Com o intuito de investigar os casos de transmissão vertical de sífilis, hepatites virais e HIV, visando a eliminação destes agravos como problema de saúde pública, através da qualificação da assistência prestada tanto à gestante, quanto à criança, a Regional de Saúde de Pouso Alegre realizou nesta terça-feira (17/12), Reunião do Comitê de Investigação de Transmissão Vertical-IST. O protocolo de investigação da Transmissão Vertical é uma publicação do Ministério da Saúde e apresenta a estratégia da criação de comitês para o desenvolvimento de políticas de saúde para a redução da transmissão vertical.

Crédito: Otávio Coutinho

Conforme explica a referência técnica em IST/AIDS, Flávia Moreira Alves Silva, a transmissão vertical das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) é passível de prevenção, desde que sejam realizados o diagnóstico oportuno e tomadas as medidas terapêuticas adequadas tanto durante o pré-natal quanto no momento do parto. “Além disso, é fundamental o acompanhamento da criança durante as consultas de puericultura. Para isso, é necessário que os profissionais se atentem às recomendações dos protocolos ministeriais tanto para a prevenção da transmissão vertical quanto para as condutas a serem tomadas nas situações de crianças expostas aos agravos”, destaca.

Foram discutidos e analisados casos de transmissão vertical investigados pelos municípios de residência das crianças. Após a análise, são identificadas as fragilidades que podem ter contribuído para a transmissão vertical do agravo ou seu risco, e são feitas recomendações aos gestores municipais de saúde, visando qualificar a assistência prestada à gestante e ao recém-nascido e evitar a ocorrência de novos casos.

No ano de 2018, por meio da deliberação CIB-SUS/MG nº 2.690, de 20 de março de 2018, foi aprovada a instituição e a organização do Comitê Estadual dos 28 Comitês Regionais e 08 Comitês Municipais de Investigação da Transmissão Vertical das Infecções Sexualmente Transmissíveis (CITV/IST). O Comitê é representado por Núcleos de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Atenção Primária à Saúde, Redes de Atenção à Saúde, Assistência Farmacêutica, além de membros convidados. 

Por Otávio Coutinho