A Secretária de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou, nesta quinta-feira (05/12), em Montes Claros, Oficina de Prevenção, Detecção Precoce e Manejo de Doenças Crônicas em Adolescentes. Participaram médicos que compõem equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) em municípios que integram a área de atuação da Regional de Saúde de Montes Claros. A realização da oficina é resultado de parceria com o programa de Mestrado Profissional em Cuidado Primário em Saúde, coordenado pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Em novembro deste ano foi realizada a primeira oficina resultante da parceria entre a Regional e a Unimontes, com enfoque na prevenção e detecção precoce de câncer de boca.

Crédito: Pedro Ricardo

Na abertura da oficina a superintendente Regional de Saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, destacou a importância da união de esforços entre a SES-MG com a Unimontes na capacitação de profissionais de saúde que atuam na atenção primária dos municípios norte-mineiros. “Investir na estratégia de atenção à saúde dos adolescentes terá como reflexo, num futuro muito próximo, termos uma população adulta e da terceira idade mais saudável que, consequentemente, vai transmitir a seus filhos e netos conceitos adequados para se ter uma vida equilibrada que envolve, inclusive, ações de prevenção e de cuidados para com a saúde”, observou a superintendente.

Ao abordar o tema “Saúde do Adolescente e Atenção Primária em Saúde”, a referência técnica do Núcleo de Atenção Primária da Regional de Saúde de Montes Claros, Marta Raquel Mendes Vieira, frisou que, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) a saúde do adolescente tem como foco a integralidade. “Em caso de agravos, os serviços de atenção primária devem encaminhar os adolescentes para tratamentos especializados em outros pontos da rede do SUS, que dispõe de uma série de serviços para atendimento à população”, salientou Marta Vieira.

Durante a oficina, médicos e enfermeiros especialistas em urgência, pediatria e cardiologia infantil que compõem o corpo docente do mestrado profissional em cuidado primário em saúde ministraram palestras sobre hipertensão arterial; constipação intestinal; obesidade e baixa aptidão cardiorrespiratória. Além disso, os profissionais de saúde dos municípios receberam publicações da SES-MG e da Unimontes referentes à saúde do adolescente e os serviços disponibilizados na rede SUS.

Ampliar o acesso

Na divulgação das políticas nacionais voltadas para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, por meio da Coordenação Geral de Saúde de Adolescentes e de Jovens, o Ministério da Saúde (MS) salienta que mesmo com a desaceleração no ritmo de crescimento da população jovem, atualmente a geração entre 10 a 24 anos de idade representa um público superior a 51,4 milhões de pessoas, cerca de 36,89% da população brasileira.

“Adolescentes e jovens constituem um grupo populacional que exige novos modos de produzir saúde. Seu ciclo de vida particularmente saudável evidencia que os agravos em saúde decorrem, em grande medida, de modos de fazer andar a vida de hábitos e comportamentos que, em determinadas conjunturas, os vulnerabilizam. Nesse sentido, dada a importância do cuidado integral para a garantia do desenvolvimento dos adolescentes e jovens, é imprescindível que se divulguem informações, buscando qualificar o trabalho em saúde. Sobretudo, é urgente ampliar o acesso desse grupo populacional aos serviços de atenção básica/Estratégia de Saúde da Família, assim como melhorar a qualidade da atenção prestada no Sistema Único de Saúde (SUS)", destaca o MS.

O Ministério da Saúde reforça que “a atenção a adolescentes e jovens deve se pautar na integralidade, o que imprime o respeito à diversidade e a certeza de que, para a promoção de uma vida saudável é preciso, antes de tudo, a inclusão de todos. O setor de saúde deve se preocupar em assistir o indivíduo desde a concepção até o final da vida, reconhecendo a família como a unidade primária da sociedade, dentro da qual o sujeito se constrói, socializa, se desenvolve e se humaniza”.

Por Pedro Ricardo