O Hospital Alberto Cavalcanti (HAC) promoverá no dia 13 de dezembro um mutirão, aberto ao público, para avaliar lesões de pele e orientar as pessoas sobre a prevenção do câncer de pele, tema do Dezembro Laranja. O mutirão será de 13 às 19 horas, no Ambulatório de Especialidades do hospital, à Rua Camilo de Brito, 636, no bairro Padre Eustáquio (BH).
Esse mutirão irá reunir uma equipe de dermatologistas e cirurgiões para realizar uma detecção de possíveis doenças da pele, que sugerem câncer ou que podem vir a se tornar. O objetivo principal é o rastreamento de casos por médicos, mas também esses profissionais irão passar instruções para que as pessoas reconheçam sinais importantes da pele que podem vir a remeter um diagnóstico de câncer.

HAC

O HAC é referência em Oncologia na saúde pública do Estado, com uma equipe multiprofissional que oferece um atendimento em várias especialidades no que se refere à medicina clínica e à medicina cirúrgica nesta área. E o hospital também sempre promove campanhas relacionadas à prevenção do câncer, como Outubro Rosa e Novembro Azul.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele responde por 33% dos diagnósticos dessa doença no Brasil, sendo, portanto, o mais prevalente. A cada ano, são registrados 180 mil novos casos. O melanoma é mais temido dos cânceres de pele, por ter o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade, mas não é o mais comum.

São inúmeros tipos de lesões. O mais frequente é o carcinoma basocelular, que geralmente acomete a região da cabeça (couro cabeludo, face, orelhas) e se apresenta como uma feridinha que não se cicatriza, por exemplo. Outras lesões que devem ser observadas, principalmente nos pacientes acima dos 40 anos, são aquelas que crescem rapidamente, mudam sua aparência e não melhoram.

O câncer de pele não é muito comum em crianças e adolescentes; mas a maioria dos casos acontece na faixa etária acima de 30 anos, de pessoas que tiveram um histórico de exposição solar significativa na infância e continuaram a ser expor frequentemente sem proteção adequada, especialmente aquelas que têm a pele clara.

Porém, como explica o dermatologista Marcus Henrique de Sousa Brito Xavier, do HAC, um equívoco é pensar que o câncer de pele só aparece em regiões do corpo que ficam mais expostas ao sol. “As lesões podem ser nas plantas dos pés, por exemplo, ou em qualquer parte do corpo – inclusive na unha. Se a pessoa tem listras negras na unha, uma micose que não se cura, é bom observar. Inclusive, a exposição solar não é o único fator de risco quando se trata de câncer de pele. Pacientes com imunossupressão, em tratamento quimioterápico, que foram transplantados, com algumas síndromes genéticas e exposição a algumas substâncias, como alcatrão, piche de asfalto, carvão e petróleo, também estão sujeitas ao câncer de pele. Além disso, é considerada a hereditariedade”, explica o médico.

Por Michèlle de Toledo Guirlanda (ASCOM Fhemig)

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