“No Bloco da Saúde só vai com camisinha”. Esta é a campanha de carnaval da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para o Carnaval 2017. Visando sensibilizar a população sobre a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), a campanha dissemina informações sobre prevenção e saúde, inclusive por meio do hotsite (www.saude.mg.gov.br/sexoseguro).

Referência estadual no diagnóstico de sífilis – uma das 11 IST’s, o Instituto Octávio Magalhães (IOM/Funed), Laboratório Central de Minas Gerais (Lacen/MG), vinculado à Fundação Ezequiel Dias (Funed), através do Serviço de Doenças Bacterianas e Fúngicas (SDBF), realiza exames para diagnóstico da doença.

De grande importância para a manutenção da saúde pública, o SDBF faz desde exames confirmatórios a capacitações para outros laboratórios e controle de qualidade. Em 2013, em parceria com a Secretaria de Defesa Social e a SES-MG, o Serviço integrou um projeto de monitoramento de IST’s em presídios, realizando mais de 1300 exames. 

“Como Lacen/MG, atendemos diversas demandas, realizando, sobretudo, análises para confirmação de resultados. Temos um laboratório mais equipado que a maioria dos municípios mineiros, o que possibilita confirmar divergências de diagnóstico”, relata. Segundo Carmem, o exame de VDRL, utilizado para diagnóstico da sífilis, é simples e de baixo custo, mas não é tão específico. “A análise feita no soro do paciente pelo método de VDRL é considerada uma triagem, uma das etapas para detecção ou não de anticorpos contra a sífilis. Porém, algumas situações, como gravidez e presença de doenças autoimunes, podem interferir nas análises, levando a resultados falsamente positivos. Assim, amostras com resultados reagentes no teste de VDRL devem ser confirmadas por metodologias mais específicas”, explica Carmem Faria, chefe do SDBF e assessora do IOM.

Os resultados obtidos são disponibilizados numa plataforma online, chamada Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), onde os solicitantes dos exames podem acessá-los, incluindo a SES-MG, para a elaboração dos boletins epidemiológicos. O laboratório do SDBF, responsável pela realização dos exames faz, em média, 1400 análises por mês, entre sífilis, leptospirose, meningite, coqueluche, difteria, doenças diarreicas e tuberculose.

Aumento das análises

De acordo com os dados entre os anos de 2010 e 2016, publicados pela SES-MG, houve um aumento nos casos de sífilis. Max Assunção, servidor do SDBF, comenta sobre o aumento no recebimento de amostras para diagnóstico da sífilis. “Percebemos que, nos últimos seis meses, nosso laboratório teve um aumento significativo em análises para diagnóstico da doença. Isso talvez possa ser justificado pelo aumento na vigilância, levando em conta os casos positivos”, disse.

Segundo Carmem, quando o crescimento da demanda é analisado, pode ser devido tanto ao aumento do número de casos, quanto às campanhas de conscientização, que levam as pessoas a procurarem atendimento médico. “Parte desse aumento das amostras pode ser pela maior atenção da população aos sintomas da doença. Às vezes, sintomas como lesão na genitália, que antes passavam despercebidos, passam a chamar atenção de médicos e pacientes com a divulgação de campanhas preventivas. Assim, as análises tendem a aumentar”, afirma.

 

Por Assessoria Funed

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