Para ampliar o acesso à vacina e garantir a proteção da população, mais de 600 municípios mineiros promoveram, neste sábado (13), o Dia D de vacinação. As ações contaram com o envolvimento de cerca de 2 mil escolas, que realizaram ações de mobilização e estratégias de imunização.

No bairro Pinheiro, município de Alfenas, um dos locais de vacinação foi a escola CEMEI Professor Leco. Aproveitando a oportunidade, a professora Kenia Alves, levou para vacinar o filho Lucas, 3 anos. O menino recebeu a vacina da gripe gratuitamente.

“A gente teve a oportunidade de receber a vacina aqui na escola. E isso é de grande valia! Quero enfatizar aqui toda a colaboração que a gente tem dos profissionais da saúde, porque eles se disponibilizaram para vir aqui hoje. Muitas mães e pais que não têm oportunidade de ir aos postos pela falta de tempo, pelos seus trabalhos, tiveram hoje a oportunidade de vacinar as crianças”, disse Kenia.

A diretora da creche, Raquel Dias, acredita que a parceria entre a educação e a saúde é muito importante. “Todo ano, nessa época, as crianças ficam resfriadas, gripadas. A vacina ajuda, porque, com ela, a doença fica mais leve e, assim, a gente pode ter as crianças sempre saudáveis aqui na escola”, avaliou.

A secretária de Estado Adjunta de Saúde da SES-MG, Poliana Cardoso Lopes, comemorou o envolvimento de diversos setores da sociedade que trabalharam de forma alinhada, realizando ações de vacinação em locais de grande circulação de pessoas e no ambiente escolar.

“Mais de 600 municípios mineiros estão fazendo ações para atualizar os cartões de vacinação da população. As nossas Unidades Regionais se mobilizaram para levar as vacinas para mais perto de onde a população está e assim conseguirmos ampliar a cobertura vacinal. Neste período, em especial, estamos reforçando a prevenção contra a gripe”, reforçou Poliana Cardoso.

A supervisão do Dia D foi realizada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) por meio das 28 unidades regionais.

Belo Horizonte

Em BH, os 152 centros de saúde da cidade e o Centro de Atenção à Saúde do Viajante permaneceram abertos durante o sábado, 13/abril, para a aplicação da vacina contra a gripe. Como parte das ações previstas, as equipes de saúde realizaram também busca ativa de crianças com asma. Com isso, durante o dia Dia D, esse público pode, além de receber a vacina contra a gripe, realizar o acompanhamento da situação clínica.

“A gente precisa aumentar rápido a cobertura vacinal, para evitar complicações e, até mesmo, óbitos. O que desejamos com uma ação como essa é chamar a atenção, sensibilizar os pais, sensibilizar os idosos para a vacinação. E nossas equipes estão visitando aquelas crianças que tiveram passagem pelos serviços de urgência recentemente para que eles possam não somente vir procurar a vacina, mas também agendar consulta nos centros”, afirmou o secretário municipal de saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges Matias.

No Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro da capital, foi montado um ponto de vacinação. E o grupo Movimento BH Mais Feliz realizou oficinas de malabares e de pintura facial. O Zé Gotinha e as mascotes da Guarda Municipal e dos principais times mineiros também estiveram no local para auxiliar nas ações de sensibilização. Para os adultos e idosos, a Secretaria Municipal de Saúde oferece, ainda, aulas de Lian Gong, que é uma prática chinesa desenvolvida para prevenir e tratar dores no corpo.

A mobilização contou também com um evento do Sesc em Minas, que promoveu ações gratuitas em comemoração ao Dia Mundial da Saúde. A programação incluiu aferição de pressão arterial, quick massage, educação em saúde, lanche saudável, ginástica coletiva, atividades de recreação como cama elástica, intervenções circenses e avaliação de bioimpedância. No palco principal, aconteceram palestras do especialista em qualidade de vida Márcio Atalla e da nutricionista Laura Gontijo sobre saúde, longevidade e hábitos saudáveis. Além de apresentações artísticas com o bloco carnavalesco Asa de Banana, Circo do Sufoco e do cantor Well Figuerê.

Divinópolis

Ao todo, 26 cidades da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis aderiram à mobilização Vacina Mais Minas. Equipes das secretarias municipais de Saúde estiveram presentes em mais de 37 escolas para oferecer vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação, assim como as de campanhas específicas, com imunizantes contra a covid-19 e a influenza (gripe).

Suelen Santos, referência técnica da Imunização da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, explica que a vacinação nas escolas é uma forma de oportunizar a atualização dos cartões de vacinação.

“É uma oportunidade de atualizar o cartão de vacina da população, aumentar a cobertura vacinal e consequentemente prevenir doenças”, destacou a referência de imunização da SRS Divinópolis.

Conheça mais ações realizadas na regional de Divinópolis.

Triângulo Norte

Ao todo, cerca de 200 escolas no Triângulo Norte estão recebendo, neste mês de abril, a visita das equipes de saúde, seja para conferir a situação vacinal, quanto para a aplicação das vacinas e ações educativas, com professores, alunos e responsáveis.

A referência técnica da SRS Uberlândia do Programa Saúde na Escola, José Domingos Prado, reforça a importância do envolvimento da comunidade escolar.

“Os pais e responsáveis devem ficar atentos ao recado da escola. Nas escolas que haverá aplicação de vacina, é importante enviar o cartão e preencher o termo de autorização ou levar a criança até uma Unidade de Saúde para completar o esquema vacinal, conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI), além de aproveitar a oportunidade do Dia D, no sábado”, disse a referência técnica.

Conheça mais ações realizadas na região do Triângulo Norte.

Reforço

Além das diversas atividades de mobilização, SES-MG disponibiliza material de comunicação para ser utilizado e reforçar as ações nos territórios. São peças que podem ser editadas conforme informações das escolas e dos municípios. Nas escolas, o material pode ser trabalhado para incentivar os pais e responsáveis a vacinarem as crianças e adolescentes.

O material está disponível em www.saude.mg.gov.br/vacinamaisminas.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) entregou, nesta quinta-feira (11/4), 39 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) ao Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macrorregião do Sul de Minas (Cissul) e ao Consórcio Intermunicipal de Saúde Nordeste Jequitinhonha (Cisnorje).

Os veículos foram doados pelo Ministério da Saúde e aguardavam, no pátio do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG), em Belo Horizonte, conclusão do processo de regularização. Eles se somam a outras oito ambulâncias já entregues, sendo sete para a renovação de frota do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun), que contemplou os municípios de Bocaiuva, Curral de Dentro, Francisco Sá, Itacarambi, Mirabela, Olhos D’Água e Verdelândia; e uma para o município de Sabará, que tem gestão própria do Samu 192.

A secretária de Estado Adjunta de Saúde, Poliana Cardoso Lopes, comemorou o repasse. “Hoje, concluímos a entrega das ambulâncias a mais dois consórcios beneficiários. Cissul e Cisnorge saem daqui com 39 ambulâncias que vão fortalecer o atendimento da população e qualificar frotas novas. Então isso é bastante significativo e estamos muito felizes”, destacou Lopes.

O Cissul recebeu 30 veículos, sendo 11 Unidades de Suporte Básicas (USB) para implantação do serviço, destinadas aos municípios de Pouso Alto, Itumirim, São João da Mata, Munhoz, Alpinópolis, Monte Santo de Minas, Pedralva, Heliodora, Delfim Moreira, Camanducaia e Cabo Verde.  Os demais serão utilizados para a renovação da frota dos municípios de Aiuruoca, Andradas, Boa Esperança, Cambuí, Carmo do Rio Claro, Cássia, Caxambu, Delfinópolis, Lambari, Luminárias, Machado, Nepomuceno, Nova Resende, Santa Rita do Sapucaí, São Gonçalo do Sapucaí, São Lourenço, São Roque de Minas e Três Pontas.

O secretário Executivo do Cissul, Filipe Augusto Batista de Souza, agradeceu o empenho e parceria com a SES-MG. “Sabemos que o nosso serviço só funciona porque tem um grande aporte da Secretaria de Saúde, responsável por mais de 50% dos nossos recursos e, com essa estruturação vinda do Ministério da Saúde, depois de vencermos todos os trâmites burocráticos, estamos muito satisfeitos, pois vamos ampliar nosso atendimento em 30%”, ressaltou o secretário Executivo.

Já o Cisnorje, recebeu nove ambulâncias para a renovação de frota do Samu 192 nos municípios de Araçuaí, Chapada do Norte, Divisa Alegre, Felisburgo, Francisco Badaró, José Gonçalves de Minas, Ladainha, Pavão e São Gonçalo do Rio Preto.

Para Antônio Henrique Filho, secretário Executivo do Cisnorje, essas ambulâncias são muito significativas para melhorar o atendimento. “Nossa frota já está muito sucateada e esses veículos são muito bem-vindos e esperados para qualificar o atendimento e reduzir o tempo de resposta”, concluiu.

As ambulâncias de renovação de frota contam com custeio federal, estadual e municipal para o seu funcionamento.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou, nesta quarta-feira (3/4), o Café com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. O objetivo do encontro foi ouvir as principais demandas dos deputados que formam a Comissão.

“Mais do que falar sobre a Secretaria, nos reunimos hoje para ouvir as expectativas dos deputados a fim de aprimorar nosso entendimento do território mineiro no que se refere às demandas no âmbito da saúde”, destacou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

Segundo a secretária adjunta de Governo de Estado de Minas Gerais, Mila Corrêa, a importância do Café com a Comissão é justamente qualificar as respostas aos deputados e, consequentemente, à população mineira. “A Secretaria de Governo prima pelo relacionamento com a Assembleia, buscando aprimorar sempre o atendimento às questões de saúde apresentadas pela casa”, afirmou. 

Durante a reunião, o deputado estadual Arlen Santiago, presidente da Comissão de Saúde da ALMG, apresentou cada um dos deputados presentes e sinalizou questões importantes para o fortalecimento da saúde pública em Minas Gerais, como a vacinação contra a dengue e contra a covid-19. Ele destacou ainda os avanços realizados pela SES-MG com programas bem estruturados, como o Valora Minas e o Opera Mais Minas Gerais.

Com a proximidade do período de baixas temperaturas e aumento da circulação de vírus respiratórios, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça a importância da vacinação contra a influenza (gripe). A campanha será realizada entre os dias 25 de março e 31 de maio, mas vários municípios mineiros darão início à vacinação ainda nesta semana. O dia D de mobilização nacional está previsto para 13 de abril.

O estado recebeu, em 15/3, 844 mil doses da vacina contra a influenza, que já foram distribuídas às regionais de saúde do estado. De acordo com o Ministério da Saúde, mais doses serão disponibilizadas em remessas ao longo do período de vacinação. A estimativa é de 8,7 milhões de pessoas incluídas nos grupos prioritários para a vacinação no estado.

A imunização tem como objetivo a redução das complicações, internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus. A vacina é segura e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde de todo o estado.

A campanha será realizada segundo a população prioritária para a vacinação: pessoas com 60 anos ou mais de idade, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas, indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, além das Forças Armadas, de segurança e salvamento, dentre outros.

Segundo a coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Josianne Gusmão, a vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra a doença, suas complicações e óbitos, além de contribuir para a redução da circulação viral na população, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.

“A vacina influenza trivalente utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é eficaz contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B. A detecção de anticorpos protetores se dá entre duas e três semanas depois da vacinação e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas e a proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano, por isso ela deve ser realizada anualmente”, explica.

“A meta é imunizar 90% de cada um dos grupos prioritários para vacinação contra influenza. Para os demais grupos, considerando a indisponibilidade de denominadores serão disponibilizados os dados de doses administradas durante a campanha”, informa.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2023 foram aplicadas 7.452.798 doses da vacina contra a influenza em Minas Gerais nos grupos prioritários (crianças, trabalhadores na saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores). A cobertura foi de 68,8% desse público.

Influenza em Minas

Em 2023 foram notificados 549 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por influenza e 51 óbitos. Em 2024, até fevereiro, foram 11 casos notificados da doença e um óbito. A SES-MG reforça que os dados são parciais e estão sujeitos à alteração.

A influenza é uma infecção viral aguda, que afeta o sistema respiratório e é de alta transmissibilidade. É causada pelos tipos A, B, C e D do vírus, sendo os tipos A e B responsáveis por epidemias sazonais.

Segundo o coordenador de Programas de Vigilância de Doenças Transmissíveis Agudas da SES-MG, Gilmar José Coelho Rodrigues, a transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala da pessoa infectada para uma pessoa suscetível.

"Os principais sintomas da gripe são febre, dor no corpo, dor de garganta, tosse e dor de cabeça e se assemelham com os sintomas da covid-19. Por isso, a vacinação é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger contra essas doenças. A vacina contra a influenza pode ser administrada junto com a vacina da covid-19, então recomendamos aproveitar a oportunidade da campanha de vacinação para atualizar a situação vacinal também para covid-19 nos grupos elegíveis”, alerta Rodrigues.

Além da vacina, outras medidas podem auxiliar na prevenção. São elas:

• Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
• Utilize lenço descartável para higiene nasal;
• Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
• Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• Mantenha os ambientes bem ventilados;
• Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
• Evite aglomerações e ambientes fechados (procure manter os ambientes ventilados);
• Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Mais informações sobre a gripe podem ser acessadas em: www.saude.mg.gov.br/gripe.

Público prioritário para vacinação contra influenza

• Crianças (6 meses a menores de 6 anos);
• Gestantes e puérperas;
• Trabalhadores de saúde;
• Povos indígenas;
• Quilombolas;
• Professores;
• Pessoas com comorbidades;
• Pessoas com deficiência permanente, a partir de 12 anos;
• Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
• Trabalhadores portuários;
• Forças de segurança, salvamento e Forças Armadas;
• Pessoas em situação de rua;
• População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade;
• Adolescentes menores de 18 anos sob medidas socioeducativas.

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, tomou posse nesta quarta-feira (24/4), em Brasília, para o segundo mandato como presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Ele foi reeleito por unanimidade pelos gestores estaduais de saúde de todo o país junto aos integrantes da Diretoria do Conselho para a gestão 2024/2025.

“Meu compromisso para essa nova gestão, junto a toda a Diretoria, é buscar muitos caminhos estruturantes e propor mudanças e ações para o nosso futuro”, ressaltou Fábio Baccheretti.

“Quero destacar que a diretoria inteira foi reeleita, escolhida pelos 26 estados e o Distrito Federal. Isso mostra que este grupo esteve unido, que fez um trabalho coletivo e bem feito”, afirmou o secretário.

Baccheretti agradeceu pelo apoio e confiança na sua escolha para representar todos os estados por mais um ano e destacou que a primeira gestão foi um grande aprendizado, que aprimorou seu olhar em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Eu continuo com o compromisso com os meus colegas e com o sistema de saúde para enfrentar as pautas difíceis, buscar soluções para os problemas estruturais e transformar o SUS”, salientou.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, parabenizou o presidente e a diretoria. “Agradeço pela amizade, acolhimento e parceria que tivemos ao longo do ano. Tivemos muitas pautas importantes, num país com um sistema universal de referência para o mundo. É uma grande satisfação estar aqui com os membros da equipe técnica que dia a dia dialogam com os secretários estaduais para dar conta dos grandes desafios da saúde”, afirmou.

Durante o evento, o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, enalteceu a parceria entre os Conselhos que, em um trabalho conjunto, tem levado o controle social a ser respeitado no cenário internacional, se consolidando cada vez mais também no Brasil.

“A forma como conduzimos a 17ª Conferência Nacional de Saúde, com os estados realizando as etapas estaduais mesmo diante das dificuldades impostas, fortalece ainda mais a nossa parceria e o nosso SUS. É responsabilidade de cada um de nós, gestores, profissionais de saúde e controle social, liderar o fortalecimento do nosso sistema, que é referência para o mundo”, disse.

Hisham Hamida, presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), colocou os Conselhos de Secretarias Municipais à disposição das secretarias estaduais de saúde, além de parabenizar a diretoria reeleita. “A gestão estadual tem um papel fundamental no fortalecimento da saúde pública brasileira e das relações bipartite e tripartite. Por isso, estamos à disposição dos secretários estaduais nessa relação de respeito e entendimento em busca de um SUS cada vez mais fortalecido”, concluiu.

Na rede municipal de Educação de Muriaé, 8.500 alunos se empenharam no recolhimento de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti e conseguiram, em 30 dias, juntar 6.794,45 kg de materiais. Durante o mês de março, 25 escolas municipais, desde a creche até o 9º ano do Ensino Fundamental, mobilizaram seus alunos para recolherem todo tipo de inservíveis de plástico, papelão, vidro e ferro, sendo que a escola que conseguisse o maior volume seria premiada com um dia divertido. A premiação foi oficializada no último sábado, 20/4, confira a tabela com os resultados.

A gincana “Aqui o mosquito não entra!” foi uma iniciativa conjunta das Secretarias de Saúde e Educação de Muriaé, contando com apoio e assessoria da Cooperativa de Trabalho para Reciclagem e Prestação de Serviço (Coopet) Muriaé, que destinou todo o material coletado para a indústria de reciclagem. A grande vencedora foi a Escola Municipal Professora. Ionyr Bastos Dias, localizada no bairro Padre Tiago, conquistando a marca de 2.051 kg de inservíveis coletados pelos seus 294 alunos, com idade entre zero a 10 anos, matriculados na creche até os primeiros anos do Ensino Fundamental.

Cristina Navarro, secretária de Educação de Muriaé, considerou que a gincana foi uma campanha de conscientização e mudança de atitudes frente à problemática ambiental ocasionada pelo descarte indevido do lixo. “Através desta atividade, tivemos a oportunidade de envolver nossos alunos e seus familiares em prol da arrecadação de material reciclável. O maior ganho foi a lição de que a união faz a força e juntos podemos promover mudanças significativas, que revertam em benefício do meio ambiente”, destacou.

Reciclagem de inservíveis e de seres humanos
O sucesso da gincana foi atestado pela Coopet Muriaé, que conseguiu duplicar o volume de material destinado à reciclagem com a ação de combate ao Aedes. “Um mês normal de trabalho da cooperativa, com os doze cooperados trabalhando, gera em torno de seis mil quilos de materiais reciclados. Ou seja, somado aos materiais da gincana, conseguimos o dobro”, contou Selma Cristiane Sobreira Ferreira, presidente da cooeprativa.

De acordo com Selma Ferreira, foi possível perceber o empenho e a motivação das crianças, o apoio das diretoras e professoras, pois foi um mês em um clima de alegria e união. “Nossa cooperativa tem um cunho social, pois todos os nossos cooperados são recuperandos do sistema prisional. Ou seja, trabalhamos também com a “reciclagem de pessoas”, o que torna ainda mais engrandecedor nossa participação na gincana por nos permitir contribuir para um trabalho tão importante para a sociedade, que é o combate ao Aedes”, completou a presidente da Coopet.

Minas Unida contra o mosquito
A gincana realizada em Muriaé se insere na estratégia da SES-MG, Minas Unida contra o mosquito, que busca incentivar os municípios mineiros a conscientizar e orientar a população sobre a importância do enfrentamento à dengue, por meio de atividades como palestras informativas, mutirões de limpeza e visitas domiciliares para eliminar os focos do mosquito Aedes, transmissor da dengue, chikungunya e zika.

“Desde janeiro estamos com esforço redobrado para combater o Aedes, e uma das ideias que implementamos foi a gincana nas escolas. Foi surpreendente a adesão das crianças e adolescentes, retirando dos quintais, lotes e ruas materiais que poderiam se tornar focos do mosquito”, contou Fabrine Reis, coordenadora de Vigilância Ambiental da secretaria de Saúde de Muriaé. Segundo ela, o impacto da ação com as escolas é muito grande. “Certamente impedimos que milhares de Aedes viessem a existir. Hoje, Muriaé está com tendência de queda na incidência das arboviroses e certamente a gincana contribuiu para isso”, ressaltou a coordenadora.

A lagarta taturana, espécie cientificamente conhecida como Lonomia obliqua, pode ser encontrada tanto em áreas rurais quanto urbanas. Em contato com a pele humana, os espinhos da lagarta podem ocasionar queimação, dor de cabeça, náuseas, vômitos e, em casos extremos, até sangramentos graves. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), esse tipo de acidente é mais comum entre os meses de janeiro e abril. De 2023 até o momento, houve 2.478 ocorrências em todo estado. Ainda de acordo com a SES, os casos se concentram, principalmente, na região Central de Minas Gerais, em Belo Horizonte e no Sul, nas Regionais de Saúde de Alfenas, Passos, Pouso Alegre e Varginha.

Segundo o chefe do Serviço de Animais Peçonhentos da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Rômulo Antônio Righi de Toledo, trata-se de um inseto da ordem Lepidoptera, que se transforma em borboletas e mariposas. “O gênero Lonomia, da espécie obliqua, é um animal de interesse médico, pois pode causar acidentes mais severos, levando à necessidade de soroterapia específica com soro antilonômico”, explica.

Existe mais de uma espécie do gênero Lonomia, sendo que a obliqua é a mais comum, com prevalência maior de acidentes. Geralmente, ela é encontrada em árvores de florestas ou frutíferas, sobretudo em mangueiras, abacateiro, goiabeira, pessegueiro, ameixeira, pereira, figueira-do-mato e no araticum, ipê, cedro e aroeira. “A maior parte dos envenenamentos acontece nos membros superiores, como as mãos, braços e até nas costas. Isso ocorre porque a espécie vive aglomerada nos troncos das árvores e as pessoas tendem a se apoiar nelas sem perceber”, comenta.

Além dos sintomas citados, logo após o contato com o animal, a pessoa pode sentir desconforto e dor generalizada pelo corpo. O ideal, de acordo com o especialista em animais peçonhentos, é procurar imediatamente a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Se possível, faça um registro fotográfico da lagarta, ou a recolha cuidadosamente e leve-a para identificação na própria UBS. “Não utilize soluções caseiras e automedicação no local, pois isso pode agravar o caso.

Em situações extremas, quando não há socorro rápido, podem acontecer sangramentos na gengiva, nariz, urina e em feridas recentemente cicatrizadas até três dias após o acidente. Também é comum o aparecimento de manchas escuras na área do envenenamento e em outras partes do corpo”, alerta.

Rômulo lembra que a Funed não recebe lagartas, apenas repassa informações por se tratar de um animal venenoso. A Fundação também reforça campanhas educativas de prevenção, principalmente no que se refere aos primeiros socorros e ao tratamento recomendável nesse tipo de ocorrência. Confira abaixo alguns cuidados importantes:

Atenção:

•Observe cuidadosamente troncos e folhas de árvores antes de encostar ou manusear as plantas.

•Use luvas, camisas de manga comprida e botas durante as atividades agrícolas.

•Tenha cuidado ao pisar ou sentar embaixo de árvores, pois as lagartas costumam ficar no solo pouco antes de empupar (transformar-se em pupa, ou seja, no inseto).

•Evite desmatamento, queimadas e uso abusivo de inseticidas, pois o desequilíbrio ecológico favorece condições para o aumento de acidentes.

•Preserve os predadores naturais das lagartas, como a mosca da família Tachinidae, vespa da família Ichneumonidae, percevejo da família Pentatomidae e o vírus loobMNPV.

Com mais de 1 milhão de casos prováveis de dengue notificados neste ano em Minas Gerais, dos quais 479.958 foram confirmados até o dia 19/4, a pior epidemia de arboviroses já registrada no estado desde 2010 foi tema de videoconferência envolvendo a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, acadêmicos e professores do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A videoconferência foi conduzida dia 23/4 por professores da disciplina doenças infecciosas e parasitárias, com a participação de Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de Vigilância em Saúde e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) na SRS.

Entre algumas das conclusões do evento, foi evidenciada a necessidade da integração de ações entre as instituições de ensino superior e de pesquisa com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas para entender as mudanças do cenário das arboviroses. Os profissionais avaliam que, além do mosquito Aedes aegypti já ter criado resistência a inseticidas aplicados com a utilização de equipamentos de Ultra Baixo Volume (UBV) veicular, estão ocorrendo mudanças nas manifestações clínicas das doenças, com aumento da gravidade dos sintomas, prolongamento do tempo de recuperação dos pacientes e ocorrência de óbitos envolvendo pessoas mais jovens e sem comorbidades.

Ao apresentar a situação epidemiológica do estado, Agna Menezes lembrou que neste ano Minas Gerais enfrenta um cenário até então nunca registrado. A coordenadora explicou que, entre o final de fevereiro e início de março houve um pico de mais de 120 mil casos de dengue notificados no estado em apenas uma semana. O pico mais alto até então registrado foi de 40 mil casos em uma semana. 

“Atualmente estamos com mais de 1 milhão de casos de dengue notificados em Minas Gerais, dos quais mais de 479 mil já foram confirmados por meio de exames laboratoriais. Além disso, neste ano o estado contabiliza mais de 8,2 mil casos de dengue grave; 280 óbitos confirmados e 715 em investigação”, pontuou Agna Menezes.

Apesar de ter ocorrido a redução do número de casos notificados de dengue em Minas Gerais nas últimas quatro semanas, a incidência continua alta, com mais de 500 casos por 100 mil habitantes em grande parte dos municípios mineiros, ponderou Agna Menezes.

Com base em dados repassados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde pelos municípios, a coordenadora observou que, no Norte de Minas, apenas Verdelândia apresenta média incidência de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Os demais 85 municípios estão com alta ou muito alta incidência.

Por outro lado, de um total de 73.741 casos de dengue notificados neste ano no Norte de Minas, 16.243 casos foram confirmados por meio de exames laboratoriais. Ocorreram 258 casos graves de dengue ou com sinais de alarme; 18 óbitos foram confirmados e 19 estão em investigação. Os municípios com óbitos confirmados são: Montes Claros e Januária (5 casos em cada localidade); Bocaiuva (3); Engenheiro Navarro, Salinas, Pirapora, Várzea da Palma e Buritizeiro (um óbito em cada município).

O cenário das arboviroses neste ano no Norte de Minas também aponta que 96% dos casos de dengue notificados em 54 municípios da área de atuação da SRS Montes Claros tiveram como causa o sorotipo 1 (96%) e o restante o sorotipo 2. Porém, por meio de isolamento viral, foi detectada a circulação do sorotipo 3 da dengue no município de Salinas.

Quanto à chikungunya, até o dia 19/4,  o Norte de Minas contabilizou 2.845 casos notificados e 478 confirmados. Já em relação à zika, há 37 casos prováveis da doença na região, dos quais 2 foram confirmados.

Agna Menezes lembrou que o Norte de Minas ainda não foi contemplado com o recebimento da vacina contra a dengue. “A vacina abre boas perspectivas para o controle da doença no país, mas o trabalho de controle da proliferação de focos do mosquito Aedes aegypti por parte dos municípios e a mobilização da população continua sendo de fundamental importância. Isso porque, além da dengue, chikungunya e zika, o mosquito transmite outras doenças”, frisou a coordenadora durante a videoconferência.

Para que novas estratégias sejam definidas para o enfrentamento das arboviroses, a coordenadora do Cievs defendeu que a integração do trabalho das universidades com outras instituições de pesquisa, serviços municipais de saúde e a SES-MG constitui uma necessidade e iniciativa importante no sentido de fortalecer a troca de conhecimentos, o aprofundamento de pesquisas e a mobilização da população para o enfrentamento do desafio de mantermos as arboviroses sob controle. 

“A integração de esforços também poderá viabilizar a intensificação do trabalho de capacitação dos profissionais de saúde, com o reforço da disseminação dos protocolos clínicos que precisam ser seguidos visando a redução de óbitos que podem ser evitados", concluiu Agna Menezes.

Integração de ações

O médico e professor da Unimontes, Sílvio Fernando Carvalho, destacou que as autoridades sanitárias estão fazendo o possível para disseminar as condutas e os protocolos que devem ser seguidos pelos profissionais de saúde para o atendimento de pessoas acometidas por doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Porém, caso as recomendações estivessem sendo seguidas, desde a adoção de medidas preventivas, diagnóstico e condução correta dos atendimentos clínicos, muitas mortes seriam evitadas. “Com 40 anos de profissão percebo que falta conhecimento por parte de profissionais de saúde sobre os protocolos que devem ser seguidos, o que coloca em risco a vida de pacientes, bem como a própria condição jurídica do profissional”.

Já a professora Ana Paula Venuto observou que o quadro clínico de pacientes acometidos por alguma das arboviroses tem se agravado devido a mutações dos vírus dentro de um mesmo sorotipo. “Percebemos que a situação clínica tem evoluído para quadros de gravidade com maior rapidez, o que configura mudança de padrões da doença”.

Na mesma linha de raciocínio, a professora Mariléia Chaves Andrade destacou a importância do aprofundamento de estudos sobre as mudanças que o cenário das arboviroses tem acarretado à população. 

Segundo a professora, o quadro de evolução das doenças tem mudado, passando os pacientes a ficarem mais tempo debilitados, com agravamento de sintomas, inclusive intestinais. “Aprofundar os estudos a partir de dados coletados pela SES-MG e dos serviços municipais, nos períodos pré e pós epidemia, poderá nos ajudar a entender o motivo do aumento das susceptibilidades do ser humano aos patógenos”, reforçou Mariléia Andrade.

Por sua vez, a professora Thallyta Maria Vieira lembrou da importância da integração do trabalho dos serviços municipais de vigilância epidemiológica e de saúde com os profissionais da atenção primária.

“O trabalho conjunto dos agentes comunitários de saúde com os agentes de controle de endemias constitui medida eficaz para que os municípios consigam desenvolver um bom trabalho de vigilância ambiental, com eliminação de focos de proliferação do Aedes aegypti e acompanhamento das condições de saúde da população”. Thallyta Maria Vieira ressaltou ainda que iniciativas como essa são importantíssimas para a multiplicação do trabalho que precisa ser executado pelos municípios, com o envolvimento direto da população. 

Os municípios da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos) disponibilizaram a vacina contra a influenza (gripe) para o público-alvo no Dia D da vacinação da estratégia de imunização Vacina Mais Minas, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). As vacinas do Programa Nacional de Imunização (PNI) também foram oferecidas por vários municípios para atualização do cartão de vacinas de crianças e adolescentes.

O Dia D da vacinação foi realizado em 13 de abril em todo o estado de Minas Gerais como uma iniciativa da SES-MG para aumentar as coberturas vacinais. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais reforça que a imunização minimiza o risco de infecções preveníveis, como a gripe, e evita a reintrodução de vírus causadores de doenças já erradicadas, mas que ameaçam retornar com os baixos índices de vacinação.

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No município sede da Regional de Saúde de Passos, o Dia D foi acompanhado pela superintendente Regional de Saúde, Kátia Rita Gonçalves, e pela coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi), Márcia Aparecida Silva Viana. Elas estiveram na sala de vacinas do Centro Social Urbano (CSU), juntamente com o prefeito Diego Rodrigo de Oliveira, o secretário municipal de Saúde, Thiago Agnelo dos Reis Salum, a referência técnica municipal em imunizações, Priscila Soares Correia Faria, e a equipe de vacinação.

Conforme avalia a superintendente Kátia Gonçalves, a ampla mobilização promovida pela SRS Passos, em parceria com as secretarias municipais de saúde, levou a comunidade a comparecer às Unidades Básicas de Saúde (UBS) para participaram do Dia D de Vacinação. “Em alguns municípios, a campanha foi antecipada. A meta é vacinar, no mínimo, 90% dos grupos prioritários”, disse, acrescentando que as doses para as vacinas do PNI estão disponíveis nas salas municipais de imunização. “As unidades de saúde estão preparadas para oferecer as vacinas necessárias em todas as fases da vida, desde a infância até a idade adulta e a terceira idade”, observa Kátia Gonçalves.

A superintendente da SRS Passos afirma também que o Dia D de mobilização favoreceu “uma grande repercussão no processo de adesão à vacina”. “É fundamental contar com o apoio das secretarias municipais de saúde para garantir que as salas de vacinas estejam abertas no sábado. A imunização no sábado possibilita o amplo acesso e adesão à vacinação, principalmente daqueles que apresentam dificuldades de procurar um atendimento durante a semana”, analisa.

Empenho das equipes
A coordenadora do NuvepiI, Márcia Silva, avalia o Dia D na região de Passos como uma ação que foi possível graças ao empenho das equipes de imunização para sensibilizar a população quanto à prevenção das doenças evitáveis com as vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do PNI. “O Dia D tem uma importância crucial para a visibilidade das ações de vacinação realizadas em todo o país. O objetivo é justamente destacar a importância que as vacinas assumem no contexto da interrupção da cadeia de transmissão das doenças”, avaliou.

Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Passos, Paula Fabiana Tavares Freitas Santos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disponibilizou a vacina contra a gripe no Dia D. Durante o sábado, 13/4, as salas de vacinas receberam 1.600 pessoas para a vacinação. Já os imunizantes de rotina do PNI ficam disponíveis durante o ano todo nas salas de vacinas para que a população possa manter o cartão de vacinação em dia.

Em Piumhi, segundo a Central de Vacinas do município, 153 pessoas receberam a vacina para se protegerem da gripe. Outras cidades também fizeram um balanço do Dia D, igualmente destacando a vacina contra a influenza, como Monte Santo de Minas que vacinou 571 pessoas. Em Pimenta, as salas de vacinas das unidades básicas de saúde também foram abertas no sábado, onde 197 usuários foram imunizados.

Também foram ofertados pelos municípios imunizantes para poliomielite, varicela, hepatite A, meningite C, pneumocócica, vacina contra HPV, entre outras doenças que podem ser evitadas com a vacinação pelo PNI.

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano realizou, no dia 18/4, a capacitação em abordagem intensiva ao fumante. A ação durou cerca de oito horas e teve como objetivo capacitar os profissionais da Atenção Primária à Saúde para a oferta do tratamento para cessação do tabagismo nas unidades de saúde.

A capacitação abordou conteúdos como a dependência física à nicotina, estratégias e fluxo de atendimento ao paciente tabagista, apoio medicamentoso e organização do serviço de saúde para a oferta do tratamento. Cerca de 70 profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, nutricionistas, profissionais de educação física, dentistas e profissionais da assistência social, participaram da reunião.

Segundo a referência técnica do Programa Nacional de Controle do Tabagismo na Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Aline Santos, os municípios da área da superintendência já ofertam o tratamento para a cessação do tabagismo e periodicamente é ofertada a capacitação para formação de novos profissionais.

“Esperamos que a formação de novos profissionais impulsione as unidades de saúde para manter a continuidade do tratamento ao fumante”, disse Aline Santos. A referência técnica informou ainda que, além da capacitação, os municípios recebem os medicamentos e outros insumos para subsidiar o tratamento.

Espera-se que, com a capacitação, as unidades de saúde se organizem e iniciem a oferta do tratamento para cessação ainda no primeiro semestre de 2024.

Tabagismo
O uso do tabaco, reconhecido pela Organização Mundial como uma dependência química, é um fator de risco para uma série de doenças, principalmente as neoplasias e doenças cardiovasculares. O Programa Nacional do Controle do Tabagismo está sob gestão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e do Ministério da Saúde (MS) e, desde 1989, desenvolve ações educativas e oferta de tratamento ao fumante com o objetivo de reduzir a prevalência de tabagismo no Brasil. Os Estados têm como atribuição a capacitação dos profissionais e o suporte ao desenvolvimento do programa.

Dos 27 municípios que compõem a região de abrangência da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, 11 receberam o selo de reconhecimento “Bora Vacinar” por alcançarem ou se aproximarem das metas de vacinação instituídas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2023. A entrega da certificação foi realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a Associação Mineira de Municípios (AMM) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems). O evento aconteceu segunda-feira (22/4), no auditório Juscelino Kubitschek, na Cidade Administrativa. Ao todo, 356 municípios foram agraciados, 122 com selo Ouro e 234 com selo Prata.

Na GRS Itabira, receberam o selo Ouro os municípios de Santa Bárbara, Santa Maria de Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo. Já o selo Prata foi concedido aos municípios de Barão de Cocais, Dores de Guanhães, Materlândia, Morro do Pilar, Sabinópolis, Santo Antônio do Rio Abaixo, São Domingos do Prata e São Sebastião do Rio Preto.

A referência técnica em Imunização, Marcella Cristina Silva Braga, da GRS Itabira, explicou que o selo “Bora Vacinar” foi idealizado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com apoio da SES-MG, e visa estimular ações e estratégias municipais de incentivo à vacinação e combater doenças imunopreveníveis, evitando assim a ocorrência de novas epidemias e o retorno de doenças já erradicadas. Marcela Braga destacou que “muitos municípios têm trabalhado com estratégias visando melhorar e ampliar os índices de cobertura vacinal em nossa região”.

A secretária municipal de Saúde de São Gonçalo do Rio Abaixo, Renata Maria Guzzo Fonseca esteve presente no evento juntamente com a coordenadora da Atenção Primária em Saúde (APS), Julita Antônia Dias Pereira e a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Elaine Cristina Gonçalves Fagundes. Renata Fonseca destacou o trabalho das equipes da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Primária à Saúde, que se mobilizaram e intensificaram as ações de multivacinação e microplanejamento em todo o território.

“Nossas equipes realizam uma efetiva busca ativa, conscientizando a população sobre a importância da vacinação para evitar a mortalidade por doenças imunopreveníveis”, observou a secretária municipal de Saúde.

A coordenadora de Vigilância em Saúde de São Gonçalo do Rio Abaixo, Elaine Cristina Gonçalves Fagundes, destacou o reconhecimento pelo compromisso em promover a vacinação e contribuir para a saúde pública, especialmente das crianças. “São muitas pessoas envolvidas nessa importante iniciativa e reafirmamos nosso comprometimento contínuo em incentivar a imunização”.

Para a secretária de Saúde de Santa Maria de Itabira, Isabela Lott Drumond Duarte, a certificação do município com este selo representou o reconhecimento de um trabalho realizado, do esforço de toda uma secretaria e comunidade. “Este reconhecimento é destinado a todos os profissionais da saúde envolvidos diariamente para o aumento da cobertura vacinal do público alvo de 0 a 2 anos. Além é claro do comprometimento da população em ter aceitado a busca ativa e se direcionado às crianças à sala de vacina”, ponderou Isabela Duarte.

Critérios
O Selo Ouro é conferido ao município que atinge a meta nas 14 vacinas avaliadas para crianças menores de um ano e com um ano de idade e o selo Prata é concedido ao município que consegue atingir de dez a 13 vacinas, que são BCG, Rotavírus Humano, Pneumocócica, Meningo C, Pentavalente (DTP/HepB/Hib), Poliomielite VIP, Febre Amarela, Pneumo10 (1° Reforço), Meningo C (1° Reforço), Tríplice viral - D2, Poliomielite VOP, DTP (1°Reforço), Varicela e Hepatite A infantil.

A meta de cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde para as vacinas BCG e rotavírus é de 90%. Para as demais vacinas, a meta é de 95%.

Quarenta e um municípios do Norte de Minas se destacaram, na segunda-feira, 22/4, em Belo Horizonte, com o recebimento dos selos Ouro e Prata de reconhecimento Bora Vacinar por terem alcançado ou se aproximado, em 2023, das metas de vacinação instituídas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). A cerimônia reuniu dirigentes da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Associação Mineira de Municípios (AMM) e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems).

Criado em 2023, o selo tem como objetivo estimular ações municipais de incentivo à vacinação para combater doenças imunopreveníveis e evitar a ocorrência de novas epidemias e o retorno de doenças já erradicadas.

O Selo Ouro é conferido ao município que atinge a meta nas 14 vacinas avaliadas para crianças com até um ano de idade e o selo Prata é concedido ao município que consegue atingir metas de cobertura entre 10 e 13 vacinas: BCG, Rotavírus Humano, Pneumocócica, Meningo C, Pentavalente (DTP/HepB/Hib), Poliomielite VIP, Febre Amarela, Pneumo10 (1° Reforço), Meningo C (1° Reforço), Tríplice viral - D2, Poliomielite VOP, DTP (1°Reforço), Varicela e Hepatite A infantil.

Com o recebimento do Selo Ouro se destacaram oito municípios do Norte de Minas. Cinco estão jurisdicionados à Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros: Berizal; Claro dos Poções; Montezuma; Rubelita e São João do Pacuí. Outros três municípios integram a área de atuação da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária: São João da Ponte, Ubaí e Varzelândia.

Já para o recebimento do Selo Prata compareceram à solenidade representantes de 18 municípios da SRS de Montes Claros: Catuti; Cristália; Curral de Dentro; Engenheiro Navarro; Fruta de Leite; Grão Mogol; Itacambira; Jaíba; Josenópolis; Lagoa dos Patos; Mamonas; Matias Cardoso; Novorizonte; Olhos D´Água; Padre Carvalho; Pai Pedro; São João da Lagoa e São João do Paraíso.

Dez municípios da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Januária também foram contemplados com o recebimento do Selo Prata: Bonito de Minas; Campo Azul; Ibiracatu; Icaraí de Minas; Japonvar; Miravânia; Montalvânia; Patis; São Francisco e Urucuia.

Da GRS de Pirapora o Selo Prata foi entregue a representantes de cinco municípios: Buritizeiro; Ibiaí; Ponto Chique; Santa Fé de Minas e Várzea da Palma.

A coordenadora de Vigilância em Saúde da SRS Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes, entende que “os bons resultados alcançados por 26 de um total de 54 municípios que compõem a área de atuação da SRS é fruto do esforço das referências técnicas da SES-MG que tem investido na capacitação e atualização dos profissionais que atuam nas salas de vacina. A realização de oficinas de capacitação nas microrregiões de saúde facilita o envolvimento de um maior número de participantes. Por outro lado, o empenho dos profissionais no aprimoramento do planejamento das ações visando o aumento das coberturas vacinais acaba refletindo na obtenção de resultados cada vez mais promissores”, avalia a coordenadora.

No dia 23/4, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Alfenas recebeu a visita técnica de cerca de 60 estudantes do 1º período de medicina da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) visando possibilitar aos alunos o contato com a gestão em saúde pública.

A visita técnica foi proposta pelo professor Murilo César do Nascimento, que leciona a disciplina Políticas e Práticas de Saúde. Para ele, “é uma oportunidade ímpar para os alunos se aproximarem da organização e da prática da gestão em saúde pública nos níveis estadual e regional, além de aprimorar a formação técnica e crítica dos futuros médicos”. O professor complementa que a vista também possibilita fortalecer nos estudantes o senso de responsabilidade social e comprometimento com a melhoria contínua do acesso e da qualidade dos serviços de saúde.

Durante a visita, os coordenadores e técnicos da SRS Alfenas apresentaram aos estudantes o funcionamento de todos os setores da Instituição, abordando os financiamentos e programas de saúde trabalhados. Foi destacado o papel da Atenção Primária como porta de entrada dos usuários no Sistema único de Saúde (SUS), o papel da vigilância sanitária na eliminação, diminuição e prevenção de riscos à saúde, a importância da vigilância epidemiológica no monitoramento do processo saúde-doença nas coletividades e acesso dos pacientes aos medicamentos fornecidos pelo Estado.

Outra questão destacada durante a visita técnica foi a gestão tripartite do SUS (Sistema Único de Saúde), onde União, Estados e municípios têm suas responsabilidades bem definidas no custeio e gestão do sistema de saúde pública.

A estudante Mariana Minante Khalil, afirmou que a visita à Superintendência Regional de Saúde de Alfenas foi uma oportunidade de aprendizado para ela e para toda a turma que, em seis anos, poderão fazer parte do SUS. “É essencial conhecer esse sistema, como ele funciona e os esforços que são feitos diariamente para mantê-lo funcionando e aprimorá-lo”. A futura médica pontuou também que, por meio das apresentações dos diversos setores e coordenações da regional de saúde, foi possível ter um panorama geral sobre assessoria, regulação, gestão, assistência farmacêutica e atenção à saúde.

O superintendente regional de Saúde de Alfenas, João Tadeu Silva, destacou aos alunos a “importância do conhecimento do SUS para se tornar um profissional completo, com visão e formação ampla de atenção aos futuros pacientes”.

Os municípios de Bom Jesus da Penha, Capetinga, Cássia, Claraval, Delfinópolis, Guapé, São João Batista do Glória e São Tomás de Aquino, da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos), foram contemplados com o Selo Bora Vacinar 2024 pelo desempenho nas coberturas vacinais do Programa Nacional de Imunização (PNI). A certificação, que está na segunda edição, é uma parceria entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), e foi concedida no dia 22/4 aos municípios que atingiram as metas de vacinação de crianças de até dois anos de idade.

A certificação, nas categorias Selo Ouro e Selo Prata, foi entregue no auditório Juscelino Kubitscheck, na Cidade Administrativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, aos 356 municípios mineiros que alcançaram ou se aproximaram das metas vacinais. Foram contemplados com o Selo Ouro 122 municípios com coberturas atingidas em 14 vacinas avaliadas. O Selo Prata foi concedido a 234 municípios com metas cumpridas de dez a 13 vacinas.

Da Regional de Saúde de Passos, conquistaram o Selo Ouro os municípios de Claraval, Guapé, São João Batista do Glória e São Tomás de Aquino. O Selo Prata ficou com Bom Jesus da Penha, Capetinga, Cássia e Delfinópolis.

Para a superintendente da SRS Passos, Kátia Rita Gonçalves, a premiação de oito municípios da Regional de Saúde de Passos é um estímulo para reforçar as ações pela melhoria dos indicadores de imunização. “O reconhecimento dos municípios vem se revelando animador. Outras ações, como o microplanejamento, que estabelece soluções de acordo com as particularidades de cada região, a imunização extramuros, a ampliação dos horários de funcionamento das salas de vacina e a busca ativa por não vacinados, também são destaques e devem ser reforçadas a fim de melhorar e retomar as altas coberturas neste ano de 2024”, disse.

Ainda segundo Kátia Gonçalves, a queda das coberturas vacinais observada a partir de 2016 reitera a relevância de criar uma agenda positiva no debate dessa temática. “A situação é preocupante e faz-se necessário restabelecer altas coberturas vacinais, evitando o recrudescimento de doenças já erradicadas ou o aumento de doenças controladas”, afirma.

Bora Vacinar
O Selo Bora Vacinar foi criado para estimular ações municipais destinadas ao aumento das coberturas vacinais para prevenir o retorno de doenças erradicadas e evitar epidemias no estado. A premiação teve a presença do secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, do procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, entre outros convidados.

Os dados para avaliação e concessão dos certificados são extraídos pela SES-MG da base do Ministério da Saúde (MS) referente ao período de janeiro a dezembro de 2023.

A superintendente da SRS Passos reforça que as altas coberturas vacinais são essenciais para diminuir a circulação de vírus e outros microrganismos nocivos à saúde, por garantirem a proteção individual e coletiva. “Isso demonstra que, quando a maioria das pessoas faz a sua parte e se vacina, elas resguardam aquelas que, por motivos especiais, não podem se vacinar. É o caso de pessoas que possuem alergia a outros imunizantes, os imunossuprimidos (que têm imunidade baixa) e aquelas que estejam fora da faixa etária da vacinação”, conclui.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) deu início, nesta quarta-feira (24/4), ao VI Workshop para o Controle da Tuberculose no território mineiro.

O evento, realizado em Belo Horizonte, contou com representantes da SES-MG, da Fundação Ezequiel Dias (Funed), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), entre outros.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, Eduardo Prosdocimi, destacou que a tuberculose é um agravo que está no centro da agenda estadual, “O encontro de hoje nos possibilitará discutir avanços, estratégias e planos de ação para caminharmos com as políticas públicas de saúde e avançarmos no controle da tuberculose em Minas”, afirma. 

Já a coordenadora de Hanseníase e Tuberculose da SES-MG, Maíra Veloso, falou sobre as estratégias e ações desenvolvidas no último ano.

“Em 2023, realizamos ações importantes, como o lançamento do Plano Estadual pelo Fim da Tuberculose, a instituição do teste rápido LF-Lam (teste realizado em amostra de urina para diagnóstico da tuberculose ativa em pessoas vivendo com HIV) e a instituição do Comitê Mineiro para o Controle Social da Doença”, detalhou a coordenadora. 

No âmbito das propostas de trabalho definidas para 2024, Maíra Veloso destacou a prioridade na expansão do tratamento preventivo da tuberculose, o fortalecimento de estratégias de investigação de contatos e a qualificação do diagnóstico. 

Segundo a referência técnica em Diagnóstico de Micobacterioses do Serviço de Doenças Bacterianas e Fúngicas da Funed, Élida Aparecida Leal, a Fundação trabalha de forma contínua, e em parceria com a coordenação estadual, para ampliar o portfólio de exames relacionados à tuberculose.

“Eventos com o de hoje contribuem para que todos os profissionais envolvidos possam fortalecer seus conhecimentos e qualificar ainda mais o trabalho desenvolvido”, pontuou Élida Leal.

Artemir Coelho de Brito, da Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas do Ministério da Saúde (CGTM-MS) apresentou o cenário epidemiológico no Brasil e destacou o trabalho desenvolvido em Minas Gerais, especialmente considerando a extensão territorial e as particularidades de cada região do estado. 

“Muitas vezes, os trabalhos desenvolvidos aqui, com foco no controle da tuberculose, extrapolam o território e se tornam referência para o país”, afirmou Artemir. 

De acordo com o consultor nacional da Opas e da OMS para a Tuberculose e Hanseníase no Brasil, Kleydson Andrade, Minas Gerais produz discussões de alto nível, o que sinaliza a capacidade do estado para avançar, não só no controle da tuberculose, mas também na eliminação da doença no território mineiro.

A enfermeira Marcilane Pereira destacou o papel da sociedade civil em prol do controle da tuberculose.

“Não se faz mobilização sem a participação da sociedade civil. Por isso é tão importante estarmos representados hoje, neste workshop, para que possamos reforçar a mobilização da luta para diminuir os números da doença no Brasil e em Minas”, afirma Marcilane.

Na parte da tarde, representantes do MS, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo participaram da mesa de discussão sobre Controle da Tuberculose na População Infantil.

“Antes os estudos sobre tuberculose eram focados em adultos, mas atualmente, a OMS já destaca a importância do diagnóstico e tratamento de tuberculose em crianças e adolescentes. Isso porque, geralmente, a doença nesse grupo é um reflexo direto da incidência em adultos”, explicou Maria da Graça Oliveira, colaboradora do CGTM-MS.

O VI Workshop para Controle da Tuberculose em Minas Gerais vai até nesta quinta-feira (25/4).

Tuberculose em Minas

No território mineiro, nos últimos quatro anos, a cada dia, uma média de 14 pessoas foram diagnosticadas com tuberculose, num total de 20.363 casos notificados. Outras 1.735 morreram em razão da doença no mesmo período, entre casos gerais e demais causas associadas à TB (comorbidades). Considerando apenas os casos novos, que somaram 15.977 ocorrências, quase 50% alcançaram a cura, ou seja, 7.506 pessoas superaram a doença.

Em sintonia com as organizações mundiais, que também respondem pelo tema da campanha deste ano: “Sim, nós podemos acabar com a tuberculose! ”, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais estabeleceram, em 2023, a campanha nacional para a eliminação da doença – Brasil Livre da Tuberculose, e o Plano Estadual pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública, estratégias para o período 2023-2026.

O Comitê Mineiro para o Controle Social da Tuberculose, que integra a Coordenação de Hanseníase e Tuberculose da SES, promove a participação da sociedade civil nas ações de advocacy (defesa e argumentação em favor da causa), comunicação e mobilização social. O CHT é formado por órgãos públicos, entidades não governamentais, pessoas acometidas pela tuberculose e por quem vive com o HIV/AIDS ou outras comorbidades, interessados em apoiar ações de controle da TB.

No período de 4 a 23/4, o Núcleo de Vigilância Sanitária da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Pedra Azul promoveu um monitoramento dos indicadores da Vigilância Sanitária e Ambiental como parte do Programa de Descentralização da Vigilância Sanitária (PDVISA). O monitoramento foi realizado de forma presencial e online, de acordo com a disponibilidade de cada município, e teve como referência os resultados alcançados pelos municípios no ano de 2023, visando fortalecer o planejamento, a gestão e a execução das ações nessas áreas.

O PDVISA é uma iniciativa estratégica que visa apoiar a descentralização das ações de Vigilância Sanitária e Ambiental em todos os municípios de Minas Gerais. Para a coordenadora de Vigilância Sanitária da GRS Pedra Azul, Renata Alves de Sousa Campos, o monitoramento desempenha um papel crucial na avaliação do cumprimento das ações pactuadas pelos municípios. "É importante identificar a situação atual dos municípios por meio dos indicadores e levantar propostas para fortalecer a Vigilância Sanitária em cada localidade", destacou Renata Alves.

Entre os aspectos avaliados estão a quantidade de estabelecimentos cadastrados e fiscalizados, assim como o número de inspeções realizadas. Esses dados são fundamentais para garantir a eficácia das ações de controle e prevenção em saúde pública. De acordo com a resolução SES/MG N° 8387, de 19 de outubro de 2022, o incentivo financeiro concedido aos municípios é calculado com base no porte populacional e na descentralização das atividades de nível de risco III. Para custeio, é destinado o valor de R$ 3,50 por habitante, com um mínimo garantido de R$ 30 mil por município, enquanto para investimento é destinado o valor de R$ 0,35 por habitante, respeitando o máximo de R$ 30 mil e o mínimo de R$ 10 mil por município. O prazo para execução dos recursos financeiros é de até 60 meses, a partir da assinatura do termo de compromisso. Ao todo, foram pactuados 13 indicadores/metas, sendo dez relacionados à Vigilância Sanitária e três à Vigilância Ambiental. Esses indicadores são cruciais para monitorar e aprimorar a atuação dos municípios em áreas tão importantes para a saúde pública. 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), realizaram, nesta terça-feira (23/4), em Belo Horizonte, a 306ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite do Estado de Minas Gerais (CIB-SUS/MG).

Um dos destaques desta edição foi a pactuação que aprovou as novas regras de financiamento do Programa de Intervenção Precoce Avançado (Pipa), política continuada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência em Minas Gerais. “Uma das razões é que estamos promovendo a adequação ao novo Decreto Estadual 48.600, que atualizou as normas de transferência, controle e avaliação dos recursos financeiros repassados pelo Fundo Estadual de Saúde”, explicou a secretária de Estado Adjunta de Saúde, Poliana Cardoso Lopes.

Outro ponto que motivou novas regras para participação no programa se dá no contexto em que municípios mineiros estão em processo de adoção da gestão plena da saúde em seus territórios. Tendo isso em vista, foi reforçada a necessidade de solicitação formal ao programa após a implementação da gestão plena, pois ela não ocorre de forma automática.

Além dos debates e apresentações sobre as políticas públicas, foi realizada uma apresentação sobre o projeto Simplificar e Solucionar, do Ministério Público de Minas Gerais. O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), Luciano Moreira de Oliveira, explicou que a proposta é promover, no âmbito dos municípios, serviços de conciliação e promoção de formas alternativas de resolução de disputas que envolvam pedidos de medicamentos, tratamentos ou insumos, reduzindo os impactos da judicialização da saúde.

“Os impactos das demandas judiciais para o orçamento dos municípios são muito significativos e trazem o risco de desorganização de políticas públicas. Ao promover uma etapa de conciliação, para além daquilo que é oferecido no Poder Judiciário, abre-se mais uma possibilidade de resolver o problema do usuário do SUS sem que isso vire um processo. E isso pode ser feito por servidores e Procuradorias Jurídicas municipais”, destacou o promotor Luciano Moreira de Oliveira.

De acordo com o presidente do Cosems-MG, Edivaldo Faria da Silva Filho, trata-se de uma proposta interessante, que pode ajudar a reduzir o volume de processos contra os municípios para atendimentos de demandas judiciais sobre a saúde.  “É um projeto fruto de parceria entre o MPMG, Cosems-MG e Associação Mineira de Municípios que levamos primeiramente para a macrorregião Norte e vamos, em breve, implementar na macro Centro. Nossa intenção é que o projeto cubra todo o estado" anunciou.

Apresentações e pactuações

Durante a reunião, também foi apresentado o cenário das arboviroses no Estado, bem como o andamento da vacinação contra a dengue. Até 22/4, Minas Gerais registrou 1.139.459 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 495.490 casos foram confirmados para a doença. Até o momento, há 288 óbitos confirmados por dengue no estado e 730 estão em investigação. Já em relação à vacinação, a cobertura, até o momento, é de 17,3% do público-alvo.

Após a Reunião Ordinária da CIB-SUS/MG, os assuntos referendados em plenária foram aprovados em forma de deliberações para publicação na Imprensa Oficial de Minas Gerais (IOF) e serão disponibilizados no site da SES-MG.

Os materiais apresentados durante a 306ª Reunião Ordinária e todos os temas pactuados e deliberados poderão ser acessados em: www.saude.mg.gov.br/cib.

O vídeo completo da reunião, transmitida ao vivo pelo canal do Cosems-MG, está disponível no YouTube e pode ser acessado em https://www.youtube.com/watch?v=ZACyPwE2jzI.

O fortalecimento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência mantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi tema de encontro realizado na terça-feira, 23/4, em Montes Claros, envolvendo referências técnicas e integrantes de juntas reguladoras de 71 municípios que compõem a macrorregião de Saúde Norte. Para este ano, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) tem previsão de que 3.185 pessoas sejam atendidas na região, com investimento superior a R$ 3,6 milhões para a disponibilização de equipamentos, manutenção ou adaptação.

O encontro foi realizado no auditório do Consórcio Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (Cimams) e reuniu profissionais atuantes em municípios jurisdicionados à Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros e às Gerências Regionais de Saúde (GRS) de Januária e Pirapora. O foco do encontro foi o repasse de orientações aos municípios para a expansão do matriciamento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, trabalho que a SRS já vem desenvolvendo de maneira piloto nos municípios de Bocaiuva, Curral de Dentro, Guaraciama, Janaúba e Taiobeiras.

Alfredo Prates Neto, referência técnica da Coordenadoria de Atenção à Saúde da SRS de Montes Claros, ressalta que o matriciamento da Rede é de fundamental importância para que os municípios identifiquem as necessidades de organização dos serviços de assistência às pessoas com deficiência. “Mais de 60% das demandas envolvem a população do próprio município. Mas a viabilização do trabalho em rede envolve, necessariamente, a união de esforços das referências técnicas, das juntas reguladoras e dos serviços de atenção primária à saúde”, disse.

Ainda de acordo com Alfredo Prates, a sensibilização dos gestores municipais para a expansão de serviços, visando o atendimento das necessidades das pessoas com deficiência, passa pelo trabalho de matriciamento da rede. “Transformar dados em informação geram argumentos que dão visibilidade às necessidades de fortalecimento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência”, reforçou a referência técnica.

Ainda durante o encontro, Alexandre Fabian Malheiros e Matias Jordan Mota Amaral, referências técnicas da Coordenação à Pessoa com Deficiência da SES-MG aprofundaram as discussões sobre o trabalho das referências técnicas municipais e das juntas reguladoras, bem como das ações voltadas para o atendimento de demandas da população quanto às diversas modalidades de reabilitação, entre elas visual, física e intelectual.

Já referências técnicas de Montes Claros, Porteirinha e Taiobeiras apresentaram experiências exitosas voltadas para o fortalecimento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, expansão e melhoria dos serviços.

Habilitações
Aproveitando a realização do encontro em Montes Claros, as referências técnicas do nível central da SES-MG, Matias Amaral e Alexandre Malheiros, visitaram as instalações da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) que terá um aporte anual superior a R$ 2,2 milhões para manter em funcionamento o Centro Especializado em Reabilitação (CER) tipo II, nas modalidades visual e intelectual. A formalização da habilitação ocorreu no dia 8 de dezembro de 2023, com a publicação da Portaria 2.255, por parte do Ministério da Saúde (MS). A iniciativa seguiu a Deliberação 3.846 da Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS), publicada em julho de 2022 pela SES-MG.

Já no dia 11/3 deste ano, o Ministério da Saúde publicou a Portaria 3.291 que formalizou a habilitação do Centro Especializado em Reabilitação (CER) sediado na Apae de Taiobeiras. A habilitação viabiliza o repasse anual de R$ 2,2 milhões para o custeio de ações e serviços de média e alta complexidade para atenção à saúde da população com deficiência física, intelectual ou tratamento de ostomia.

Dos 31 municípios que integram a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Diamantina, 14 se destacaram ao serem reconhecidos pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pelo Governo do Estado com a certificação do Selo Bora Vacinar por alcançarem as metas de vacinação infantil em 2023.

A cerimônia de premiação, realizada na segunda-feira (22/4), no auditório Juscelino Kubitschek, na Cidade Administrativa, contou com a parceria da Associação Mineira de Municípios (AMM) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems). Na ocasião, 356 municípios mineiros foram agraciados, 122 com selo Ouro e 234 com selo Prata.

Minas Novas e Alvorada de Minas receberam o Selo Ouro, concedido aos municípios que atingiram a meta nas 14 vacinas avaliadas para crianças menores de um ano e com um ano de idade. Já Berilo, Carbonita, Chapada do Norte, Coluna, Felício dos Santos, Francisco Badaró, Gouveia, José Gonçalves de Minas, Santo Antônio do Itambé, Turmalina, Veredinha e Virgem da Lapa conquistaram o Selo Prata, destinado aos que conseguiram atingir de 10 a 13 vacinas.

O reconhecimento do trabalho foi comemorado pelo coordenador da Atenção Primária à Saúde de Alvorada de Minas, Alisson Ribas. “Esse reconhecimento é fruto do esforço realizado em todo o ano de 2023, onde as equipes da saúde de Alvorada de Minas trabalharam incansavelmente para vacinar a nossa população. Então, receber esse reconhecimento do Ministério Público e do Governo do Estado de Minas nos motiva ainda mais”.

Carolina Di Pietro Carvalho, referência técnica da Imunização da SRS Diamantina, destacou os avanços alcançados no território. "Tivemos um aumento de 40% no número de municípios certificados este ano, passando de 10 para 14 municípios. Ainda temos um árduo caminho pela frente, porém os bons resultados demonstram o comprometimento dos nossos municípios em esclarecer a população sobre a importância da vacinação e de combater a desinformação”, ressaltou Carolina Carvalho.

Presença de autoridades
Diversas autoridades participaram da cerimônia de premiação, entre eles Jarbas Soares Júnior, procurador-geral de Justiça; Fábio Baccheretti, secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais; Luciano Moreira de Oliveira, promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde; Alexandre Quintino Santiago, desembargador e superintendente de Saúde do Tribunal de Justiça de Minas Gerais; Carlos Calazans, superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais; Edivaldo Farias da Silva Filho, presidente do Cosems; prefeitos e profissionais da Saúde, entre outros convidados.

A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Leopoldina realizou uma capacitação sobre para o manejo ambiental de escorpiões nos dias 16, 17 e 18/4, no município de Além Paraíba, em resposta às ocorrências de escorpiões nos municípios de sua região. O treinamento foi voltado para técnicos que vão atuar como multiplicadores em seus municípios.

O treinamento contou com a parceria do município de Além Paraíba e das Unidades Regionais de Saúde (URSs) de Coronel Fabriciano e Unaí. Sebastião Carlos de Freitas, agente de Saúde Pública da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano ministrou a capacitação, e Carlos Alberto Arantes Filho, agente de Saúde Pública da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Unaí, apresentou uma experiência exitosa acerca da regularidade de envio de escorpiões vivos para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) para a produção de soro antiescorpiônico.

Participaram do treinamento cinco profissionais do município de Além Paraíba e dois profissionais dos municípios de Astolfo Dutra, Cataguases, Leopoldina, Palma e Recreio, totalizando a formação de 15 multiplicadores. Lutianni Brazolino, referência técnica das Zoonoses da GRS Leopoldina, salientou que os demais municípios também participarão de treinamentos. “Os técnicos capacitados irão replicar para os demais municípios, objetivando estruturar a vigilância e o manejo desses animais, tendo em vista o aumento da ocorrência de aparecimentos de escorpiões e acidentes com este animais, além da necessidade da criação de fluxos de encaminhamento dos animais capturados à Funed para a produção de soros”.

Durante os três dias da capacitação foram abordados os temas: biologia do Escorpião; reprodução; história natural; espécies de importância no Brasil e outras espécies de menor relevância; controle de escorpiões; motivos para o controle e responsabilidades, organização do controle de escorpiões; busca ativa; controle da ocorrência de escorpiões; monitoramento e avaliação das ações de controle; controle mecânico e químico; utilização de formulários; orientações aos funcionários dos municípios. Foi realizada também a Prática em Campo, com coletas de escorpiões e atividade de catação noturna.

As medidas de prevenção destacadas na capacitação foram:
- Gerência Regional de Saúde Leopoldina Manter limpos quintais e jardins, não acumulando folhas secas, lixo e entulhos.
- Colocar o lixo em sacos plásticos fechados, para evitar baratas e outros insetos.
- Conservar camas e berços afastados, no mínimo, 10 centímetros da parede.
- Evitar que roupas de cama toquem o chão.
- Não pendurar roupas na parede.
- Verificar cuidadosamente calçados, roupas, toalhas e roupas de cama, antes de usá-los.
- Limpar periodicamente ralos de banheiro, cozinha e caixas de gordura.
- Rebocar frestas nas paredes, móveis e rodapés, para que não apresentem vãos.
- Usar telas nas aberturas dos ralos, pias e tanques.
- Proteger os predadores naturais dos escorpiões, como calangos, lagartixas, lacraias, corujas, sapos, macacos e galinhas.
- Manter as áreas limpas ao redor das residências, não acumular lenha e outros materiais que possam servir de abrigo para os escorpiões.
- Remanejar periodicamente material de construção que esteja armazenado, usando luvas de raspa de couro para proteger as mãos.