Essa semana, a imprensa veiculou matérias sobre “grupos antivacina” que avançam no país, disseminando, principalmente, nas redes sociais, informações sem quaisquer embasamentos científicos sobre supostos efeitos colaterais das vacinas. As consequências dessas ações causaram a queda da cobertura de vacinas imunizantes oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil, segundo dados do Ministério de Saúde.

Desta forma, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vem a público repudiar a ação desses grupos que disseminam inverdades, colocam em risco a saúde da população e prejudicam o alcance das ações de imunização desenvolvidas pela SES-MG. 

Todas as campanhas e estratégias de vacinação desenvolvidas no Brasil possuem respaldo técnico e científico. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973, por determinação do Ministério de Saúde, com a finalidade de coordenar as ações de imunizações em todo o país, garantir a continuidade das ações e ampliar a área de cobertura vacinal. O PNI propiciou, entre outros resultados importantes, a erradicação da varíola, o controle da poliomilelite e a eliminação do sarampo e da rubéola congênita.

Entretanto, doenças imunopreveníveis, como sarampo, caxumba e rubéola, podem voltar a circular no Brasil, colocando em risco a vida de crianças, influenciadas inclusive pela ação dos “grupos antivacinas”.

É importante esclarecer ainda que a incorporação de todo imunobiológico no Brasil passa por registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e por uma rígida avaliação do Comitê Técnico Assessor de Imunizações do Ministério da Saúde. Tal Comitê tem como finalidade assessorar a Secretaria de Vigilância em Saúde sobre aspectos técnicos e científicos, referentes às ações do Programa Nacional de Imunizações. Ele é formado por pesquisadores e representantes de sociedades científicas ligadas ao tema.

Por fim, destaca-se que o avanço e sucesso da vacinação no Brasil só são possíveis graças às ações conjuntas do Ministério da Saúde, dos Estados e dos municípios, que, por meio do SUS, garantem à população a imunização rápida, eficaz e irrestrita.

Por Secretaria de Estado de Saúde

Enviar para impressão