O governador Romeu Zema, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, o secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral e o subsecretário de vigilância em saúde, Dario Brock Ramalho, participaram, nesta sexta-feira, (27/03), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, de mais uma coletiva virtual sobre a situação do coronavírus no estado. "Há 10 dias estamos vivendo um período difícil de tensão social. Acompanhamos os números da pandemia no estado diariamente e tomamos todas as medidas necessárias para a segurança todos. Nossa prioridade continua sendo a preservação da vida, mas a partir da próxima semana vamos iniciar um estudo para avaliar quais setores do Estado podem ser reativados. No entanto, é importante ressaltar que todas as medidas serão reavaliadas com frequência, de acordo com os dados epidemiológicos da doença em nosso estado", pontuou o governador Romeu Zema.

Posteriormente, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, informou que por meio da Portaria nº 480, publicada dia 23 de março de 2020, o Governo Federal está destinando R$ 60 milhões para os municípios e tem como objetivo a aquisição de insumos e equipamentos de proteção individual, de ampliação de leitos clínicos para o enfrentamento ao coronavírus e o reforço de custeio para os municípios. "Nosso objetivo com essa transferência de recursos é auxiliar os municípios no enfrentamento ao covid-19. Além disso, estamos recrutando toda nossa malha laboratorial para a realização de exames e, nesse momento, a Hemominas passa a compor essa malha e dentro em breve nós teremos o aumento da produção de exames e diagnósticos dos casos de coronavírus no estado", afirmou o secretário.

Situação em Minas Gerais

De acordo com o boletim epidemiológico publicado na manhã desta sexta-feira, 27/03, Minas Gerais apresenta registro de 21.691 casos suspeitos e 189 casos confirmados. Há, ainda, 28 óbitos em investigação. "Até o momento, houve o registro de 33 óbitos suspeitos de covid-19. No entanto, já descartamos 19. Portanto, continuamos com nenhum óbito confirmado de coronavírus em Minas Gerais, até o momento", informou o secretário.

O subsecretário de vigilância em saúde, Dario Brock Ramalho, completou, ainda, explicando que algumas dessas amostras dos óbitos ainda não chegaram à Fundação Ezequiel Dias (FUNED), "priorizamos todas as amostras que estavam com o resultado pendente e, em todos, o resultado deu negativo", afirmou.

Posteriormente, o secretário explicou o motivo da reabertura dos call centers, que foi autorizada pelo Governo de Minas. "A secretaria de saúde e o Governo de Minas estão organizando um sistema de teleatendimento para a sociedade com o objetivo de aproximar da população e possibilitar que as pessoas recebam orientação antes de procurar o serviço médico e, para tal, é fundamental que tenhamos os call centers funcionando. A previsão é que a partir da semana que vem já tenhamos esse serviço disponível", explicou o secretário.

27-03 Pedro Gontijo

Para a estruturação do serviço de atendimento ao covid-19, o Estado está buscando recrutar 2 mil leitos com estrutura de CTI para atender aos pacientes. Este recrutamento, está vinculado, segundo o secretário, a uma resolução que será publicada nos próximos dias que visa que todos os hospitais do estado se cadastrem para ter seus leitos registrados na secretaria. "Esses leitos serão financiados pelo teto da terapia intensiva do SUS. Nosso objetivo é criar uma rede estruturada de forma que os pacientes graves em todo o estado tenham condição de ser tratados", pontuou.

O secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral, destacou a fala do governador Romeu Zema e o quanto é importante que os prefeitos e o estado estejam alinhados. "Faremos tudo de modo coordenado para que as medidas sejam adotadas de acordo com a necessidade entre o estado e os municípios", pontuou.

Finalizando a coletiva, o secretário ressaltou que "a Secretaria de Saúde e o Governo de Minas definem todas as ações baseadas nas práticas da vigilância em saúde e no controle epidemiológico, visando sempre adotar as melhores decisões em prol da manutenção da saúde pública", finalizou.

Por Paula Gargiulo