A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Leopoldina promoveu, no dia 22/10, um encontro por videoconferência, entre a equipe que atua no Programa de Controle da Tuberculose e os responsáveis pela ação nos municípios da área de abrangência da regional. Durante a reunião foram abordados os pilares que norteiam o Plano de Ação Regional para o Enfrentamento da Tuberculose: a prevenção, o cuidado integrado, as políticas arrojadas e o sistema de apoio.

Crédito: Empresa Brasileira de Comunicação

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. A forma pulmonar da doença é a mais frequente e a responsável pela manutenção da transmissão que ocorre de pessoa para pessoa pela via respiratória (quando um indivíduo acometido pela doença elimina bactérias pela tosse, espirro ou fala e essas são inaladas por um indivíduo saudável). Quanto maior a intensidade, a frequência da tosse, o tempo de permanência do indivíduo infectado com os seus contatos, quanto menor a ventilação do local, maior a probabilidade de infecção. A tuberculose tem cura e o tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A referência técnica para o tratamento em tuberculose da Regional de Leopoldina, Maria Célia Riguetto Nunes, destacou o objetivo da reunião. “Conversamos sobre o Programa de Controle da Tuberculose, sobra as ações de vigilância e de controle que integram o plano. Essa reunião permitiu darmos continuidade aos trabalhos de combate à doença, fortalecer o que vem sendo feito e reiniciar o que foi parado dentro do cenário da pandemia, que mobilizou todos os profissionais da saúde nos diferentes níveis de atenção”, pontuou a referência técnica.

A coordenadora de Vigilância em Saúde da GRS de Leopoldina, Marcela Bella Lopes, ressaltou a importância do encontro a das informações compartilhadas. “Foram discutidos pontos importantes que vêm nos preocupando como, por exemplo, a ocorrência de óbitos por tuberculose. Entendemos que esse foi um ano atípico por conta da pandemia, mas temos que retornar com as atividades prioritárias”, destacou a coordenadora.

Sintomas e diagnósticos

O principal sintoma da tuberculose é a tosse, que pode vir acompanhada de febre ao final da tarde, suor noturno e emagrecimento. Recomenda-se que todo indivíduo com tosse de duração de três ou mais semanas seja avaliado para que se descarte ou não a enfermidade. Para isso, deve-se procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência. O diagnóstico é realizado pela avaliação clínica do paciente, por exames bacteriológicos e exames complementares como o raio X de tórax.

Tratamento

É muito importante ressaltar que a tuberculose tem cura e o tratamento é disponibilizado pelo SUS. Para o sucesso do tratamento, é importante que o paciente tome os medicamentos de forma regular, todos os dias, nas doses adequadas, e pelo tempo previsto de no mínimo de seis meses. Com aproximadamente 15 dias de tratamento e continuidade, a transmissão da bactéria do indivíduo doente para outras pessoas é interrompida, evitando novos casos da doença.

O abandono do tratamento é um dos principais desafios para o controle da doença, pois o abandono pode favorecer a transmissão da doença, podendo causar a resistência da bactéria aos medicamentos utilizados no tratamento, o que pode levar à ocorrência de casos graves e, também, ao óbito.

Por Gustavo Santos Ribeiro

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