Nessa quinta (21/02) e sexta-feira (22/02), o Comitê Regional de Prevenção de Morte Marterna, Infantil e fetal da Região Ampliada Oeste realizou capacitação sobre pré-natal de risco habitual, voltada para médicos, enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família (Esf) e profissionais da equipe multidisciplinar do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) do município de Formiga.

O encontro faz parte de plano de ação elaborado entre os Comitês Municipal e Regional, que tem como objetivo descentralizar o pré-natal de risco habitual para que os profissionais o façam na própria Unidade Básica de Saúde (UBS).

De acordo com a Coordenadora de Atenção Primária de Formiga, Renata Oliveira Nativo, espera-se "melhorar a qualidade da assistência à gestante, prevenindo possíveis agravos relacionados tanto à gestação quanto ao parto e ao nascimento. Consequentemente, espera-se também a diminuição dos índices de mortalidade materna, infantil e fetal no município”.

A médica e integrante do Comitê Regional, Elizabete Araújo, explica que é necessário fazer a captação precoce desta gestante e acolhê-la bem no serviço de saúde para que não falte às consultas.

“É fundamental manter uma periodicidade nas consultas. O Serviço precisa buscar a gestante, que é uma paciente que necessita um cuidado especial. Mesmo que esta mulher tenha uma gestação de alto risco, ela continua vinculada à Unidade Básica de Saúde, pois a equipe precisa saber o histórico reprodutivo e as intercorrências clínicas da paciente”, comentou a médica.

Para isso acontecer, segundo Elizabete Araújo, é necessário uma escuta qualificada, articulação entre todas as unidades de Atenção à Saúde, mecanismos adequados de regulação assistencial e acesso a exames.

“Nós devemos fazer um bom registro da ficha de acompanhamento, com informações relevantes sobre a gestante, bem como levantar o histórico de todos os sintomas narrados pela paciente sobre determinado caso clínico, para saber se ela tem uma doença ou intercorrências de outra gravidez. Nossa conduta correta é determinante para a saúde da paciente”, destacou a médica.

Por Willian Pacheco