O alinhamento dos processos e diretrizes de revitalização dos laboratórios estaduais foi o tema do encontro realizado nesta quinta-feira (19/11), na Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O evento reuniu representantes dos Laboratórios Macrorregionais de Juiz de Fora, Pouso Alegre, Uberaba, Montes Claros e Teófilo Otoni, do Instituto Otávio Magalhães (IOM) da Fundação Ezequiel Dias (FUNED), da coordenação da Rede Estadual de Laboratórios de Saúde Pública (RELSP) e de profissionais de áreas interligadas aos laboratórios vigilância e proteção à saúde e vigilância ambiental. 

Os profissionais vêm realizando reuniões quinzenais para apresentar demandas e propor melhorias nas unidades, como salientou a assessora da Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde, Adelaide Maria Sales Bessa. “Esses encontros que realizamos desde agosto têm o sentido de fazer o diagnóstico da rede, propor melhorias tanto na infraestrutura quanto nos processos, dentro do que está relacionado na última resolução de funcionamento dos laboratórios. Podemos evoluir muito na questão da qualidade e evoluir em quesitos ligados a insumo, infraestrutura e recursos humanos”, avaliou. 

A diretora do Instituto Octávio Magalhães da FUNED, Marluce Oliveira, deu as boas vindas aos participantes e se disse confiante em relação aos projetos que estão traçando em conjunto. “Entendo a reunião de hoje como um marco histórico e isso me dá ânimo. É sinal que temos um bom grupo para que realmente consigamos revitalizar a rede. Acredito e espero que nesses próximos quatro anos conseguiremos essas melhorias com cada um cumprindo o seu papel. E queremos trabalhar juntos, bem próximos dos laboratórios macrorregionais”, afirmou. 

Crédito: Giselle Oliveira

Entre os desafios e ações que serão debatidas pelos participantes, referentes às diretrizes para a revitalização dos laboratórios, estão: definição de uma coordenação que responda pelas unidades; definição de critérios e viabilidade econômica de novos laboratórios macrorregionais; identificação das especificidades regionais para que sejam ofertados exames de acordo com necessidade da população local; contratação de recursos humanos e implantação do Sistema de Qualidade e de Biossegurança na RELSP. 

Também foram apresentados os diagnósticos da situação atual da rede e dos laboratórios macrorregionais. Um dos pontos levantados foi a dificuldade de contratação de pessoal. No último concurso público realizado para técnico de patologia clínica, por exemplo, não houve candidatos suficientes aprovados para cobrir o número de vagas. 

Os avanços já alcançados pelo grupo também foram colocados em pauta, tais como o pagamento de insalubridade para todos os servidores, a realização de concurso público para atender a demanda de profissionais, o levantamento dos equipamentos obsoletos e/ou em desuso para substituição e/ou remanejamento, o fortalecimento da rede de tuberculose e a formalização da equipe coordenadora da RELPS/SES/Funed. 

A questão do gerenciamento e tratamento dos resíduos da atividade dos laboratórios também foi levantada. Os participantes foram orientados quanto às resoluções que tratam do tema e da maneira como o plano de descarte dos materiais residuais deve ser feito, além da importância da parceria com municípios, superintendências e gerências regionais de saúde para o manejo correto dos materiais e proteção do meio ambiente. 

A Rede Estadual de Laboratórios de Saúde Pública (RELSP) 

Atualmente a RELPS/SES-MG conta com um laboratório central representado pelo Instituto Otávio Magalhães, 28 laboratórios regionais de vigilância em saúde direcionados à vigilância de qualidade da água de consumo humano, 5 laboratórios macrorregionais de saúde pública, além de análises descentralizadas para exames de HIV/Aids, tuberculose, leishmaniose, dengue, malária, chagas, raiva, entre outros.

 

Por Giselle Oliveira

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