Técnicos de municípios da área de abrangência das Regionais de Saúde de Manhuaçu e Governador Valadares, classificados epidemiologicamente com transmissão como alta, média, muita alta e em risco de epidemia pelo Aedes, participaram ontem (18/02), de Oficina de Enfrentamento às Arboviroses. O evento foi promovido no auditório da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Doce (Ardoce), pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Segundo a coordenadora do Programa Estadual das Doenças Transmitidas pelo Aedes da SES-MG, Carolina Amaral, “a capacitação procurou informar e alinhar os participantes sobre os indicadores e as formas de monitoramento dos eixos que compõem o Plano de Contingência Estadual das doenças Transmitidas pelo Aedes, além de verificar se alguns desses eixos estão em déficit para que o Estado possa orientar da melhor forma possível esse fluxo de trabalho”, frisou.
A coordenadora informou, ainda, que “também foi apresentado aos técnicos o cenário específico de cada região e que a SES-MG já enviou para todos os municípios que estão em situação de alto risco, insumos e medicamentos para a assistência à população”, salientou.
As apresentações dos eixos de vigilância epidemiológica, assistência, controle vetorial e mobilização social foram feitas por Rejane Balmant Letro, da coordenação do Programa de Doenças Transmitidas pelo Aedes, pela médica Katiuscia Cardoso Rodrigues da Secretaria Municipal de Saúde de Valadares e pelas referências técnicas de controle vetorial e de Arboviroses da SES-MG, Dionísio Pacceli e Jaqueline Oliveira.
O coordenador de Vigilância Epidemiológica do município de Resplendor, Ivan Ferreira Brum, destacou que, apesar de sua cidade estar com nível de infestação baixo, a equipe de saúde municipal está em alerta de vigilância. “Estamos acompanhando a situação epidemiológica e realizando ações de prevenção em Resplendor e essa oficina veio para nos orientar na melhor organização das ações de enfrentamento do Aedes, principalmente nos mostrando a importância da periodicidade semanal das reuniões do Comitê de Arboviroses”, comentou.
Já o coordenador do Núcleo de Epidemiologia da Regional de Manhuaçu, Ernesto Grilo, relatou a situação endêmica de sua região e como a oficina foi proveitosa para os técnicos municipais. “Historicamente sempre tivemos infestação alta e muitos casos de arboviroses na região de saúde de Manhuaçu e que agora está em ascendência com a calamidade das enchentes que ocorreram na nossa região. Por isso, esta oficina é vital porque vai nos ajudar a entender bem essa realidade e também por nos mostrar, entre outras coisas, a importância das notificações em tempo oportuno”, finalizou.
A equipe do Programa Estadual das Doenças Transmitidas pelo Aedes prossegue agora com as capacitações em Teófilo Otoni (19/02) e Pedro Azul (20/02).
Por Frederico Bussinger
