Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador, realizou nessa quinta-feira (5/12), o Seminário Regional sobre a Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinais (EAPV), direcionado aos coordenadores e referências técnicas de imunização dos 35 municípios que compõe a macrorregião de saúde do Vale do Aço.

Crédito: Flávio Samuel

O objetivo do seminário, segundo as referências técnicas regionais em imunização, Natália Littig e Micheli Moreira Egydio, foi capacitar os profissionais de saúde ligados direta ou indiretamente às atividades de imunização, visando melhorar a assistência aos usuários do SUS e a gestão das salas de vacinas dos municípios.

Natália Littig, referência técnica regional em imunização, informou que de acordo com o Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação, o EAPV é qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação e que, não necessariamente, possui uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico.

“Um EAPV pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, podem ser inesperados ou esperados, tendo em vista a natureza e características do imunobiológico, bem como o conhecimento já disponível pela experiência acumulada”, explicou Natália.

A referência técnica regional, Micheli Moreira Egydio, frisou aos responsáveis de salas de vacina a importância de garantir a segurança dos usuários que procuram as salas de vacinas dos municípios. E afirmou que a vacinação segura significa toda a política, ações e procedimentos em saúde pública relacionados à administração de vacinas.

“Para evitar eventos adversos, devem ser observados todos os protocolos, o preparo e administração correta das doses, o armazenamento adequado das vacinas, a acomodação em temperatura ideal, a diluição correta, o uso de agulha e seringa descartáveis, o registro da data de vacinação e de retorno. Mas é importante lembrar que nenhuma vacina está livre de possíveis efeitos colaterais” ressaltou Michele.

De acordo com as referências técnicas regionais em imunização, a tarefa da Vigilância dos Eventos Adversos Pós-vacinais é realizar o monitoramento destes eventos permitindo que os benefícios alcançados com a utilização das vacinas sejam sempre superiores aos seus possíveis riscos. Este sistema de monitoramento e investigação proporciona o conhecimento de eventos temporalmente associados à vacinação, contribuindo com a manutenção da credibilidade dos programas de imunização, junto a população e aos profissionais de saúde.

Durante o seminário além dos temas Vacinação segura e o Sistema Nacional de Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinais (SNVEAPV), também foram abordados os conceitos gerais de EAPV e os aspectos clínicos dos EAPV com definição de caso, os eventos causados pela vacina BCG, a avaliação de causalidade e preenchimento da notificação e a apresentação e discussão dos casos clínicos.

Tire suas dúvidas

O que são vacinas?

São preparações que, ao serem introduzidas no organismo, desencadeiam uma reação do sistema imunológico estimulando a formação de anticorpos e tornando o organismo imune a esse agente e às doenças por ele provocadas. Elas podem ser constituídas de moléculas, micro-organismos mortos ou micro-organismos vivos atenuados.

Quais as vantagens de utilizar vacinas?

Prevenir é melhor que remediar. O uso de vacinas tem maior custo-benefício no controle de doenças imunopreveníveis que o de medicamentos para sua cura. Resultado de muitos anos de investimento em pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, as vacinas são seguras e consideradas essenciais para a saúde pública.

Como se dá a distribuição de vacinas nas Unidades de Saúde do SUS?

A partir do recebimento das vacinas, os gestores locais têm autonomia para definir estratégias de vacinação da população prioritária, observando a reserva adequada do produto para a campanha nacional. A entrega das vacinas aos municípios é de responsabilidade dos Estados. Quando o município necessita de mais doses, ele deve acionar o setor de imunização da Regional de Saúde Estadual que o atende.

Como posso me vacinar?

No Brasil, as vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) são oferecidas nos postos de vacinação de todo o país ou por equipes de vacinadores, que levam os produtos a áreas de difícil acesso periodicamente.

Não tenho Cartão de Vacina; o que devo fazer?

Você deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa para fazer um novo Cartão de Vacina pelo SUS, e assim, se vacinar normalmente. Lembre-se: o cartão é um documento muito importante que reúne todo o seu histórico vacinal durante a vida. Por isso, o guarde com cuidado.

Por Flávio Samuel

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