A Regional de Saúde de Itabira promoveu, na tarde de sexta-feira (15/02), uma reunião com técnicos da unidade para discutir a reativação do Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses. O encontro teve como objetivo alinhar as ações do Comitê, revisão do regimento interno e nomeação de novos membros em virtude da nova gestão.

Segundo a diretora da Regional de Itabira, Eliana Horta, o comitê visa à mobilização e participação de diversos segmentos da comunidade nas ações de controle e enfrentamento das arboviroses, no âmbito dos municípios, tendo funções consultivas e propositivas de ação. “Cabe ao Comitê Regional desenvolver, aconselhar e avaliar as ações de prevenção e promoção do controle de enfrentamento das arboviroses na região de abrangência da Regional de Itabira, com base nos indicadores estabelecidos pelo Programa Nacional de Controle das Doenças Transmissíveis por Vetores (PNCDT), nos resultados de levantamento dos índices de infestação do aedes e trabalho dos agentes comunitários de saúde e de endemias”, esclareceu.

O coordenador de vigilância epidemiológica da Regional, Marcelo Barbosa Motta, apresentou os resultados do último levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (Liraa) na região, que sugere atenção em virtude de alguns municípios estarem com seus resultados muito além do esperado e proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Segundo projeção epidemiológica, após dois anos de índices baixos, é esperado que os índices cresçam no ano seguinte. A região macrocentro apresenta média e baixa incidência, mas o ambiente quente e com chuvas favorece a proliferação do mosquito, razão pela qual estamos em alerta constante para evitar surto da doença”, explicou.

Em nível estadual, a realização do Lia e Liraa foi concluído em 831 dos 853 municípios mineiros dos quais 7,22% se encontram com alto risco para surto, 35,2% em sinal de alerta, e 57% com índices satisfatórios ou dentro do preconizado pela OMS. “O levantamento comprovou que os domicílios ainda são os locais de maior atenção, a maioria dos criadouros se encontram dentro das casas, em imóveis comerciais, terrenos baldios e casas abandonadas. A população precisa nos ajudar na eliminação desses focos, por isso implementar ações educativas é de fundamental importância para o controle das doenças transmitidas pelo aedes”, recomendou Motta.

Nos próximos dias, serão realizadas novas reuniões para intensificar as ações de controle e melhorar a qualidade do trabalho de campo na detecção e combate ao vetor, bem como a implementação de ações educativas e de mobilização social envolvendo as comunidades em cada região.  

O Comitê de Itabira é composto por 11 membros do corpo técnico da regional, para um mandato de dois anos e se reunirá mensalmente ou extraordinariamente em casos de alta transmissão do mosquito na região ou qualquer município da área de abrangência da Regional de Itabira.

Por Darliéte Martins