O Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde de Itabira, em parceria com o Centro Universitário-UNA e a Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira – Funcesi, realizou no período de 14 a 18 de outubro a “Capacitação técnica para atualização no Programa de Controle da Esquistossomose.

Para desenvolver os exercícios de análises microbiológicas de lâminas cedidas pela Funcesi na detecção e identificação do shistosoma, a UNA cedeu seu laboratório de microscopia para os exercícios práticos. Marcelo Motta, coordenador de vigilância epidemiológica da Regional de Saúde, explicou que o objetivo do curso é treinar novos técnicos dos municípios com esclarecimentos sobre a doença, bem como reciclar alguns agentes de endemias em serviço. “A esquistossomose mansônica é uma das doenças parasitárias mais graves do Brasil, ficando atrás apenas da malária. Ela acomete milhares de pessoas, principalmente as mais pobres. Estudos demonstram que a doença apresenta um número elevado de casos da forma grave, o que mantém elevados os indicadores de mortalidade. O agravamento da doença se dá, em muitos casos, pelas falhas no acolhimento dos serviços de saúde, sendo a estratégia de saúde da família um dos pontos basilares nesse processo”, explicou Motta.

Créditos: Darliéte Martins

A esquistossomose é uma doença causada por vermes parasitas de água doce de certos países tropicais e subtropicais – o Schistosoma mansoni. Inicialmente a doença é assintomática, mas pode evoluir e causar graves problemas de saúde crônicos, podendo haver internação ou levar à morte. No Brasil, a esquistossomose é conhecida popularmente como “xistose”, “barriga d’água” ou “doença dos caramujos”.

O homem adquire a infecção quando entra em contato com água doce onde existam caramujos infectados pelos vermes causadores da esquistossomose. Os vermes, uma vez dentro do organismo da pessoa, atingem a corrente sanguínea, migrando para as veias do mesentério, do fígado e do intestino. A maioria dos ovos do parasita se prende aos tecidos do corpo humano e a reação do organismo a eles pode causar grandes danos à saúde, inclusive a morte. No Brasil, cerca de 150 mil pessoas são acometidas pela doença a cada ano.

A detecção da doença requer um diagnóstico médico preciso com exames laboratoriais e de imagem. Os sintomas da doença incluem irritação na pele, coceira, febre, calafrios, tosse, dor de cabeça, dor abdominal e intestinal, nas articulações e nos músculos. O tratamento é feito por meio do uso de antiparasitários, via oral, por um ou dois dias.

Por Darliéte Martins

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