A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SESMG) realiza  em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 23/03 a 01/04, o Curso de Formação de Inspetores Sanitários em Estabelecimentos Fabricantes de Medicamentos. O curso está acontecendo  Cidade Administrativa, em Belo Horizonte,  e conta com a participação de 65 inspetores dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Goiás, Amazonas, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. O objetivo é formar inspetores para fiscalizar fabricantes de medicamentos, além de aumentar o quantitativo de fiscais preparados para inspecionar de forma efetiva os fabricantes de medicamentos no Brasil.

Crédito: Carlos Alberto/ Imprensa SECOM

De acordo com o Diretor de Vigilância Sanitária de Medicamentos e Congêneres da SESMG, Alessandro Souza Melo, as autoridades sanitárias que estão participando deste curso de formação pertencem às regionais de saúde de Minas e aos órgãos sanitários de estados e municípios. “O curso vai oferecer a parte teórica para a realização das inspeções, com destaque para a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 17/2010, que dispõe sobre as boas práticas de fabricação para a área farmacêutica. Com isso, os fiscais poderão inspecionar de forma adequada as indústrias de medicamentos, mantendo a produção de qualidade para toda a população”, esclarece.

Da mesma forma, Maria Elizabete Pupu Nogueira, coordenadora de Vigilância Sanitária da Superintendência Regional de Saúde de Barbacena e participante do curso, acredita que esta capacitação irá acrescentar qualidade nas inspeções. Para ela, “o aprendizado de alguns tópicos, apesar da capacitação estar direcionada para a indústria farmacêutica, pode ser aplicado em outras tipologias de estabelecimentos de forma mais ampla, como por exemplo, sistemas de ar e água”, defende.  

Sérgio Guedes, que é inspetor na Fundação de Vigilância em Saúde de Manaus, no Amazonas, revela que algumas empresas farmacêuticas estão se instalando na Zona Franca de Manaus, o que deve exigir mais do trabalho de fiscalização. “Com a crise de água muitas empresas farmacêuticas estão indo para essa região e por isso é importante que os profissionais estejam capacitados e sejam multiplicadores do conteúdo absorvido durante o curso”, completa.  

Por Luciane Marazzi