Profissionais de epidemiologia da região de saúde Triângulo Sul estiveram presentes na última sexta-feira (22/03), na sala de reuniões da Regional de Saúde de Uberaba para obter informações sobre a 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que será realizada entre 15 de abril e 31 de maio, sendo 4 de maio o dia “D” de mobilização nacional.

Crédito: Sara Fernandes

De acordo com Marina Scalon, referência técnica regional de Imunização, no mesmo período da campanha os profissionais realizarão também a atualização da caderneta de vacina criança e da gestante. Segundo ela, “na última campanha, as coberturas vacinais em geral atingiram a meta, porém, em alguns municípios ainda é um desafio alcançá-la neste grupo. Sendo assim, nesta campanha, também serão disponibilizadas as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, com o intuito de envolver estas pessoas.”

A campanha tem como estratégia vacinar indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores de escolas públicas e privadas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional, sendo que a meta é vacinar 90% desses públicos. Na região Triangulo Sul, o público alvo representa aproximadamente 215 mil pessoas.

Robert Boaventura, diretor de Vigilância em Saúde de Uberaba, informa que, de acordo com dados da Regional, 44% dos insumos da campanha serão destinados ao município, razão pela qual torna-se necessária muita organização. “A estratégia a ser adotada é destinar profissionais específicos para coordenar as vacinações de cada grupo prioritário”.

A referência técnica regional em Influenza, Denise Maciel, explica que a influenza é uma infecção respiratória aguda muito importante para a Saúde Pública, devido à sua alta capacidade de mutação após o contato de humanos com aves e suínos, podendo desencadear epidemias e pandemias. Segundo ela, “a globalização aumenta essas probabilidades, com a circulação de pessoas em diversos países. Deste modo, em situação de viagem, deve-se considerar previamente a realidade epidemiológica do local de destino e evitar contato com estes animais em feiras, mercados ou granjas”.

Em 2018, na Regional de Uberaba, foram notificados 89 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e ocorreram 18 óbitos, sendo 3 confirmados por influenza A/H1N1, 2 por influenza A/H3N2 e 5 por influenza A/não subtipado. Os 3 casos de influenza A/H1N1 evoluíram para óbito.

Influneza

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a Síndrome Gripal, é a manifestação mais comum da doença e se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga. Quando estes sintomas vêm associados a uma dificuldade respiratória com necessidade de hospitalização, o quadro apresentado é a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – a notificação às autoridades de saúde é obrigatória na ocorrência de hospitalização ou óbitos.

Por Sara Braga