O Núcleo de Vigilância Epidemiológica realizou, entre os dias 26 e 30/06, a Capacitação para trabalhador em Salas Vacinas. Coordenadores de imunização e enfermeiros dos 18 municípios da Regional de Saúde de Uberlândia participaram das 40 horas de curso, que englobou temas como: os aspectos imunobiológicos, preenchimento do quadro de vacinas, preparação e administração de vacinas e soros, calendário de vacinação, vacina antirrábica, conservação de insumo nas salas de vacinas, rede de frio, evento adversos pós-vacinação e a importância das coletas de dados e  plano de contingência, sistema de informação de eventos adversos ( SI-EAPV). Um dos produtos da oficina são os Planos de Ação e de Imunização locais, em que serão contemplados a capacitação para replicar o conteúdo em seus municípios.

Crédito: Priscilla Fujiwara

Criado em 1973, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Brasil é responsável pela erradicação de doenças como varíola e poliomielite e eliminação da rubéola, sarampo e tétano fetal. O último caso de varíola notificado no Brasil foi em 1971, e no mundo em 1977, na Somália. Atualmente, no Calendário Nacional está disponível vacinas que imunizam e controlam doenças desde gripes, hepatites a febre amarela.

Waldênia Rodrigues, referência técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, reforçou que a Organização Mundial de Saúde considera que as vacinas são, depois da água potável, a ferramenta que trouxe mais impacto positivo na redução de mortes e melhorias de qualidade de vida, “a vacinação é a maneira mais eficaz e segura de prevenir diversas doenças”.

A gestão das salas de vacinas são de responsabilidade das secretarias municipais de saúde, porém as Unidades Regionais de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais supervisionam e realizam as capacitações para otimizar, padronizar e garantir a eficiência de seu trabalho.

“É preciso resgatar o papel do enfermeiro como coordenador das salas de vacinas”, enfatizou a referência. A organização inclui manter a conservação das vacinas, por consequência a qualidade para os usuários. “As prioridades das discussões nesta oficina é o resgate do papel dos enfermeiros como coordenadores das salas de vacinas e a sua organização para aumentar as coberturas vacinal. Este é um programa muito complexo para não ter coordenação.”

Rodrigo Alves Garcia, enfermeiro e responsável técnico por uma Unidade Básica de Saúde da Família em Araguari afirmou que um dos produtos da oficina é aplicar o seu conteúdo em um Plano de Ação de Imunização. “O diagnóstico situacional é a primeira ação a ser tomada”, segundo o enfermeiro. “Conhecer a realidade de Araguari e a partir dela, identificar os problemas para o planejamento. O acolhimento e a comunicação são os pontos chaves neste processo”, finalizou.

O evento foi realizado em parceria técnica com as secretarias municipais, que ministraram e compartilharam experiências, além de terem cedido enfermeiras monitoras. “A metodologia do evento, tanto na organização quanto o processo de aprendizagem foi ativo e participativo. Até o lanche foi coletivo e teve colaboração dos municípios”, complementou Waldênia Rodrigues.

Por Priscilla Fujiwara