Nessa terça-feira (6/8), a primeira turma de profissionais de saúde dos municípios que compõem a Regional de Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH) participou de uma reunião sobre a notificação de ficha de violência interpessoal autoprovocada. Durante o evento, os fluxos de notificação e de atendimento às pessoas que tentaram suicídio ou passaram por alguma situação de automutilização foram reforçados. Na próxima quarta-feira (14/08) uma nova turma irá participar da reunião.

Foto: Cristiane Reis

De acordo com a referência técnica no Núcleo de Vigilância, Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador, Geralda Célia Barbosa, a subnotificação nos casos de violência é um problema grave, tendo em vista que as ações e políticas públicas para o enfrentamento da questão, têm como base os dados epidemiológicos. Ainda segundo Geralda, o desafio está no reconhecimento da violência como um tema interdisciplinar, onde a notificação transforma-se em um passo primordial e em uma estratégia eficiente de organização, possibilitando construir uma rede de controle a partir do âmbito municipal ou estadual, em comunicação e articulação com outros órgãos.

“Enfatizar a necessidade do reconhecimento e da obrigatoriedade da notificação da violência e dos meios disponíveis para a sua realização, proporciona a qualificação do processo de encaminhamento e das medidas de proteção adequadas às vítimas”, afirmou Geralda.

A Coordenadora da Vigilância em Saúde e Epidemiologia do município de Nova União, Sâmia Luiza Xavier Perdigão, aprovou a reunião. “ É muito importante reforçar o conteúdo que relembramos hoje pois iremos repassar para a nossa ponta que é a unidade de saúde, juntamente com a urgência e os Programas de Saúde da Família (PSF). Também iremos fazer pontos com os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Conselhos Tutelares”, afirmou

Enfrentamento

A violência interpessoal autoprovocada corresponde à tentativa de suicídio e a automutilação. Desde outubro do ano passado os profissionais da atenção primária, saúde mental, vigilância epidemiológica e educação permanente da SRS-BH, tem planejado ações de educação para o enfrentamento deste grave e complexo problema de saúde pública.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Informações sobre o atendimento podem ser obtidas pelo número 188.

Por Alessandra Maximiano