Visando atualizar os conhecimentos em triagem neonatal de profissionais da atenção primária da região Triângulo Sul, o Núcleo de Atenção Primária da Regional de Uberaba, por meio do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (NUPAD) da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), que funciona na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) capacitaram, na última quinta-feira (29/08), cerca de 60 pessoas. O evento, que aconteceu no auditório da Superintendência de Saúde, visa melhorar a qualidade das amostras de testes do pezinho, viabilizando diagnósticos precoces mais precisos das doenças detectadas pelo exame.

Capacitação Teste do Pezinho 29-08-19

A referência técnica da atenção primária da Regional de Uberaba, Jéssica Veronez explica que a reunião abordou momentos de discussão teórica, revisão técnica e organização de fluxos, que são fundamentais para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde. Segundo ela, “o teste do pezinho implica diretamente no diagnóstico e tratamento oportuno de doenças, garantidos pelo SUS, impactando diretamente na qualidade de vida de crianças e suas famílias. Os profissionais da atenção primária têm papel fundamental neste processo, que começa com a conscientização e adesão ao pré-natal, passando pela busca ativa e o acompanhamento de todos os nascimentos”, conclui.

De acordo com Katy Karoline, uma das responsáveis do NUPAD pela capacitação, “objetivamos melhorar os indicadores do Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG), reduzir problemas ocorridos durante as coletas de exames e agilizar a disponibilidade dos resultados para as unidades de saúde. Além disso, crianças com resultado positivo têm a oportunidade de iniciar o tratamento precocemente sem prejuízos ou sequelas significativas para sua saúde”.

A enfermeira Aline Mota, do município de Conceição das Alagoas, participou da reunião acompanhada de seu filho de dois meses e, segundo ela, muitas coisas mudaram em relação ao acompanhamento das gestantes e bebês. O correto preenchimento das cadernetas de vacinação, assim como a atenção especial para as mães e gestantes que fazem uso de corticóides, estão muito mais claros agora, já que esses medicamentos podem mascarar os resultados dos testes do pezinho e não podem deixar de ser informados. Ela diz ainda que “os enfermeiros são profissionais geralmente sobrecarregados e a responsabilidade por informar essas questões deve ser compartilhada por toda a equipe de saúde da família, inclusive pelos médicos”.

O teste do pezinho é responsável por detectar de forma precoce o Retardo Mental, a Fenilcetonúria, a Deficiência de Biotinidase, o Hipotireoidismo Congênito, a Anemia Falciforme, a Fibrose Cística e a Hiperplasia Adrenal Congênita, todas doenças de grande impacto, que exigem acompanhamento específico e contínuo, para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.

Por Sara Braga