A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG), realizou nos dias 18 e 19 de novembro, oficinas de Prevenção ao Uso de Produtos de Tabaco. As oficinas aconteceram nas Escolas Estaduais Geraldo Teixeira da Costa, no município de Santa Luzia e na Escola Estadual Geraldina Ana Gomes, em Belo Horizonte e contaram com a participação de professores e alunos das escolas.

Crédito: Marcus Ferreira

Segundo as coordenadoras das oficinas, Nayara Resende e Joseane Mariluz, técnicas da Diretoria de Promoção à Saúde da SES e a referência técnica do Programa Saúde na Escola da SEE, Rosália Aparecida Martins Diniz, o objetivo das atividades foi provocar os docentes a trabalharem a temática tabagismo entre o público estudantil na faixa etária entre 14 e 18 anos. Elas ressaltaram que as escolas foram escolhidas para serem pioneiras de uma das temáticas de saúde que será estendida a todas as 3.625 escolas estaduais de Minas Gerais. Para as coordenadoras, a escola configura-se como um espaço privilegiado para o desenvolvimento de ações que orientem os alunos na prevenção do consumo de produtos de tabaco e facilita a desmistificação de informações falsas que são disseminadas nas mídias sociais.

Durante as oficinas, os professores foram divididos em grupos para discussão e resposta à questão: O que sabemos sobre os novos produtos de tabaco? A partir da troca de experiências entre os participantes foram testados seus conhecimentos a respeito do que é o cigarro de palha, o que é o vaporizador (Vape), o cigarro eletrônico e o narguilé. O professor de língua Portuguesa, Rosivaldo Gomes da Silva, salientou que é extremamente importante trabalhar a prevenção ao uso do tabaco e seus produtos nas escolas. Rosivaldo, que afirmou desconhecer por exemplo, o Vape, leciona nas turmas de 3º ano do ensino médio na escola e enfatizou, ainda, que como desdobramento da oficina irá pedir aos alunos que façam um texto dissertativo a respeito dos malefícios do uso dos cigarros, sejam eles de palha, eletrônicos ou narguilé. O importante é, segundo ele, alertar aos jovens tentando incentivá-los a manter hábitos saudáveis e prevenir às doenças decorrentes do uso do tabaco.

A diretora e professora de matemática da Escola Estadual Geraldo Teixeira da Costa, Patrícia Bernadete Lima disse que é a primeira vez que a escola promove uma oficina na escola sobre o tabagismo. A diretora ressaltou que os professores são multiplicadores e os alunos atribuem credibilidade ao que falam em sala de aula. Patrícia, inclusive, destacou que alguns alunos chegam a acionar os professores e a direção para intervenção quando há presença de  colegas fumando escondido dentro da escola. “Nós temos um grande público na faixa etária de 15 a 18 anos que aderiu ao uso do cigarro eletrônico. Já flagramos alunos fazendo uso nas dependências da escola, durante os intervalos das aulas e fizemos a apreensão desses cigarros que ficam guardados aqui na direção. Os pais e/ou responsáveis por esses adolescentes são comunicados e precisam vir até a escola. É uma forma de coibir o uso do tabaco na escola”, contou a diretora.

No segundo dia das atividades, os alunos da E.E. Geraldina Ana Gomes, elogiaram a iniciativa das secretarias em promover a discussão de forma dinâmica e interativa. “Tivemos a oportunidade de abordar o assunto esclarecendo dúvidas e trocando conhecimentos. Agora, vamos mobilizar todos sobre os perigos do tabaco. Faço parte do grêmio desde 2017 e sempre promovemos rodas de conversas para alertar aos adolescentes e jovens a respeito das questões urgentes para a juventude, como o suicídio, prevenção de acidentes no trânsito, uso de bebidas alcoólicas, entre outros assuntos”, destacou o presidente do grêmio estudantil, Dênis Willian Trancoso.

Para o ano de 2020 a coordenadora do Programa Saúde na Escola na SEE, Rosália  Diniz, garante que o tema fará parte do caderno de temáticas trabalhado pelos professores das 3.625 escolas estaduais. Ela enfatizou que as ações serão permanentes alertando aos estudantes sobre os riscos do uso dos produtos derivados do tabaco.

Por Fernanda Corrêa