A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirma o primeiro óbito por febre Chikungunya no estado. Ele ocorreu no município de Governador Valadares, no Leste do estado, e trata-se de um homem de 72 anos, portador de diabetes e hipertensão. O paciente apresentou início dos sintomas para a doença em 02 de março e veio a óbito em 11 de março. O óbito foi notificado para a SES-MG em 28 de março de 2017. O mês de março deste ano foi o que registrou o maior número de casos prováveis de chikungunya, com 7.747 casos.

Em 2017, até o momento, foram notificados 16.995 casos prováveis de chikungunya e ocorreram 22 óbitos com suspeita da doença em Minas Gerais: 19 óbitos ainda estão em investigação, 2 (dois) foram descartados e 1 (um) foi confirmado no município de Governador Valadares.

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Investigação de um caso suspeito de óbito

O encerramento de um caso suspeito de chikungunya, com evolução para óbito, depende da investigação do caso seguindo roteiro do Protocolo de Investigação dos óbitos por Arboviroses do Ministério da Saúde. A investigação é realizada pelo município de ocorrência do óbito, dependendo também da liberação de resultados laboratoriais e análise do caso pelo nível central da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Após recebimento da investigação, o nível central gasta em média 30 dias para conclusão do caso.

Os outros 19 óbitos em investigação foram registrados nos seguintes municípios: Central de Minas (1), Cuparaque (1), Teófilo Otoni (2) e Governador Valadares (15).

Sobre a doença

A Chikungunya é uma doença viral, muito comum em algumas regiões da África, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. Na fase aguda, os sintomas são febre alta, dor muscular, exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). No Brasil, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da Dengue e da Febre Amarela, são vetores em potencial da doença.

Geralmente, os sintomas da Chikungunya se manifestam entre dois a 12 dias e são clinicamente semelhantes aos da Dengue, sendo eles, febre alta, dor muscular intensa, dor de cabeça, enjoo, fadiga e manchas avermelhadas pelo corpo. O que as difere, porém, são as fortes dores nas articulações.

As crianças e os idosos, por terem um sistema imunológico frágil, estão mais propensos a sofrerem com a Chikungunya. Alguns sintomas apresentados são febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos - dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas avermelhadas pelo corpo. Caso perceba algum dos sintomas citados, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e não use medicamentos sem orientação médica.

» Outras informações disponíveis em: www.saude.mg.gov.br/aedes


O Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da SES-MG, Rodrigo Said destaca que a doença tem apresentado um quadro diferenciado com a ocorrência de casos graves e óbitos no país. O último boletim do Ministério da Saúde aponta para uma ocorrência significativa de óbitos em vários estados do país. Esses óbitos, normalmente, estão ocorrendo em pacientes com idade superior a 65 anos de idade e com doenças de base. Esse quadro aponta para necessidade de reforçar a importância do diagnóstico precoce, tratamento adequado do paciente e valorização de sinais associados a gravidade, que devem ser trabalhados permanentemente nas capacitações dos profissionais de saúde. “Também é importante que a população esteja atenda aos primeiros sinais da doença para buscar atendimento nas unidades de saúde e não utilize medicamentos sem prescrição médica”, destacou.

» Clique aqui e confira o boletim do Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com Rodrigo Said, as doenças transmitidas pelo Aedes permanecem como um grande desafio para toda a sociedade, devido ao grande número de áreas afetadas, volume de casos e ocorrência de óbitos. É necessário manter todas as atividades de vigilância, controle e atenção aos pacientes, reforçando as atividades de mobilização e participação da população. Em relação ao trabalho da Secretaria Estadual de Saúde para controle e prevenção da doença, Rodrigo explica que as medidas adotadas pela SES-MG buscam valorizar as ações de mobilização e participação da população no combate do Aedes; apoiar os municípios no desenvolvimento das ações de controle, vigilância e atenção aos pacientes e manter os planos de contingência atualizados durante o período da sazonalidade.

» Leia mais: Campanha veiculada no Leste do estado alerta sobre a gravidade da Chikungunya

 

Por Jornalismo SES-MG

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