Na última terça-feira (16/04), a Regional de Saúde de Varginha deu continuidade à capacitação sobre o manejo clínico da Tuberculose, desta vez realizada para os coordenadores de Epidemiologia, Atenção Primária, Referências Técnicas Municipais de TB, Farmacêuticos e demais profissionais de saúde, a fim de atualizá-los, a respeito dos aspectos epidemiológicos, controle, vigilância e manejo clínico da doença, com base no Novo Manual de Recomendações para Controle da Tuberculose, publicado pelo Ministério da Saúde no ano de 2018.

Crédito: Mariana Ribeiro

A referência técnica do Programa de Controle de Tuberculose da Regional de Saúde de Varginha, Patrícia Fátima Bento Ribeiro, iniciou o evento apresentando o cenário epidemiológico da doença a nível mundial, nacional e regional. Deu ênfase no percentual de cura e de abandono do tratamento da doença, que hoje se encontra muito aquém das metas propostas pelo Ministério da Saúde, no Plano Nacional para o Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública: percentual de cura maior que 85% e de abandono menor que 5%.                                                                                                        

Patrícia Ribeiro falou sobre o Tratamento Diretamente Observado (TDO), enfatizando que é uma estratégia primordial e eficiente para acompanhamento dos pacientes e controle da doença. “Temos sido muito passivos no que se refere ao controle da Tuberculose, esperando o paciente chegar até a unidade de saúde já com os sintomas avançados da doença, porém, a conduta correta é identificar o mais rápido possível esses pacientes, enquanto sintomáticos respiratórios, a fim de garantir o diagnóstico oportuno e tratamento precoce”, afirmou a referência.

Em seguida, foi realizada com os profissionais presentes uma atividade de análise de casos, onde foi possível apresentar e discutir as principais mudanças do Novo Manual de recomendações.

 

Lilian Valladão, referência do Programa de IST/AIDS/HIV na Regional de Saúde de Varginha, reforçou a importância da investigação de HIV em todo paciente com diagnóstico de Tuberculose e em todos os contatos de casos da doença em que acomete o pulmão e laríngea bacilífera. Destacou ainda a extrema necessidade de um olhar especial para as pessoas que vivem com HIV no que se refere à investigação e tratamento de Infecção Latente (ILTB). “Os programas de IST/AIDS/HIV e de controle de Tuberculose devem caminhar juntos, sempre buscando articulação e maior efetividade das ações”, afirmou Lilian.

 

Em outro momento, a referência técnica do Programa de Controle de Tuberculose da Regional de Saúde de Varginha, Patrícia Fátima Bento Ribeiro, explicou sobre a Infecção Latente por Tuberculose (ILTB), investigação, avaliação de contatos e protocolo de vigilância de ILTB. Por fim, foi realizada uma apresentação sobre o Sistema de Informação de Agravos Notificados (SINAN-NET) abordando aspectos importantes da notificação dos casos de Tuberculose, do preenchimento adequado da ficha, acompanhamento dos casos, encerramento oportuno e rotinas para qualificação dos dados. “Há grande necessidade de preenchimento correto dos dados no SINAN, pois são eles de extrema relevância epidemiológica para subsidiar a tomada de decisão e avaliação do Programa de Controle da Tuberculose. Os dados precisam ser inseridos com qualidade a fim de que possam, de fato, retratar a realidade local”, finalizou.

 

O evento teve boa resposta por parte dos presentes que participaram efetivamente com dúvidas e sugestões para melhoria da saúde pública, no que se refere à Tuberculose.

Por Mariana Ribeiro