Desde a última terça-feira (29/10), a Sala de Situação do Centro de Operação de Emergência em Saúde (COES) Sarampo, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), foi inativada. Essa decisão foi tomada tendo em vista a diminuição no número de notificações e suspeitas de sarampo no estado. Assim, a partir de agora, o grupo técnico de vigilância retoma suas rotinas para doenças exantemáticas, dentre elas o sarampo, que terá boletim divulgado quinzenalmente.

Desde o início do ano, foram confirmados 74 casos de sarampo. Quatro deles ocorreram no primeiro trimestre e a cadeia de transmissão foi contida. A partir de junho de 2019, o número de casos suspeitos aumentou, registrando o maior número na Semana Epidemiológica 36 (01/09/2019 a 07/09/2019). A partir dessa semana, houve redução da curva epidêmica, conforme demostrado na Figura 1.

Distribuição dos casos notificados, confirmados e em investigação de sarampo por Semana Epidemiológica (SE) da data de início do exantema, Minas Gerais, SE 23-42, 2019:

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As ações de prevenção e controle, como o bloqueio vacinal e a campanha de intensificação vacinal de crianças menores de 5 anos no Brasil e no estado de Minas Gerais foram fundamentais para a queda do número de notificações e suspeitas de sarampo no território.

O estado de Minas Gerais ainda se encontra em surto ativo de sarampo, que só será finalizado após 90 dias da detecção do último caso confirmado da doença. As notificações recebidas na Sala de Situação do COES Sarampo, no período de sua operação, serão ainda respondidas com as recomendações e condutas adequadas para o fechamento de caso, mas agora pela área técnica da SES-MG Nível Central e Regional. As notificações de suspeitas devem continuar sendo enviadas às vigilâncias locais de forma imediata para oportunizar ações de prevenção e controle. Outra mudança é com relação ao Informe Epidemiológico do Sarampo, que será divulgado no site da SES-MG em intervalos quinzenais, normalmente às quartas-feiras.

As ações de notificação, classificação e encerramento final dos casos voltam a ser realizadas de forma descentralizada pelas gestões locais. Por fim, o grupo técnico estadual de vigilância permanece à disposição para discussão técnica de casos, sempre que necessário, em conjunto com técnicos das vigilâncias regionais e municipais durante a vigência de surto ativo da doença.

Outras informações disponíveis em: www.saude.mg.gov.br/sarampo

Por Ana Paula Brum