Você tem certeza de que não há nenhum possível foco de proliferação do Aedes Aegypti em sua casa ou trabalho neste exato momento? Caso tenha ficado em dúvida, atenção! Não dá para descuidar! Cerca de 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das residências, alerta a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES). “E mesmo em tempo seco os cuidados devem ser mantidos, já que a larva vive até 10 dias sem água”, reforça o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said.

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Informações da SES mostram que a adesão do mineiro às ações cresceu. Em janeiro de 2015, a Rede de Mobilização Social em Saúde contabilizava 566 Núcleos Municipais de Mobilização Social em Saúde. Em janeiro de 2017 já somavam 692. Com relação ao número de ações, o salto é ainda mais positivo. Em 2015, foram realizadas 2.333 iniciativas de combate ao mosquito. Ao fim de 2016, foram calculadas 4.974, um aumento de 113%.

Determinados a reduzir os casos de dengue, zika e chikungunya, os moradores de Carmo da Cachoeira, no Território Sul, buscaram ajuda nas crianças. A chefe de epidemiologia e coordenadora da equipe de combate à dengue, da Saúde, no município, Danielle Gomes Coelho, conta que os pequenos são excelentes multiplicadores de boas ações. “As crianças aprendem fácil e têm o poder de levar os bons hábitos para dentro de casa. Além de crescerem mais conscientes sobre a responsabilidade individual no combate ao mosquito”, comenta.

Foi o caso de Miguel de Oliveira Vilela, 11 anos, que, após um dia de aula, chegou em casa e foi logo limpando o quintal para eliminar possíveis focos do mosquito. A mãe, Wilsa Helena de Oliveira, conta que o menino colocou em prática o que aprendeu brincando na escola. É que a direção pedagógica, junto a mobilizadores sociais da SES, promoveu a elaboração de poesias, pinturas, distribuição de panfletos e outras atividades multidisciplinares para sensibilizar os alunos. Miguel entendeu na prática o perigo do Aedes aegypti. O projeto contemplou quatro escolas da zona urbana e duas rurais, motivando cerca de 1.200 alunos contra o avanço da epidemia.

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Outra ação incentivadora foi a criação de um boletim informativo mensal, o É MobilizAÇÃO!, que registra as boas práticas no combate ao mosquito. A iniciativa foi da Superintendência Regional de Saúde de Varginha, no Território Sul, avalia que a proposta tem conseguido mais adesão da comunidade: "Publicamos o resultado de um mutirão no É MobilizAÇÃO! em fevereiro e, em seguida, recebemos o contato de outros bairros querendo que nosso mutirão passasse por lá", comemora a supervisora de campo do combate à dengue da Saúde do município de Carmo de Minas, Sônia Maria Fernandes da Silva. "Com a visibilidade do jornal, as pessoas ficaram mais estimuladas. Todo mundo gosta de ser reconhecido e as boas iniciativas vão se proliferando”, completa a supervisora.

Sônia informa que para participar basta entrar em contato na regional pelo e-mail: acs.var@saude.mg.gov.br e esclarece: a prioridade são os pontos onde há mais casos de dengue, zika e chikungunya.

Nos municípios de Guarani e Senador Firmino, ambos no Território da Mata, o caminho foi o teatro. Cidadãos voluntários, orientados pelos agentes de endemia municipais e apoiados pela equipe da Regional de Saúde de Ubá, encenaram uma comédia que reforça a importância da prevenção e combate aos focos dos mosquitos.

Informe-se e mobilize-se!

A mobilização no combate ao mosquito é um dos principais aliados para diminuição das doenças causadas, reforça a SES. Para isso, a informação precisa e atualizada é a única maneira efetiva de prevenção. Para consultar dados confiáveis, consulte a página www.saude.mg.gov.br/aedes. Lá o cidadão encontra números atualizados, mapeamento de incidência nas cidades mineiras, dicas para eliminação do foco e demais informações úteis.

Controle permanente

Além das políticas constantes de prevenção, o Governo de Minas Gerais, lançou em março a segunda fase da campanha de reforço para enfrentamento ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O objetivo, nesta etapa, é intensificar, junto à população, a importância da participação de todos nesse processo.

“É fundamental continuar com a vigilância e, por isso, novamente insistimos no cuidado de uma vez por semana as pessoas checarem quintais, calhas e outros locais que possam acumular água e servir de criadouros do vetor”, afirma a superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, Deise dos Santos.

Ainda que a dengue, zika e chikungunya sejam sazonais, cuja tendência de maior concentração de casos ocorre entre os meses de janeiro a abril, em todo o estado, o vetor das doenças circula durante todo o ano, mesmo com menor intensidade nos meses mais frios e secos (maio a setembro). Dessa forma, os cuidados em relação à prevenção e eliminação de focos não devem cessar.

Por Agência Minas