A Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e da Unidade Descentralizada de Caratinga (UDC), realizou entre os dias 10/02 a 18/02, uma força-tarefa para o enfrentamento das arboviroses no município de Periquito, Vale do Aço.

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Segundo a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Saúde do Trabalhador (NUVEAST) da Regional de Saúde, Micheli Egydio, as ações de enfrentamento foram realizadas em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde e o Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica do município e contou com uma equipe composta por técnicos em controle vetorial da Regional de Saúde, Agentes Comunitários de Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

“Foram realizadas visitas domiciliares, mutirão de limpeza nos bairros, atividades de educação em saúde com foco no manejo ambiental e bloqueio químico (manejo vetorial). A Força Tarefa Regional é uma ação integrada do Comitê Regional de Enfrentamento às Arboviroses junto aos municípios classificados em alta ou muito alta transmissão para qualquer arboviroses. A Regional de Saúde visitou estes municípios e realizou reuniões técnicas, vários encaminhamentos foram apontados, um deles é a realização da força-tarefa”, detalhou Micheli.

De acordo com Aluísio Carlos Dias, os técnicos em controle vetorial foram convocados pela Comitê Regional de Enfrentamento às Arboviroses da Regional de Saúde de Coronel Fabriciano com o objetivo de atuar no município em decorrência do elevado número de notificação de arboviroses, buscando dar uma resposta rápida na eliminação de focos e do próprio vetor.

“Além dos trabalhos de campo, nós repassamos informação de controle vetorial aos ACE’s, ressaltando a importância do manejo ambiental para evitar a formação de novos focos e também acompanhamos estes mesmos agentes na atividade de bloqueio vetorial e manejo ambiental, que é a atividade de supervisão. Quem necessitava de capacitação, também foi capacitado” destacou Aluísio.

De acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de janeiro de 2020 até a terceira semana de fevereiro, foram notificados no município 44 casos prováveis de dengue e 2 casos prováveis de chikungunya.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Periquito, Valdirene Arantes, explicou todo o panorama epidemiológico do município aos integrantes da Força Tarefa Regional, fato que direcionou a estratégia dos trabalhos já previstos no Plano de Contingência Municipal.

“O município está focado no enfrentamento às arboviroses, mas ainda é necessário que cada um faça a sua parte, cidadão e município. Nosso desafio é sensibilizar nosso munícipe a manter o seu quintal limpo e organizado, que os pneus e o lixo sejam mantidos em lugares secos e cobertos, o descarte de entulhos e embalagens seja feito de forma segura e limpa, que no pratinho de vasos e plantas contenha areia e que não deixem tanques, garrafas e tonéis destampados. Parece tudo muito simples, mas na prática, não é isso que acontece, mas estamos motivados e a força-tarefa e o acompanhamento da Regional de Saúde vêm fortalecer estes trabalhos de enfrentamento” explicou Valdirene.

Também fizeram parte da equipe da Força Tarefa Regional, os técnicos Aluísio Carlos Dias, João Batista Dias, José Lopes de Aquino, Sebastião Flausino da Silva e Paulo César Moreira Matos. A Força Tarefa Regional já esteve no município de Pingo D’água, hoje (19/02) uma equipe foi deslocada para o município de Belo Oriente, já no início de março será a vez do município de Dionísio.

Disque denúncia

O município de Periquito colocou à disposição um canal de denúncia aos moradores da cidade. Em caso de lotes abandonados, entulhos e potenciais focos do Aedes aegypti, a denúncia poderá ser feita pessoalmente no Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica, situado na rua Senador Milton Campos Nº287 ou pelo telefone (33) 9.9909 – 8676.

O objetivo, segundo a coordenação municipal de Vigilância Epidemiológica, é a identificação imediata de possíveis focos do Aedes aegypti, realizando assim o manejo ambiental adequado e atividades de mobilização social com os moradores.

Por Flávio Augusto Ribeiro Samuel