Evento organizado pelo Hospital e Maternidade Vital Brazil (São Camilo Timóteo) e Hospital São Camilo Fabriciano, o 3º Simpósio de Infecção Hospitalar foi uma oportunidade para profissionais e alunos da área de saúde debaterem a política dos Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), setor de fundamental importância na prevenção de doenças. Na ocasião, foram apresentadas diferentes palestras, trabalhos científicos e interação com o público para valorizar a atuação dos profissionais e promover a atualização do tema com estudos de caso.

Crédito: Roberto Bertozi

Convidado para fazer parte da mesa, o superintendente Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Anchieta Poggiali, destacou como o combate à infecção hospitalar deve ser uma constante nas instituições de saúde, especialmente com a crescente oferta de leitos nos hospitais da macrorregião do Vale do Aço.

Poggiali reforçou a preocupação que gestores, médicos e demais profissionais de saúde devem ter com o combate à infecção hospitalar. “A infecção hospitalar causa morbidades, eleva os índices de mortalidade, a resistência bacteriana, aumentando o número de dias de internação. Isso gera custos que poderiam ser implementados em outros setores”, avaliou o superintende regional, acrescentando que os SCIH e as políticas implantadas pelos hospitais a respeito desses indicadores servem de base para que o Estado demande investimentos às entidades.

Carmelinda Lobato de Souza, médica infectologista do Hospital e Maternidade Vital Brazil da rede São Camilo e presidente do Simpósio, destacou que as infecções relacionadas à saúde devem ser motivos de estudos constantes por serem causa de complicações no quadro clínico do paciente, que podem levar à morte, além de representar um aumento em torno de 30% nos custos da internação, seja em decorrência do aumento no tempo da internação, uso de antimicrobianos de amplo espectro, menor rotatividade de leitos. 

Mais leitos

Crédito: Roberto Bertozi

Anchieta Poggiali reforçou a política de investimentos em saúde em todo o Vale do Aço. No caso do Hospital Municipal de Belo Oriente, cuja reabertura é uma parceria entre o Governo do Estado e Prefeitura, cuja administração será da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), o superintendente regional destacou a importância da readequação e o aumento de número de leitos na região. O investimento do Governo do Estado em Belo Oriente será de R$ 4,19 milhões. Após a conclusão, a unidade, que terá 50 leitos e um Pronto Atendimento (PA) 24 horas.

Para 2014 estão previstos também outros investimentos do Governo do Estado para a construção de mais 151 leitos nos hospitais São Camilo Fabriciano (72) e Hospital e Maternidade Vital Brazil (79). “Isso aponta o interesse do Governo de Minas em oferecer mais qualidade nos hospitais da região”, sintetiza. 

Por Roberto Bertozi