Com o objetivo de garantir uma melhor gestão de leitos no Hospital Eduardo de Menezes (HEM), que faz parte da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, e o presidente da Fhemig, Fábio Bacheretti, anunciaram em coletiva virtual nesta segunda-feira (25/05), a segunda fase do Plano de Capacidade Plena Hospitalar.

Crédito: Pedro Gontijo

Elaborado pela Fhemig com as colaborações da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA-BH) e da SES-MG, o plano é voltado para a reorganização do fluxo de atendimento nos hospitais da rede. “Por meio da rede Fhemig, nós estamos ampliando nossa atuação e sendo em várias cidades os principais hospitais no enfrentamento a covid-19”, destacou o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais.

O presidente da Fhemig, Fábio Bacheretti, explicou que, “como o Hospital Eduardo de Menezes, 100% dedicado ao recebimento de pacientes com covid, vem aumentando sua taxa de ocupação de seus leitos, será iniciada a partir de 27 de maio, a segunda fase, que corresponde à utilização de outra instituição hospitalar em Belo Horizonte, o Hospital Júlia Kubitschek, como um hospital de recebimento dos pacientes de enfermaria com suspeita de covid”, completou.

Fluxo de atendimento

A Unidade de Emergência do HJK irá receber apenas os pacientes transferidos e regulados pela Central de Internação de Belo Horizonte (CINT-BH), de acordo com os critérios estabelecidos pelo protocolo assistencial na Unidade de Emergência, sendo os demais casos absorvidos pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), em especial para a UPA Barreiro.

De acordo com Fábio Bacheretti, a preocupação da Fhemig e do Governo está na abertura de leitos de terapia intensiva, uma vez que vários hospitais possuem leitos de enfermaria ociosos. “Belo Horizonte, Patos de Minas, Barbacena e Juiz de Fora são considerados locais estratégicos para ampliação de leitos de terapia intensiva. Em Belo Horizonte, temos 30 leitos ativos no Eduardo de Menezes, com mais 4 no Júlia Kubitschek. Há a previsão de se abrir mais 10 leitos e, posteriormente mais 12 leitos, podendo o HEM chegar a 84 leitos de terapia intensiva e o Júlia Kubitschek a 126 leitos”, explica Fábio Bacheretti.

Síndrome Respiratória Aguda Grave

Ao longo da coletiva, Carlos Eduardo Amaral destacou que, embora a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não seja sinônimo de covid, os casos de SRAG são acompanhados por funcionarem como um sinalizador para as equipes de saúde.“A SES-MG trata a SRAG como sendo um sinalizador de suspeita de migração da covid em relação à sociedade. Acompanhamos as notificações, checamos todos os casos notificados e mantemos uma vigilância intensa com relação à SRAG”, explica o secretário de Estado de Saúde.

Com relação ao número de exames realizados em Minas Gerais, considerando as redes pública e privada, esse número atualmente é de 37.172 exames, o que corresponde a 176 exames para cada 100 mil habitantes.

Até o momento, Minas Gerais registrou 6.962 casos de covid-19, enquanto 3.265 casos estão em acompanhamento. O estado registra, ainda, 3.467 casos recuperados e 230 óbitos confirmados.

Por Fernanda Rosa