Instituição de referência no Norte de Minas para o tratamento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grade (SRAG) com suspeita de terem contraído Covid-19, o Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), sediado em Montes Claros, concluiu nesta sexta-feira treinamento e aperfeiçoamento técnico das equipes de servidores que atuam na linha de frente de enfrentamento ao novo coronavírus. O Hospital é administrado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Nesta quinta-feira (16/4), a instituição recebeu da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mais de 161.900 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para uso de profissionais de saúde que atuam na assistência a pacientes com Covid-19.

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Com previsão de ter continuidade em maio, a primeira fase da capacitação realizada nesta semana envolveu profissionais que atuam no pronto-socorro, centro de terapia intensiva, unidade semi-intensiva, no bloco cirúrgico e na clínica médica. O objetivo foi repassar para os servidores as técnicas, procedimentos e cuidados recomendados no atendimento de pacientes com SRAG. As ações realizadas no Centro Alfa de Treinamento e Simulação em Saúde (CATS) foram focadas no treinamento em fluxograma Covid-19; oxigenação do paciente grave; sequência rápida de intubação orotraqueal; dispositivo supraglótico; cricotireoidostomia (incisão de emergência através da pele e da membrana cricotireóide para garantir a via aérea do paciente durante certas situações de emergência); parada cardiorrespiratória; paramentação e desparamentação.

O diretor de desenvolvimento do HUCF, Roberto Rodney Ferreira Júnior, destaca a importância e a motivação com a realização dos treinamentos. “Tendo em vista o cenário da Covid-19, buscamos estabelecer algumas parcerias para melhorar os processos de treinamento, notadamente para médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, nutricionistas e demais integrantes da equipe multiprofissional que, em certo momento, possam atuar na linha de frente no enfrentamento ao novo coronavírus”.

As capacitações ocorrem em pequenos grupos de, no máximo, oito pessoas. “O Centro de Treinamento possui um robô que consegue simular várias ações ou sintomas que um paciente doente pode ter, o que melhora o aprendizado dos participantes. É um processo que busca dar maior conhecimento e maior experiência a esses profissionais”, conclui o diretor.

Por Pedro Ricardo