões locais, pensar juntos nos processos de trabalho frente à pandemia e, principalmente, garantir que a população esteja assistida e acompanhada neste contexto”, finaliza.

Sabrina Araújo, coordenadora de Atenção Primária do município de Pedrinópolis, diz que as reuniões virtuais são uma ferramenta muito importante no enfrentamento da Pandemia. Mesmo com a necessidade de manter o isolamento social, serviços essenciais, como a saúde, não param. Vários protocolos foram desenvolvidos para organizar os serviços e garantir assistência de qualidade, contínua e resolutiva aos pacientes. Ela afirma que “as reuniões organizadas pela superintendência de saúde tornam possíveis discussões e esclarecimentos de dúvidas freqüentes no dia a dia e que a atenção e disponibilidade dos servidores em planejar e organizar, com certeza garante mais segurança para trabalhar com os novos protocolos,” afirma.

Por Sara Braga