O Núcleo de Vigilância Sanitária da Regional de Uberaba realizou, entre os dias 25 a 27/06, capacitação para fiscalização em indústrias de alimentos junto aos profissionais da que atuam no âmbito da região. As reuniões aconteceram no anfiteatro da Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba. Padronização da inspeção sanitária, microbiologia e segurança alimentar, programa de controle de alergênicos, tabela nutricional na rotulagem de alimentos, rastreabilidade na indústria alimentícia e controle médico e de saúde ocupacional, foram alguns dos temas trabalhados.

De acordo com Gisele Remy, coordenadora de Vigilância Sanitária da Regional de Uberaba, a região conta hoje com 185 indústrias de alimentos cadastradas e, uma vez regularizados, os produtos podem circular livremente nos diversos territórios, o que aumenta a abrangência do risco relacionado ao consumo dos mesmos. Neste contexto, ela diz, “harmonizar condutas e capacitar profissionais que já realizam fiscalizações, demonstrando a importância da verificação dos controles internos necessários, bem como a identificação de pontos críticos nas empresas, é muito importante”, comentou.

O fiscal sanitário Adílson Caetano, da Regional de Uberaba, que falou sobre registro de alimentos, rastreabilidade na indústria alimentícia, pré-requisitos e lista de verificação, entre outros temas, também salientou a necessidade dos profissionais estarem etentos à Avaliação de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). Além disso, o técnico adicionou que “é importante frisar a parceria realizada pela Regional de Saúde com outros órgãos, como insituições de ensino superior, usinas e indústrias, pois isso enriqueceu grandemente o evento”. Patrícia Matos, fiscal sanitária do município de Uberaba, diz que o conteúdo abordado “foi bastante amplo e elevou o nível de conhecimento dos fiscais, e isso contribui muito na prática diária de trabalho”, concluiu.

Priscilla Viana, professora e doutora da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, participou falando sobre microbiologia e segurança alimentar e, segundo ela, capacitações são úteis para que os profissionais rememorizem conhecimentos importantes, que às vezes ficam esquecidos após a graduação. Ela acredita que “esses conceitos são de extrema importância para que alimentos seguros sejam produzidos e comercializados sem oferecer riscos à saúde da população".

Também participaram compartilhando experiências profissionais de algumas empresas de alimentos, além de técnicos da Vigilância Sanitária Regional e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM).

Por Sara Fernandes