O governador Fernando Pimentel recebeu nesta segunda-feira (19/6), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, a engenheira mecânica Bárbara Emanuella Souza, primeira mulher brasileira aceita na Escola de Engenharia de Oxford para doutorado. Mineira de 24 anos e natural de Diamantina, ela é responsável pelo projeto de pesquisa destinado ao desenvolvimento de nanopartículas carregadoras de medicamentos para o tratamento de câncer e tumor, diminuindo os efeitos colaterais durante a quimioterapia.

Manoel Marques/Imprensa MG

Durante o encontro, o governador presenteou a estudante com um diploma em reconhecimento a sua atuação e destacou a importância do trabalho que será desenvolvido e que levará o nome de Minas Gerais. “Eu vou te entregar um diploma, não é o primeiro da sua vida, eu sei, mas é um dos mais importantes. Esse diploma de honra ao mérito é por você ser primeira brasileira a entrar em Oxford para doutorado em engenharia. Isso é uma grande alegria para Minas Gerais”, destacou Fernando Pimentel.

O estudo desenvolvido por Bárbara Souza permitirá que os remédios sejam levados diretamente para a região doente do corpo, sem afetar outras partes do organismo.

“Fico muito feliz, principalmente por estar representando as mulheres, tanto na pesquisa quanto na engenharia, em algo tão importante como o tratamento do câncer. Minha satisfação é maior por ter vindo de uma universidade pequena, no Vale do Jequitinhonha e Mucuri, áreas muito carentes. Então foi um incentivo para tentar alavancar a região”, afirmou. A estudante também participou do programa Ciência sem Fronteiras, do Governo Federal, permanecendo nos Estados Unidos por um ano e meio (2014/2015), durante o bacharelado.

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Corrêa, Minas Gerais tem apostado cada vem mais no desenvolvimento e capacitação de jovens universitários, principalmente em áreas de destaque como a nanotecnologia.

“O Governo de Minas Gerais tem em mente que as principais riquezas do Estado não são só a mineração e agricultura, mas também o conhecimento. Passamos anos e anos exportando talentos e não retendo. Por isso, temos hoje programas e propostas em áreas estratégicas, como a nanotecnologia, biotecnologia, entre outras, com o objetivo de que as pessoas possam estudar fora, mas, depois, possam trazer conhecimento para o estado e desenvolve-lo aqui, gerando empregos, riquezas e trabalho ”, disse.

Por Agência Minas