Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), mudança de cultura e empoderamento das ações locais foram temas discutidos, nesta quarta-feira, 18/10, pelos profissionais de saúde mental dos municípios que compõem a Regional de Saúde de Uberlândia durante a reunião ordinária do Colegiado Regional de Saúde Mental. 

Veja a aprovação do Regimento do Colegiado Regional de Saúde Mental 

A reunião foi conduzida pela Referência Técnica em Saúde Mental do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde, Maria Lúcia Reis, que reforçou sobre a importância da aproximação dos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), da Atenção Primária, dos Secretários Municipais, das portas de urgência, do poder judiciário e familiares. “A rede precisa trabalhar de forma articulada, conforme os paradigmas da atual política, de forma a considerar a inclusão e o paciente atendido em sua integralidade. Tivemos grandes avanços após a reforma psiquiátrica, mas ainda temos muito a avançar”, afirmou.
Os membros do Colegiado Regional de Saúde Mental fizeram uma reflexão das ações que estão sendo desenvolvidas, bem como o fluxo de trabalho, os avanços e as dificuldades regionais e municipais. 

Crédito: Lilian Cunha

Abordaram também o trabalho intersetorial e familiar, as comunidades terapêuticas, ações do matriciamento da Atenção Primária pelo CAPS no Pacto pela Saúde, a forma de aplicação dos recursos financeiros da SES/MG, a notificação de violência (interpessoal/auto provocada), ações no Setembro Amarelo e a mobilização no Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro). A referência técnica regional repassou algumas diretrizes do grupo condutor estadual da RAPS, a proposta estadual de se trabalhar a melhoria das informações dos procedimentos dos CAPS, o monitoramento dos planos  municipais de saúde mental, ações educativas (web aulas da saúde mental da infância e adolescência, seminários e fóruns da política de álcool e outras drogas), legislações federais e estaduais e as possíveis mudanças na política de saúde mental. 

Para a assistente social do CAPS de Tupaciguara, Luciana Melo, as reuniões do Colegiado de Saúde Mental são de extrema relevância para fortalecer a RAPS. “É uma oportunidade para trocar experiências, esclarecer dúvidas, ficar por dentro das atualizações da política, e posteriormente aplicar este conhecimento no município para melhorar os processos de trabalho e o atendimento para os usuários e familiares”, ressaltou a técnica municipal.

 

Por Lilian Cunha