O governador Romeu Zema anunciou hoje (13/4), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, uma parceria inédita entre o Governo de Minas e a empresa de aplicativo 99 para fazer a entrega domiciliar de medicamentos aos pacientes do grupo de risco do coronavírus. A iniciativa tem objetivo de coibir a formação de filas e pontos de potencial disseminação do vírus nas 28 farmácias regionais administradas pelo Estado.

Crédito: Pedro Gontijo

Inicialmente, o projeto piloto será implementado em Belo Horizonte, a partir do dia 20/4, e Juiz de Fora (nesta terça-feira, 14/4). Por meio de um levantamento, chegou-se ao número de 1.682 potenciais pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e asma residentes na capital mineira, e 730 potenciais pacientes portadores de DPOC, asma e hipertensão pulmonar no município de Juiz de Fora.

 “A partir de agora, as pessoas que necessitam desses medicamentos receberão os remédios em casa. Foi uma solução que encontramos para que os necessitados, que fazem parte do grupo de risco, não sejam contaminados ao se deslocarem para alguma unidade da Farmácia Popular”, ressaltou o governador.

Apenas na farmácia da regional de Belo Horizonte circulam, aproximadamente, 50 mil pacientes por mês, além de cerca de 220 funcionários. Diante da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) já adota medidas preventivas sem prejudicar os pacientes.  

Após o piloto serão ajustadas questões operacionais junto ao parceiro para que a iniciativa seja estendida aos 183 municípios mineiros nos quais a 99 opera.

Ciência e Tecnologia

Na universidade, o governador e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Marcos Pontes, visitaram três laboratórios que fazem parte da Pesquisa Rede Vírus. Os laboratórios de Nível de Biossegurança, de Vírus e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Dengue e Interação Microrganismos Hospedeiro (INCT Dengue) são utilizados no combate à Covid-19.

De acordo com o ministro, será por meio da ciência, ou seja, do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores e cientistas nos laboratórios visitados, que o Brasil conseguirá combater a pandemia.

“Aqui na UFMG, trabalhos importantes estão em desenvolvimento nas áreas de virologia, na confecção de EPIs, álcool em gel e testes de diagnósticos. Em Minas Gerais temos um exemplo claro de como a ciência pode - e deve - ser empregada a favor da qualidade de vida da sociedade, assim como na geração de riquezas para o país e de conhecimento”, explicou.

O governador também chamou atenção para a importância da Ciência e Tecnologia no momento em que o mundo assiste aos danos provocados pelo coronavírus. “Somente a produção científica será capaz de dar respostas que levem à produção medicamentos e vacinas para frearmos essa pandemia. Minas Gerais está conduzindo adequadamente a situação”, comentou.

A reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, também presente à visita, explicou que a universidade possui, atualmente, 30 estudos voltados à Covid-19. “Temos um trabalho, que é uma parceria entre o CT Vacinas e Fiocruz, que atua no desenvolvimento de uma vacina; produção de álcool para os hospitais; máscaras de segurança; engenharia sanitária e teremos, futuramente, um Centro de Inteligência Artificial voltado para Saúde”, ressaltou.

Por Agência Minas