A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros intensificou nessa sexta-feira (05/05), o trabalho de mobilização dos municípios da região para a realização da 1ª Conferência Municipal de Saúde da Mulher, cujo prazo termina no próximo dia 3 de junho. A intensificação ocorreu durante a reunião da Comissão Intergestores da Região Ampliada de Saúde do Norte de Minas (CIRA), realizada no auditório do Hospital Universitário Clemente de Faria, que contou com a participação de representantes das microrregiões de saúde que integram as áreas de atuação da SRS de Montes Claros e as gerências regionais de saúde de Pirapora e Januária.

Crédito: Pedro Ricardo

No período de 10 a 12 de julho, por iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) e o Conselho Estadual de Saúde (CES-MG), Minas Gerais realizará, em Belo Horizonte, a 1ª Conferência Estadual de Saúde da Mulher. O evento tem como objetivo definir metas para a consolidação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. Já a Conferência Nacional de Saúde da Mulher está programada para ser realizada entre os dias 1º e 4 de agosto, em Brasília.

A referência técnica em Saúde da Mulher na SRS de Montes Claros, Ludmila Barbosa, explicou aos gestores municipais de saúde a importância da realização das conferências em cada município, a fim de que cada localidade tenha condições de apresentar sugestões para a definição das ações a serem implementadas em todo o Estado, durante a Conferência Estadual. Municípios com até 100 mil habitantes poderão indicar até quatro representantes para participar da Conferência Estadual. Municípios com população entre 100 mil e 500 mil habitantes indicarão oito representantes. Já localidades que possuem mais de 500 mil habitantes terão direito à indicação de 16 representantes na Conferência Estadual.

Ludmila Barbosa destacou, também, que a realização das conferências municipais, estadual e nacional possibilitará aos gestores dos serviços de saúde uma boa oportunidade para discutir sobre a ampliação do tema “Saúde da Mulher: Desafios para Integralidade com Equidade”.

O Conselho Estadual de Saúde entende que a saúde das mulheres envolve aspectos amplos, que vão além da assistência ao ciclo reprodutivo ou às questões relacionadas ao câncer de mama e colo do útero. Por isso as políticas públicas devem ser planejadas para atender aos diversos aspectos que envolvem as necessidades de saúde das mulheres, respeitando a amplitude dos direitos sexuais e reprodutivos, a liberdade sem discriminação ou violência. Toda mulher tem direito à saúde integral, humanizada, qualificada e baseada no respeito à diversidade.

Considerando a abrangência do conceito de gênero feminino, faz-se necessário que as políticas e movimentos sociais se voltem para a inclusão de segmentos por vezes ignorados, como transexuais, lésbicas, negras e quilombolas, mulheres do campo, ribeirinhas, indígenas, ciganas, idosas, privadas de liberdade, mulheres com deficiências entre tantos outros que terão assento nas discussões promovidas este ano, tendo a oportunidade de expor suas visões e fazer proposições acerca do tema “Saúde das mulheres”.

A 1ª Conferência Estadual de Saúde da Mulher terá como proposta criar diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. Essas diretrizes serão baseadas em medidas que reduzam as desigualdades sociais, de gênero e ético-raciais. Entre outros temas serão abordadas questões sobre o papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde da mulher; O mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde da mulher; Vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde da mulher; e Políticas públicas para a mulher e a participação social.

Por Pedro Ricardo