Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) reforça as recomendações de vacinação para conter o surto de Febre Amarela nas imediações de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Nestas regiões, as doses devem ser administradas, preferencialmente, a pessoas que vivem em áreas rurais dos municípios com casos suspeitos e a pessoas que nunca se imunizaram contra a doença.

Para quem tem mais de 5 anos e já tomou a primeira dose, não é preciso esperar 10 anos para tomar o reforço, que deve ser aplicado imediatamente. Idosos que nunca se vacinaram e também residem em área de risco (zona rural) com casos prováveis de febre amarela devem receber uma dose como precaução e serem devidamente acompanhados. Em gestantes a vacinação deverá ser analisada caso a caso através de avaliação médica. Elas devem ser devidamente acompanhadas em relação aos eventos adversos durante todo o pré-natal e nascimento do bebê.

Crédito: Agência EBC / Reprodução.

“As pessoas devem ficar atentas quanto à orientação para a vacinação, sobretudo no caso de idosos e crianças. As recomendações especiais são para as pessoas que vivem nas áreas de risco, onde foram identificados casos suspeitos de febre amarela. Para as demais regiões do estado, o esquema vacinal continua normal e sem alterações”, esclarece a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, Janaína Fonseca.

Em caso de mulheres que estejam amamentando crianças menores de 6 meses de idade, a vacina deve ser evitada ou postergada quando possível. Se não for possível, existem orientações em relação ao estoque de leite materno, uma vez que a amamentação deve ser suspensa por 28 dias. Em crianças entre 6 e 9 meses, deve ser aplicada uma dose aos 6 meses, não sendo considerada válida para rotina, devendo ser mantido o esquema vacinal aos 9 meses e aos 4 anos de idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Pessoas que receberam uma dose antes de completar 5 anos também devem administrar o reforço com intervalo mínimo de 30 dias. Destaca-se ainda que, em crianças menores de 2 anos de idade não vacinadas contra a febre amarela, não deve-se administrar as vacinas tríplice viral ou tetra viral simultaneamente com a vacina febre amarela. O intervalo entre as vacinas é de 30 dias. Em situações de surto, este prazo pode ser reduzido para 15 dias. A vacina é contraindicada a crianças menores de 6 meses de idade, pacientes com neoplasia, imunodeficiência primária, imunossupressão e submetidos a transplante de órgãos, entre outros casos.

Distribuição de vacinas

Todos os estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender toda a população nas situações recomendadas. Na semana passada, o Ministério da Saúde enviou 735 mil vacinas ao estado, totalizando mais de 1 milhão de doses ao estoque de Minas Gerais. 

Postos de saúde móveis estão sendo montados nas regiões onde estão ocorrendo os casos suspeitos de febre amarela, além da ampliação do horário de funcionamento das unidades de saúde. Devido ao aumento da demanda pode ocorrer um desabastecimento pontual em alguns municípios, mas o estoque é logo recomposto.

A vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país. Em 2016, o total distribuído foi de mais de 16 milhões de doses.

Ajuda aos municípios

Intensificando as ações do Governo de Minas Gerais no controle da febre amarela, o governador Fernando Pimentel assinou, na última sexta-feira (13/1), dois despachos definindo como prioridade o investimento de R$ 26 milhões para ações de enfrentamento ao surto da doença nos municípios das unidades regionais de Saúde de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Os recursos também contemplam ações de Atenção Primária à Saúde.

O governador já havia decretado situação de emergência em saúde pública na área de abrangência das unidades regionais de saúde citadas. O decreto NE Nº20/2017, publicado no Diário Oficial do Estado, é uma resposta do Governo ao surto de doenças infecciosas virais, casos prováveis de febre amarela, notificado nas imediações das cidades mencionadas.

Em 2017, até 13/1, foram notificados 133 casos suspeitos de febre amarela, sendo que desses 20 são casos prováveis, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e exame laboratorial preliminar reagente. Em relação aos óbitos, foram notificados 38 , sendo que desses, 10 são considerados óbitos prováveis de febre amarela. Essas mortes ocorreram nos municípios de Piedade de Caratinga (3), Ladainha (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1), Itambacuri (1) e Malacacheta (1).

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Por Agência Minas