Nesta semana, de 30/09 a 04/10, os Agentes de Combate a Endemias (ACE) de Nova Ponte que foram empossados no último processo seletivo estão sendo capacitados pelos técnicos da Regional de Saúde de Uberlândia. São quarenta horas de treinamento, com parte teórica e prática, em que serão abordados assuntos como: as atribuições dos agentes de endemias, as visitas em imóveis, pontos estratégicos e terrenos baldios, manejo ambiental e uso e manuseio de equipamentos e produtos químicos.
Para que o trabalho seja executado de forma eficiente, é necessário o conhecimento da área geográfica, ou seja, quais as zoonoses mais recorrentes naquele território, bem como a biologia e morfologia dos vetores. Além do combate ao Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya, os agentes de endemias trabalham no controle e prevenção de acidentes com animais peçonhentos e dos vetores causadores da leishmaniose, chagas e malária.
Dentre todas as atribuições do ACE, a mais importante é que o trabalho de educação em saúde seja efetivo. “Durante a visita domiciliar, o morador deve sempre acompanhar o agente, para o educar sobre a vigilância permanente. E ainda, é dever da população não acumular lixo e entulhos”, ressaltou Álvaro Braga, coordenador da Vigilância Epidemiológica da SRS Uberlândia, sobre o papel orientador do agente de endemias.
Além das medidas preventivas, para diminuir os riscos de acidentes, impacto econômico para o Sistema Único de Saúde, produção e uso dos soros antivenenos, atendimentos e internações, e consequentemente evitar óbitos, é imprescindível que haja planejamento das ações. “Os trabalhos precisam ser direcionados, ou seja, por isso é importante observar as notificações registradas e as demandas da população. No caso de animais peçonhentos, por exemplo, as cobras, aranhas e escorpiões, deve-se priorizar creches, escolas e asilos. São ambientes com crianças e idosos, dois grupos de maiores riscos em caso de acidentes”, explicou Braga.
Com a contratação dos novos agentes, o município de Nova Ponte está com o quantitativo de servidores preconizado pelo Ministério da Saúde. “Com a equipe municipal completa, haverá a oportunidade de executar ações tanto na zona urbana quanto na rural”, destacou Donizeth Pimenta, supervisor regional de endemias responsável pela assessoria técnica em Nova Ponte.
Bruno Batista Tiago é um dos sete agentes que está sendo capacitado. “Este treinamento é bem importante, pois sou novato nesta área e temos a oportunidade de esclarecer as dúvidas. Vamos trabalhar a educação em saúde com a população, fazer palestras nas escolas e capturar barbeiros e escorpiões”, disse o novo servidor.
Por Lilian Cunha
