A Regional de Saúde de Unaí realizou, nesta terça-feira (11/12), a 2ª reunião ordinária do Comitê Regional Investigação De Transmissão Vertical De Sífilis/HIV/Hepatites B E C De Unaí.

Com o objetivo de discutir os primeiros casos de sífilis congênita reinvestigados da região, o encontro contou com a participação de profissionais da Regional de Saúde de Unaí e de representantes das Maternidades, da Coordenação de Atenção Básica e da Epidemiologia dos municípios da região.

Crédito: Jessika Caldeira

Segunda a Coordenadora do Núcleo de Redes, Érica Lima, “a reinvestigação dos casos notificados é muito importante para verificar quais pontos de atenção da rede de saúde foram determinantes para a impossibilidade de prevenção da transmissão da infecção de mãe para filho, com vistas a adequar as condutas e processos de trabalho na tentativa de evitar novos casos”.

Comitê Regional Investigação de Transmissão Vertical De Sífilis/HIV/Hepatites B E C

O comitê tem caráter interinstitucional, multiprofissional, técnico-científico de natureza consultiva, normativa e tem por objetivo analisar eventos relacionados a agravos evitáveis e apontar medidas de intervenção para sua redução na região de abrangência.

Sífilis Congênita

Transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto, a sífilis congênita é uma doença pode causar complicações como nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, pneumonia, anemia, má-formação e até acometimento cerebral.

Para que isto não ocorra, é fundamental que todas as gestantes iniciem o pré-natal logo no início da gravidez e realizem todos os exames necessários. Mesmo que a sífilis seja diagnosticada na mãe, por meio de um tratamento adequado é possível evitar que o bebê nasça com a sífilis congênita.

A sífilis congênita tem cura e tratamento gratuito disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas para que o tratamento seja realizado adequadamente, tanto as gestantes quanto seus parceiros devem fazer os exames de diagnóstico. Em caso de resultado positivo para a gestante, é fundamental que o parceiro também procure os serviços de saúde e passe pelo tratamento. Dessa forma, a reinfecção por sífilis é evitada e a saúde da mãe e do bebê ficam garantidas.

Uma das principais causas da transmissão da sífilis é a não utilização do preservativo nas relações sexuais. Em alguns casos a infecção é silenciosa e não apresenta sintomas durante anos. Ainda assim, as pessoas infectadas continuam transmitindo a doença.

Na região de saúde de Unaí, nos anos de 2017 e 2018 até outubro foram notificados 39 casos de sífilis congênita. 

Por Jessika Caldeira