Dando início às ações de combate à dengue em 2014, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Alexandre Silveira, anunciou hoje, 18/02, a liberação de mais de R$32 milhões para o combate a dengue em 778 municípios mineiros. O incentivo financeiro será para complementar o investimento do estado nos municípios e deverá ser destinado para execução das ações de vigilância e controle vetorial, mobilização social e assistência a pacientes com suspeita de dengue.

Crédito: Henrique Chendes

Para seleção e habilitação dos municípios ao recebimento do incentivo, foram considerados a incidência de casos e óbitos confirmados de dengue no período de 2009 a 2013. Além disso, também foi levado em conta a homologação do Plano de Contingência Municipal nos termos da Deliberação CIB-SUS/MG nº 1.699, de 10 de dezembro de 2013.

A transferência do incentivo financeiro será realizada diretamente do Fundo Estadual de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde, em parcela única, aos municípios selecionados. “O incentivo financeiro complementar se faz necessário, entre outras coisas, devido à existência de um grande contingente populacional já exposto a várias infecções pelos diversos sorotipos de dengue, o que aumenta o risco para ocorrência de epidemias de formas graves da doença. Embora estudos epidemiológicos apontem índices melhores nesse bimestre, se comparado ao mesmo período do ano passado, vamos manter a vigilância. É necessário intensificar as medidas de prevenção e controle da dengue antes de seu período sazonal para que os índices continuem positivos e consigamos diminuir os casos de dengue em nosso estado”, afirma o secretário de saúde, Alexandre Silveira.

Outra estratégia de combate à dengue é o Programa Estadual de Emergências em Saúde Pública. Através dele, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) vai habilitar os Consórcios Intermunicipais de Saúde (CIS) para executarem, de forma complementar, as ações, serviços e a assistência aos pacientes suspeitos e confirmados de doenças e agravos relacionados às emergências em saúde pública em Minas Gerais.

Dentre as ações do Programa estão o custeio de recursos humanos e o custeio de procedimentos assistenciais; a aquisição de insumos; a logística de processos de trabalho; a estruturação física de ambientes; e ações de mobilização e comunicação social

Além disso, serão implantadas as Unidades de Resposta Rápida (URR) nos municípios que ultrapassarem sua capacidade de resposta assistencial à população. O investimento do Governo de Minas, através da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), nessas unidades será de R$12.000.000,00. A SES-MG vai destinar, ainda, R$ 6.140.000,00 para as ações de Comunicação e Mobilização Social; R$ 10.000.000,00 para a Força Tarefa e R$ 5.500.000,00 para Aquisição de uniformes, materiais e insumos, totalizando R$66,2 milhões no combate à dengue. “Com esses investimentos todos os municípios terão condições de aumentar a resposta e intensificar as ações de vigilância e assistência a fim de mantermos os índices nos níveis desse primeiro bimestre”, afirma Alexandre Silveira.

De acordo com o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS), Mauro Junqueira, ainda é cedo para comemorarmos os índices da dengue, de forma que precisamos unir forças para acabar com a doença. “O período de chuvas ainda não começou e não vamos conseguir eliminar a dengue em curto e médio prazo visto a quantidade de larvas que ainda são encontradas nos quintais das casas. Temos que evitar que isso aconteça, pois não podemos admitir mais tantas mortes em decorrência da doença. Vamos agora implementar as ações de vigilância e capacitar os médicos no atendimento do cidadão com dengue. A população já sabe o que se pode e o que não se pode fazer, precisa agora agir. Esse é o nosso recado. Esse é o nosso comprometimento”, afirma.

Dados

Em 2014, até o momento, foram confirmados 1.253 casos de dengue em Minas Gerais, com o registro de 01 óbito em Paracatu. Em 2013, Minas Gerais registrou 361.737 casos da doença, sendo que 117 evoluíram para óbito.

No primeiro bimestre de 2013, foram registrados 36 óbitos, sendo 14 em janeiro e 22 em fevereiro. Já no mesmo período de 2014, até o momento, foi registrado 1 óbito, no mês de janeiro.

Por Silvâne Vieira

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