Devido ao número de casos de Febre Amarela na região leste do Estado, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), e do Ministério da Saúde, tem mobilizado vários esforços para que toda população seja imunizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em especial àqueles que vivem em área rural, silvestre ou de mata. Clique aqui para saber o número de doses de vacinas contra Febre Amarela enviadas aos municípios mineiros.

De acordo com o Ministério da Saúde, em todo o ano de 2016, apenas sete casos da doença foram confirmados em Goiás, São Paulo e Amazonas. Cinco deles levaram à morte os pacientes, segundo o Ministério da Saúde. Para conferir os últimos dados do Informe Epidemiológico de Febre Amarela em Minas Gerais, clique aqui.

Crédito: Arquivo / EBC.

Para quem mora na área rural ou vai viajar para regiões com risco de contaminação de febre amarela deve estar atento ao prazo de imunização contra a doença. Isso porque a pessoa que toma a vacina só fica protegida depois de 10 dias que recebeu a dose. A vacina contra a Febre Amarela é encontrada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (Posto de Saúde) do SUS.

"A vacina atualmente é oferecida no Brasil inteiro e é uma vacina muito eficaz e a recomendação é para que nas cidades dessas regiões, as crianças sejam vacinadas, devendo receber uma dose a partir dos nove meses de idade e um reforço a partir dos quatro anos de idade. No caso da pessoa já ter tomado uma dose da vacina e essa dose ter sito tomada há mais de dez anos, ela deve tomar um reforço e esse reforço é capaz de produzir a proteção imediatamente", explica o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, esclarece que a estratégia de duas doses, adotada no Brasil, é segura e garante proteção durante toda a vida. A população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas não precisa buscar a vacinação neste momento. Segundo ela, a vacina tem eficácia de 95%.

Fronteiras

Os estados do Rio de Janeiro (nos municípios do noroeste) e Bahia (nos municípios do oeste) passarão a reforçar a vacinação da população que mora próxima à divisa do leste de Minas Gerais. O oeste do Espírito Santo já está intensificando a vacinação em 26 municípios do estado.

A ampliação da vacinação para estas áreas foi anunciada pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira (18/01). A decisão das secretarias estaduais de saúde, em conjunto com o Ministério, foi adotada em função da proximidade com as cidades de Minas Gerais onde estão sendo investigados casos da doença, além do fato da região ser formada por uma mata contínua, sem barreiras com o estado.

O oeste da Bahia já faz parte da área de recomendação para vacinação, mas o estado do Rio de Janeiro está fora dessa recomendação e, por isso, começa a vacinar. Na Bahia, o reforço da vacinação abrange uma área de 45 cidades. Já no Rio de Janeiro, ao todo, a imunização vai atender a população de 14 municípios.

Três equipes do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) do Ministério da Saúde estão em Minas Gerais para auxiliar nas investigações dos casos. As equipes estão atuando presencialmente nas localidades com relato de casos de febre amarela e estabelecendo medidas de controle. Além disso, técnicos do Programa Nacional de Imunização e Coordenação-Geral das Doenças Transmissíveis estarão no Espírito Santo para auxiliar o estado nas medidas de controle.

Casos Urbanos

No Brasil, desde 1942, não há registro de transmissão da febre amarela em ambientes urbanos. Ou seja: há mais de 70 anos não é identificado nenhum caso da doença no País provocado pela picada do mosquito Aedes aegypti. A eliminação deste ciclo urbano foi possível pela existência de uma vacina eficaz e pelas campanhas nacionais para imunização combinadas ao combate ao mosquito vetor.

Como a transmissão silvestre da febre amarela não é erradicável, porque envolve primatas não humanos (macacos), a vacina continua sendo recomendada para moradores e visitantes de áreas onde foram notificados casos suspeitos da doença.

Viajantes

Àqueles que vão viajar para qualquer localidade no Brasil ou no exterior, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indica que consultem um dos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante para atualizar o Cartão de Vacinação.

No caso da vacina contra a febre amarela, a dose é oferecida gratuitamente em postos de saúde do SUS. Para garantir imunidade, precisa ser tomada no mínimo dez dias antes da viagem. O certificado de vacinação emitido pelo posto de saúde deve ser guardado. Com ele em mãos, pode-se obter o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP).

Em tempo

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar o indivíduo infectado à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de uma pessoa infectada para outra pessoa.

Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.

Para mais informações, acesse: www.saude.mg.gov.br/febreamarela

 

Por Portal Brasil / Adaptação

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