Entre os dias 30/9 e 3/10, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen MG) da Fundação Ezequiel Dias (Funed) recebeu os consultores da Fiocruz de Brasília José Agenor Alvares da Silva, Paulo Coury, Thais Minuzzi e Maria Helena Cunha, que estão à frente do projeto do Ministério da Saúde para o “Fortalecimento da Rede de Laboratórios de Saúde Pública para Atendimento às Emergências em Vigilância em Saúde”.

O objetivo do projeto é apoiar a qualificação do Sistema de Laboratórios de Saúde Pública (SISLAB) para atendimento às emergências. São consideradas emergências em saúde pública os grandes eventos, como foi o caso da Copa do Mundo que aconteceu em vários estados no Brasil, e que exigem uma resposta imediata. “Também são considerada emergência, os surtos de doenças com potencial epidêmico, como o surto de febre amarela em 2017 a 2018”, definiu o consultor Paulo Coury.

Para isso, a equipe está levantando dados por meio da aplicação de um questionário baseado no guia “Instrumento para la Evaluación de Laboratorios”, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A visita ao IOM para conhecer o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen MG) aconteceu até ontem, 3/10, e faz parte deste levantamento de dados.

Créditos: Priscilla Fujwara

Na segunda-feira (30/9), a diretora do Instituto Octávio Magalhães, Marluce Oliveira, apresentou os serviços, as atribuições do Instituto, a produção da diretoria e as pesquisas desenvolvidas. Os consultores também puderam visitar os laboratórios para conhecerem os processos e infraestrutura do Lacen MG.

O consultor da Fiocruz José Agenor Alvares da Silva, que foi ministro da saúde, diretor da Anvisa e presidente da Funed, destacou o papel dos laboratórios, “no Brasil, estamos sendo surpreendido com várias emergências em saúde pública, e nessas emergências, os Laboratórios têm um papel importantíssimo, precisam de uma maior integração com as vigilâncias epidemiológicas das respectivas secretarias de saúde”.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) também esteve presente durante os trabalhos. A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, Tania Maria Marcial, apresentou as principais questões no apoio ao Lacen MG frente às emergências e investigação de surto. “A resposta célere do Lacen, com o diagnóstico laboratorial, foi fundamental para o monitoramento do vírus do sarampo em Minas Gerais”, afirmou a coordenadora.

Agenor também reforçou que é fundamental para as vigilâncias em saúde os resultados produzidos pelo Lacen e que estes subsidiam as tomadas de decisões dos gestores estaduais e, principalmente, para a formulação de políticas para a prevenção de outros surtos em função dos conhecimentos adquiridos pelos resultados das análises realizadas pelo Laboratório Central.

Ao final do processo, os consultores irão entregar ao Ministério da Saúde um Plano Estratégico para a qualificação da Rede SISLAB.

Por Priscila Fujiwara - Ascom Funed