Nos dias 05 e 06/03, a equipe da Coordenação Estadual de Imunização, que engloba as diretorias de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental e de Políticas de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), promoveu uma Reunião Técnica para Alinhamento das Ações de Enfrentamento da Febre Amarela. De acordo com a Coordenadora de Zoonoses e Vigilância em fatores de Riscos Biológicos, Mariana Gontijo de Brito, ainda há um grande percentual da população que não tem recorrido aos postos para se vacinar.

Para alcançar esse grupo dos “não vacinados”, Mariana afirma que as equipes de imunização devem intensificar a estratégia de persuasão às pessoas ainda resistentes, de tal forma que compreendam que a vacina continua a ser a melhor forma de se prevenir contra a doença, pois confere imunidade em 95% a 99% dos vacinados.

Desafios

Em algumas situações, as equipes precisam compreender que as estratégias devem ser discutidas de maneira diferenciada com as regionais e municípios, de acordo com as suas especificidades, tais como: Densidade populacional; Proximidade de matas; Regiões de turismo intenso e Regiões muito urbanizadas.

A respeito dos 11 casos de febre amarela em pessoas vacinadas, Eva afirma que esses pacientes permanecem em investigação pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) para levantamento de informações clínicas e epidemiológicas que possibilitem a conclusão dos casos.

Créditos: Alessandra Ribeiro

Segundo a Coordenadora Estadual de Imunização, Eva Lídia Arcoverde, as equipes precisam conversar com o paciente e com seus familiares para obter o maior número de informações sobre ele. “Não basta o paciente dizer que já foi vacinado. É preciso averiguar e comprovar se há registro no cartão de vacinação desse paciente”, diz Eva.

Em relação ao caso do médico internado no hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, o Informe Epidemiológico da Febre Amarela divulgado pela SES-MG em 06/03, notificou que o exame e a investigação epidemiológica comprovaram a contaminação por febre amarela e que o provável local de infecção tenha sido o município de Caeté (região metropolitana de BH). Porém, até o momento não foi apresentada comprovação de histórico vacinal para a vacina contra a febre amarela, assim, portanto, o paciente não é considerado vacinado contra a doença e não consta nos 11 casos de pessoas vacinadas que tiveram a doença.

Atualmente, a cobertura vacinal acumulada de febre amarela em Minas Gerais está em torno 90%, sendo que a faixa etária dos 15 aos 59 anos é a que ainda apresenta o menor registro de indivíduos vacinados. A diretriz da Secretaria de Estado de Saúde é que todos os municípios do Estado de Minas Gerais intensifiquem a vacinação contra a febre amarela para que 100% da população mineira esteja imunizada.

Eva convocou as equipes para a realização de um trabalho de força tarefa, com vacinação casa a casa e deixou um alerta: “O vírus está circulando em todo o Estado. Não há como se falar em área fora de risco. Por isso, precisamos alcançar todos os indivíduos não vacinados para conter o avanço da febre amarela.”

Por Alessandra Ribeiro