Uma reunião de alinhamento do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) da Regional de Sete Lagoas com os farmacêuticos municipais jurisdicionados à regional foi realizada nesta terça-feira (17/12). O objetivo foi discutir e passar orientações sobre a programação para pedidos de insulina, planejamento de pedidos de medicamentos de tratamento para as arboviroses e a montagem de processo para a solicitação de medicamentos.

Naf II

O superintendente Regional de Saúde de Sete Lagoas, Fabrício Júnior Alves Teixeira, destacou a importância da realização dessas reuniões periódicas a fim de “consolidar a Regional como ponto de referência entre as políticas municipais e as estaduais, criando assim uma identidade no território como ponto de suporte da assistência farmacêutica”, e lembrou ser esses encontros o momento em que os casos do dia-dia podem ser discutidos e as dúvidas esclarecidas. Para Fabrício Júnior Alves Teixeira “estreitar as relações é extremamente necessário e com o tempo a equipe do NAF vai se estruturando e melhorando a cada dia essa relação de trabalho para conquistarmos uma assistência melhor”, concluiu.

A referência técnica da assistência farmacêutica, Karolline Vasconcelos Fernandes da Silva, também observou que esse é um momento de adequação e avaliação dos pedidos e, por isso, as orientações passadas neste encontro e nos acompanhamentos diários realizados pelo núcleo devem ser observadas pelos farmacêuticos municipais.

Karolline Vasconcelos Fernandes da Silva detalhou os procedimentos para o pedido de medicamentos para diabetes-insulina NPH e Regular e dos insumos de aplicação, além de destacar a relevância de se atentar aos prazos de validades, o processo de orientação e cadastro do questionário de tiragem dos pacientes e a organização para os pedidos e dispensação dos insumos recebidos por cada município, sempre observando a administração responsável dos recursos públicos e a busca pelo atendimento as necessidades dos pacientes. “Um momento oportuno para manter esse cadastro próximo a realidade no paciente é perguntar para ele, no momento da entrega ou dispensação do medicamento ou insumo se mudou alguma coisa e assim revisar, atualizar ou mesmo cadastrar todos os dados do paciente”, sugeriu Karolline.

O atendimento a pacientes com sintomas de arboviroses também foi um dos assuntos tratados na reunião, pois como observou a referência técnica da assistência farmacêutica, Graziele Duarte Machado, em períodos de incidência baixa da doença é o momento próprio para realizar esse planejamento dos medicamentos e volumes de insumos para apoiar a população. “Devemos planejar agora para se evitar e minimizar os efeitos no caso de uma possível epidemia”, observou Machado que orientou os farmacêuticos sobre a montagem do estoque “a medida que aumenta a incidência, aumenta também a demanda por medicamentos, e podemos nos antecipar a isso”.

A referência técnica explicou que medicamentos como analgésicos, antitérmicos, antieméticos, sais de reidratação oral e soluções para reposição volêmica são os mais comuns. Também foram fornecidas aos municípios orientações sobre a montagem do processo para a solicitação de medicamentos às farmácias por parte dos pacientes sendo demonstrados os principais erros de preenchimentos de informações que costumam evitar que um processo seja aprovado. “Os formulários estão em constante atualização e, por isso, devem sempre ser verificados pelos prescritores (médicos). Depois da mudança de modelo os formulários só podem ser aceitos até 60 dias”, explicou a referência técnica do NAF, Renata Figueiredo Gontijo.

Por fim, também foi ressaltada a necessidade de lembrar aos usuários que depois de três meses sem a retirada dos remédios o processo é encerrado e precisa ser reiniciado. “Sempre buscamos um contato com o paciente antes do cancelamento, buscamos entender o que está acontecendo e como seria possível auxiliar na orientação sobre a dispensação dos medicamentos”, lembrou a coordenadora do NAF, Camila Filizzola de Andrade Sena.

Por Nayara Souza