A Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG) recebe desde segunda-feira (16), a capacitação “Avaliação das Boas Práticas na Atenção ao Parto e Nascimento em Maternidades no âmbito da Rede Cegonha”

A atividade, parceria entre o Ministério da Saúde, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e a Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) visa capacitar avaliadores que posteriormente irão monitorar e avaliar a assistência ao parto e nascimento em maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Rede Cegonha em Minas Gerais.

De acordo com Silvana Granado, pesquisadora da ENSP/Fiocruz, a avaliação é prevista pela política da Rede Cegonha, e as avaliações foram divididas entre dois grupos de pesquisa (ENSP e Universidade Federal do Maranhão). “O nosso grupo de pesquisa foi contratado pelo Ministério da Saúde para fazer essa avaliação, que é prevista pelo programa, mas de forma mais científica, para que esses dados possam ser analisados de forma padronizada,” destaca.

Os participantes dessa capacitação irão avaliar as regiões Central, Leste, Norte, Nordeste, Leste e região do Vale do Jequitinhonha. “Os avaliadores estão sendo capacitados para irem à ponta, nas maternidades e avaliar como está sendo a gestão e assistência nesses locais. Os trabalhadores da maternidade também serão entrevistados, assim como as gestantes e os gestores dos hospitais, e também serão envolvidas no processo as Secretarias Municipais de Saúde e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS)”, explica Ana Renata Moura, da SES-MG.

Apoio

A capacitação faz parte do processo de qualificação da atenção obstétrica e neonatal da Rede Cegonha para qualificar a atenção para o parto e o nascimento, tanto para as mulheres e os bebês, e que de acordo com a coordenadora geral da Coordenação de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde e Coordenadora Nacional da Rede Cegonha, Maria Ester de Albuquerque Vilela, há um monitoramento do processo e de avaliação periódica. “Já houve um ciclo de avaliação das maternidades que aderiram à Rede Cegonha para ver até que ponto elas alcançaram os indicadores e as metas pactuadas e agora estamos no segundo ciclo de avaliação”.

Maria Ester destacou também que será avaliado até que ponto as maternidades conseguiram avançar na mudança do modelo de atenção ao parto e nascimento, a inclusão do acompanhante, a privacidade da mulher, as boas práticas, o trabalho em equipe. “Tudo isso vai ser avaliado por esse grupo que está sendo capacitado aqui. Já houve a sinalização de manutenção do programa, consideramos que a qualificação da atenção obstétrica e neonatal, independente do nome fantasia que tome, é uma política pública consolidada e não uma política de governo”, disse.

A parte teórica da capacitação acontece na Escola até quarta-feira (18), e, em seguida, os participantes irão realizar três dias de prática na Maternidade Odete Valadares e Hospital Sofia Feldman.

Rede Cegonha

A Rede Cegonha é uma política pública do Ministério da Saúde com objetivo de melhorar a assistência ao parto no SUS, assegurando às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, bem como assegurando às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.

Além disso, visa reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, jovens e adolescentes com a participação de seus parceiros.

Por Débora Souza (ASCOM/ESP-MG)